Neil
Esses caras devem ser no mínimo lesados para me deixarem com os punhos livres enquanto me levam para o abismo. Estou no banco de trás do meu Audi, com um homem de cada lado, enquanto o terceiro dirige rumo a Petrópolis. Posso acabar com todos eles na hora que quiser, só estou esperando o momento ideal, quando a velocidade do carro for reduzida.
Chegamos à serra de Petrópolis, o carro é estacionado no acostamento.
Sei que vão tentar me deixar desacordado. Estou preparado para o ataque.
O sujeito que está ao volante salta.
Ótimo, é minha chance de salvar a mim e ao meu carro. Então, dou uma cotovelada no rosto do homem à minha esquerda e outra no rosto de homem à minha direita. Ambos levam as mãos ao forte sangramento que começa nos seus narizes, tentando estancar o sangue. Estão bambos, mas ainda consciente.
Antes que o motorista se dê conta do que está acontecendo, cerro meus punhos e esmurro a face dos dois homens, um de cada vez, até que estejam desacordados. Salto, o homem se espanta ao me ver. Enfia a mão sob a camisa, com a clara intenção de puxar uma arma.
Droga! Agora estou ferrado.
Sem parar para pensar, atiro-me contra ele, derrubando-nos no chão, imobilizo o braço com o qual segura a arma, jogando-a para longe e esmurro incessantemente seu rosto, até que este se transforma num mancha vermelha e ele perde os sentidos.
Pronto, os três homens estão desacordados. Agora posso voltar a Teresópolis e arrancar Amanda dos poderes daquele imbecil. Antes, corro até o celular e tento ligar para ela, afim de saber se está bem, para que saiba que estou vivo, mas este não chama, deve estar desligado ou descarregado. Não tenho muito tempo para continuar tentando, preciso afastar-me antes que os homens acordem.
Com tais pensamentos, tiro os dois capangas do interior do carro, escondendo os três no mato às margens da estrada para que não sejam atropelados ou atraiam a atenção de algum motorista. Por precaução pego a arma do chão e a guardo no cós do meu jeans, afinal nunca se sabe quando pode ser útil.
Sento-me ao volante, faço a volta e parto para onde está meu coração.
É noite quando chego a Teresópolis. Ao atravessar a cidade passo em frente ao DNA e avisto o Fiesta cinza que segui na noite em que Camila foi assassinada, estacionado diante do bar. Meu sangue gela nas veias, meu coração quase pára de bater. Então Marlon está aqui esta noite. Poderia entrar, descobrir quem ele é e entregá-lo à policia, mas Amanda está em perigo nas mãos de Douglas, preciso protegê-la. Após resgatá-la, volto ao bar e procuro o criminoso. Além de colocá-la em segurança terei a oportunidade de ver os dois cara a cara, Amanda e Marlon. No instante em que olhar par ambos juntos, saberei se são cúmplices ou não.
Sigo rumo ao sitio, enquanto relâmpagos e trovoadas anunciam a chegada de uma tempestade.
Chegando ao meu destino, deixo o carro estacionado na estrada, a poucos metros de distancia da entrada da propriedade e sigo a pés, para não atrair a atenção de algum possível segurança. Encontro os portões destrancados, entro, a casa está completamente desprotegida.
Ou Douglas é um Otário ou pensa estar lidando com um.
A chuva começa a cair, grossa e barulhenta, encharcando-me.
Contorno a residência, seguindo para a entrada dos fundos, como esperava as empregadas estão sentadas na pequena varanda, jogando conversa fora, a porta da cozinha escancarada.
Aponto-lhes o revolver, ordenando que entrem na casa. Tranco-as na dispensa e sigo para a sala que dá acesso à escada. Ainda com a arma em punho, subo para o segundo andar, alcançando um amplo corredor. Há muitas portas ali, mas sei exatamente qual é o quarto de Amanda. Antes mesmo de entrar ouço os soluços dela. Sem hesitar, atiro-me contra a porta, jogando-a no chão.
A cena com a qual me deparo é chocante, uma fúria selvagem toma conta de mim. Amanda tem os pulsos amarrados por uma corda à cabeceira da cama, está sentada no chão, encolhida entre a cama e a parede, tem os olhos vendados por uma máscara preta, usa apenas uma calcinha minúscula e as marcas de açoite estão espalhadas nas suas costas. Parece frágil, indefesa, o corpo convulsionando pelos soluços causados pelo pranto.
-- Quem está aí? – Ela pergunta, entre um soluço e outro.
-- Sou eu Amanda. V ai ficar tudo bem agora.
Douglas está em pé ao seu lado, usa apenas uma cueca e tem um chicote com tiras de couro na mão. Como todo covarde que bate em mulher, tenta fugir, correndo para a porta da sacada. Mas sou mais rápido, jogo o revolver sobre a cama, já que uma bala na testa é pouco para ele e o agarro por trás, pelos ombros, virando-o de frente para mim.
