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Amanda

São quase nove horas da manhã quando Patrícia, minha mãe, chega ao sítio. Como sabe que ela vem hoje Douglas está acordado, bem vestido e penteado, pois acima de tudo, quer manter a aparência de marido e homem exemplar. Quanto a Rebeca, não liga para o que pensem dela e continua dormindo no seu quarto.

Patrícia tem quarenta e cinco anos, possui uma vitalidade invejável para a sua idade. Tem os cabelos louros dourados, olhos azuis como os meus e o corpo esguio, resultado de muitas lipoaspirações. Me cumprimenta com uma abraço apertado, afinal há semanas não nos vemos. Abraça Douglas com a mesma afeição, desconhecendo o quão frio ele é.

-- E Rebeca, onde está? – Pergunta, com seu jeito espontâneo, mais parecido com o de Rebeca que com o meu.

-- Dormindo, como sempre nesse horário. – Respondo.

-- Não me diga que ela continua freqüentando as baladas noturnas.

-- Continua. Acho que só vai parar quando encontrar alguém, se apaixonar e se casar.

-- Ruim será se ela se apaixonar por outro badaleiro. – Douglas fala, todos sorrimos.

-- Onde está Flávio? – Me refiro ao seu marido numero quatro.

-- Foi visitar as filhas em Nova Yorque, só volta semana que vem.

Nos acomodamos na sala de estar.

Douglas é todo sorrisos. Como é falso! Soraia aparece da cozinha e lhe peço que nos sirva café, sei o quanto Patrícia gosta de café.

-- E vocês dois, como estão? – Ela pergunta com a voz melosa.

-- Estamos ótimos. Cada dia mais apaixonados. – É Douglas quem responde. Olho para ele e me pergunto intimamente como consegue ser tão cara de pau.

-- Que felicidade saber disso. Me sinto privilegiada pela sorte que Amanda teve em conhecer você.

-- Eu é que me sinto privilegiado por tê-la ao meu lado.

O momento doçura está começando a me causar náuseas.

-- Então, o que já temos para a festa? – Ela pergunta, dirigindo-se a mim.

-- Nada além da extensa lista de convidados. – Respondo, melancólica.

-- Como eu já esperava. Mas pode ficar tranqüila que tenho quase tudo organizado. Hoje à tarde vamos ao Rio de Janeiro escolher o bufê, a banda, e tudo mais. Já dei meus telefonemas, basta que escolhamos.

Ir ao Rio hoje à tarde? E meu encontro com Logan?

Não há escapatória, após o almoço Patrícia me faz segui-la para o Rio.

Faço questão de passar bem próxima a Logan, com os vidros do carro abertos, para que ele saiba que não estarei em casa e não tente invadi-la como prometeu.

Patrícia fala sem parar, enquanto dirijo devagar, com cautela, pois não sou muito boa nisso. Mal ouço o que ela diz, meus pensamentos voltados para os corpo forte e gostoso do meu amante, nas loucuras que estaríamos fazendo agora se não fosse essa maldita festa. É bom completar mais um ano de vida, mas receber todas aquelas pessoas na minha casa, sorrir para elas, fingir que sou a mais feliz e realizada das esposas é o fim.

Nos dirigimos para um sofisticado bistrô na Barra de Tijuca, onde fazem serviço de bufê para festas.

Entramos, é tudo muito luxuoso ali, o jovem rapaz que nos atende, descrevendo detalhadamente cada pacote de serviço, é muito educado.

Todavia, não consigo me concentrar no que ele diz, minha mente voltada para o e-mail que recebi do detetive particular que contratei pela internet há alguns anos para descobrir as identidades das amantes de Douglas.

Segundo ele, Camila, sua amante atual, estuda numa universidade na Barra da Tijuca, próximo ao lugar onde estamos. São três horas da tarde, às quatro ela sai. É uma excelente oportunidade de vê-la pessoalmente, apesar de já tê-la visto pelas fotos que o detetive me enviou.

Tento resistir, mas a curiosidade fala mais alto.

-- Mãe escolha o que a senhora achar melhor, pode ser o serviço mais caro, Douglas paga tudo. Tenho que resolver um problema e já volto.

– Antes que ela possa protestar afasto-me.

Ao entrar no carro, abro meu e-mail pelo celular, decoro o endereço e dou a partida, seguindo para a universidade. É uma das mais caras do Rio de Janeiro, como ela está no primeiro período ainda, acredito que Douglas esteja pagando.

Estaciono diante da instituição às três e quarenta e cinco, faltam quinze minutos para ela sair.

Espero. Os minutos parecem se arrastar. Por fim os acadêmicos começam a deixar o prédio. Entre eles reconheço Camila. Tem a pele morena; os cabelos negros, lisos e longos; o corpo esbelto; o rosto bonito, muito jovem para Douglas.

Caminha ao lado de uma amiga, com quem conversa alegremente.

Como sei que ela não me reconhecerá, salto do carro para vê-la mais de perto. Passa a poucos centímetros de distancia de mim e não tem idéia de quem sou eu.

Poderia