Derrubo-o com um soco apenas.
Ainda não satisfeito, monto sobre ele, esmurrando-lhe a face incessantemente, dos dois lados.
Mesmo após ele ter perdido a consciência, continuo batendo, a fúria cega agindo por mim.
Um soluço alto de Amanda me alcança, apenas isto é capaz de me fazer parar. Fico em pé, tenho as mãos e as roupas salpicadas de sangue. V ou até ela, ao tocá-la se sobressalta com o contato.
-- Calma meu amor, sou eu. – Falo.
Tiro a mascara dos seus olhos, estão apavorados, inchados pelo pranto. Olha para mim, depois para Douglas caído no chão.
-- Me tira daqui antes que ele acorde. – Fala.
-- Claro meu amor. Nunca mais permitirei que ele te machuque.
Desamarro seus pulsos, ela me abraça, apertando-me com força, soluça mais alto. Todo o seu corpo está tremulo, coberto por um suor frio.
Ergo-a nos meus braços, sentando-me na beirada da cama, ninando-a no meu colo. Acaricio seus cabelos, sua face, aperto-a com força, até que se sinta segura.
Pouco a pouco vai se acalmando.
Os soluços cessam, pára de tremer.
Ergue o rosto, olhando-me nos olhos. Enxugo suas lagrimas.
-- Como é bom te ver. Fiquei tão preocupada que aqueles brutamontes tivessem te matado. – Sua voz é meiga, suave.
Como alguém é capaz de machucar uma criatura tão delicada?
-- Não sou fácil de morrer. Para me matar tem que ter muita competência, coisa que esse covarde não tem. – Gesticulo para Douglas.
-- Graças a Deus que não tem. Não sei o que faria da minha vida sem você. – Me aperta mais forte, pressionado seu corpo contra o meu.
Imediatamente tenho uma ereção, mas não é hora nem lugar para isto.
-- Vista-se, pegue suas coisas e vamos sair daqui. – Falo, colocando-a no chão.
-- Claro.
Enquanto a observo vestindo-se, fico feliz que o rosto de Douglas tenha ficado em pior estado que suas costas. É tenebroso pensar que todas as amantes dele, inclusive Rafaela, sentiam prazer com esse tipo de violência sádica.
Amanda veste jeans e camiseta de malha. Enfia algumas roupas numa mochila, seus documentos pessoais e cartões de credito em outra menor e prende os cabelos num rabo de cavalo.
-- Estou pronta. V amos? – Diz, virando-se para mim. Observa-me guardando o revolver no cós do meu jeans, sob a barra da camisa e pergunta: – Pra quê isso?
-- Apenas por precaução.
Seguro-lhe a mão e deixamos a mansão pela porta da frente.
Do lado de fora a chuva continua caindo, os relâmpagos iluminando a noite por questão de segundos. Nos encharcamos ao caminharmos até o Audi, entramos e partimos rumo a Teresópolis.
Durante o trajeto o silencio reina entre nós. Espero que Marlon ainda esteja no DNA, encontrá-lo será o momento da revelação, quando terei a certeza se Amanda está envolvida nos assassinatos ou não.
Ao passar diante do bar, constato, satisfeito, que o Fiesta ainda está lá.
Ótimo, é chegada a hora da verdade.
Quando estaciono, Amanda me encara com olhos incrédulos e pergunta:
-- O que você ainda quer aqui?
-- Apenas verificar algo.
-- Te espero aqui no carro.
-- Nada disso, faço questão que venha comigo.
Ela fita-me resignada e deixa o veículo.
Entramos de mãos dadas no bar.
Como sempre está lotado de pessoas que se divertem ao som da musica agitada e ensurdecedora.
Nos dirigimos direto para o balcão.
Quando a bartender vem nos atender, peço um uísque e pergunto:
-- Quem entre essas pessoas é Marlon? – Falo alto o suficiente para que Amanda também ouça, já que pretendo examinar sua reação.
A bartender percorre os olhos pelo ambiente, detendo-os em uma direção. Aponta pra lá, descrevendo como Marlon está vestido, para que o distinga entre os demais.
Antes de olhar para lá, observo o rosto de Amanda, tem os olhos arregalados, apavorados, como infelizmente eu já esperava.
Então, me viro devagar e a cena que vejo quase me deixa em estado de choque.
O homem que a bartender apontou, é o mesmo com quem briguei em certa ocasião, ali mesmo, perto do balcão, por falar rispidamente com Rebeca, devido ao fato de que ela o abandonou na mesa pra vir beber comigo. Sentada em seu colo está Rebeca, sorridente, vestida com suas roupas malucas, com fisionomia de bêbeda ou drogada.
Relembro claramente a ocasião em que a vi assediando Douglas diante do portão de entrada do sitio e tudo fica claro como água: ela é a assassina. Age juntamente com Marlon, com quem certamente tem um caso amoroso. Vinga-se das mulheres porque Douglas as prefere em detrimento de si. Como não pensei nisso antes? Percebe-se de longe que ela tem problemas mentais e apenas uma pessoa assim seria capaz de cometer as barbaridades que cometeram contra aquelas mulheres, torturando-as, decepando-lhe os mamilos, um ato que provavelmente tem algum significado na sua mente doentia.
Estou diante dos assassinos de Rafaela, o que fazer agora? Avisar a policia? Matá-los? Esquecê-los, pegar Amanda e desaparecer para sempre dali? E se Amanda me convenceu a ir embora com ela, quando veio me procurar no bar, para proteger a irmã? Para me impedir de descobrir a verdade que agora se desvela diante de mim?
Estou confuso, surpreso, não sei o que pensar. Porém no fundo, apesar de ela ser irmã da mulher que eu amo, sei que sou incapaz de deixá-la impune por tudo o que fez, por tirar a vida de Rafaela e de tantas outras mulheres inocentes.
-- Neil, por favor não a denuncie à policia. – Amanda fala, encarando-me com olhos de suplica. – Ela não é normal, tem problemas desde criança. Fez o que fez porque tem um amor doentio por Douglas.
V amos esquecer tudo isso e ir embora daqui. Agora que deixei Douglas ela vai parar.
Afasto minha mão da sua como se esta estive infestada de insetos.
Estou mais convencido de que ela me convenceu a partir para proteger Rebeca.
-- Esse tempo todo, você sabia de tudo e não fez nada. Como foi capaz de permitir que todas aquelas mulheres fossem mortas? – Falo, entre dentes, a mágoa, a raiva se misturando dentro de mim.
-- Ela é minha irmã, o que você queria que eu fizesse? Eu a amo, tinha que protegê-la, pois ninguém mais o faria.
Neste momento Rebeca nos enxerga. V em correndo na nossa direção.
-- Uau!! V ocês dois aqui! Que novidade é essa? – Fala ao aproximar-se.
Tem uma aparência lastimável: a maquiagem borrada, os cabelos desgrenhados, a meia calça arrastão rasgada, a fisionomia de bêbeda e drogada. Olho para ela e a fúria se faz presente em mim. Imagino-a torturando Rafaela, cortando seus mamilos, tirando-lhe a vida, quero puxar o revolver e acabar com ela, mas preciso me conter, deixarei que a policia faça justiça.
-- O que vocês têm. Que caras são essas? – Rebeca pergunta.
-- Não é nada Rebeca. Espere aqui, Neil e eu precisamos conversar em particular.
-- Neil? Não é Logan? – Rebeca fala.
Ambos a ignoramos. Amanda estende-me a mão, pedindo que a siga. Não aceito o contato, mas a acompanho para fora do estabelecimento, se ficar sou capaz de avançar em Rebeca e no seu comparsa, que nos observa de longe.
Não se atreve a se aproximar, pois já conhece o peso da minha mão.
Do lado de fora, livres do som ensurdecedor, ela abre a boca para falar, mas a interrompo antes que comece.
-- Não me peça para não denunciar Rebeca, pois é isso que vou fazer. – Falo, com rispidez.
O homem que a bartender apontou, é o mesmo com quem briguei em certa ocasião, ali mesmo, perto do balcão, por falar rispidamente com Rebeca, devido ao fato de que ela o abandonou na mesa pra vir beber comigo. Sentada em seu colo está Rebeca, sorridente, vestida com suas roupas malucas, com fisionomia de bêbeda ou drogada.
Relembro claramente a ocasião em que a vi assediando Douglas diante do portão de entrada do sitio e tudo fica claro como água: ela é a assassina. Age juntamente com Marlon, com quem certamente tem um caso amoroso. Vinga-se das mulheres porque Douglas as prefere em detrimento de si. Como não pensei nisso antes? Percebe-se de longe que ela tem problemas mentais e apenas uma pessoa assim seria capaz de cometer as barbaridades que cometeram contra aquelas mulheres, torturando-as, decepando-lhe os mamilos, um ato que provavelmente tem algum significado na sua mente doentia.
Estou diante dos assassinos de Rafaela, o que fazer agora? Avisar a policia? Matá-los? Esquecê-los, pegar Amanda e desaparecer para sempre dali? E se Amanda me convenceu a ir embora com ela, quando veio me procurar no bar, para proteger a irmã? Para me impedir de descobrir a verdade que agora se desvela diante de mim?
Estou confuso, surpreso, não sei o que pensar. Porém no fundo, apesar de ela ser irmã da mulher que eu amo, sei que sou incapaz de deixá-la impune por tudo o que fez, por tirar a vida de Rafaela e de tantas outras mulheres inocentes.
-- Neil, por favor não a denuncie à policia. – Amanda fala, encarando-me com olhos de suplica. – Ela não é normal, tem problemas desde criança. Fez o que fez porque tem um amor doentio por Douglas.
V amos esquecer tudo isso e ir embora daqui. Agora que deixei Douglas ela vai parar.
Afasto minha mão da sua como se esta estive infestada de insetos.
Estou mais convencido de que ela me convenceu a partir para proteger Rebeca.
-- Esse tempo todo, você sabia de tudo e não fez nada. Como foi capaz de permitir que todas aquelas mulheres fossem mortas? – Falo, entre dentes, a mágoa, a raiva se misturando dentro de mim.
-- Ela é minha irmã, o que você queria que eu fizesse? Eu a amo, tinha que protegê-la, pois ninguém mais o faria.
Neste momento Rebeca nos enxerga. V em correndo na nossa direção.
-- Uau!! V ocês dois aqui! Que novidade é essa? – Fala ao aproximar-se.
Tem uma aparência lastimável: a maquiagem borrada, os cabelos desgrenhados, a meia calça arrastão rasgada, a fisionomia de bêbeda e drogada. Olho para ela e a fúria se faz presente em mim. Imagino-a torturando Rafaela, cortando seus mamilos, tirando-lhe a vida, quero puxar o revolver e acabar com ela, mas preciso me conter, deixarei que a policia faça justiça.
-- O que vocês têm. Que caras são essas? – Rebeca pergunta.
-- Não é nada Rebeca. Espere aqui, Neil e eu precisamos conversar em particular.
-- Neil? Não é Logan? – Rebeca fala.
Ambos a ignoramos. Amanda estende-me a mão, pedindo que a siga. Não aceito o contato, mas a acompanho para fora do estabelecimento, se ficar sou capaz de avançar em Rebeca e no seu comparsa, que nos observa de longe.
Não se atreve a se aproximar, pois já conhece o peso da minha mão.
Do lado de fora, livres do som ensurdecedor, ela abre a boca para falar, mas a interrompo antes que comece.
-- Não me peça para não denunciar Rebeca, pois é isso que vou fazer. – Falo, com rispidez.
-- Pelo amor de Deus, Neil, dê-lhe uma chance. Ela é doente mental, não tem culpa do que fez. E também é minha irmã, eu a amo, não suportaria vê-la na cadeira pro resto da vida.
-- Em primeiro lugar, a pessoa que fez aquilo com aquelas mulheres sabia exatamente o que estava fazendo. Em segundo, ela que pensasse em não ir para a cadeia antes de se tornar uma assassina.
Segue-se um longo momento em que o silencio é quebrado apenas pelo som da chuva no asfalto.
Amanda fita-me diretamente nos olhos, há tristeza no seu olhar. Antes mesmo que abra a boca, sei o que vai falar.
-- Se você vai realmente denunciá-la, está tudo acabado entre nós. Não posso ficar com você se fizer isso.
Suas palavras me machucam mais que golpes físicos. Mais uma vez ela está me deixando por causa de outra pessoa, está sendo desleal a mim, para ser leal ao meu inimigo. A certeza de que jamais me amou de verdade, de que suas palavras foram falsas, me atinge como um furacão.
-- Se é assim que você quer, então nossa história acaba aqui.
Tento afastar-me, não consigo, é como se um pedaço de mim estivesse ficando para trás. V olto a tomo nos meus braços, aperto-a contra mim, com força, por um instante cogito não fazer a denuncia, deixar Rebeca e Marlon impunes apenas para não perdê-la, mas isso vai contra tudo em que acreditei durante toda a minha vida. Não tem jeito, vou ter que ficar sem ela.
-- Entenda, Neil, eu te amo, como jamais amei antes na minha vida, mas Rebeca é minha irmã, sangue do meu sangue. V ocê faria o mesmo se estivesse no meu lugar. – Ela fala, suas lagrimas molhando o tecido da minha camisa.
Afasto-me, fito-a fixamente, esforçando-me para não chorar.
-- Adeus Amanda. Não se esqueça de que por duas vezes você me deixou por causa de outra pessoa.
Dou-lhe as costas, caminhando depressa, antes que meus sentimentos me façam ficar. Entro no Audi e dou a partida. Olho para trás e a última coisa que vejo é Rebeca saindo pela porta do bar, olhando com incredulidade para mim e para o carro que dirijo.
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Comments
Giulia Pereira
por mim, ela iria presa por ser cúmplice e ele encontraria outra w viveria feliz.
2024-01-07
8
Acacia de Lourdes
até Amanda deveria ser presa por cumplicidade
2023-12-07
4
Amanda
Cadeia pra todos
2023-09-10
5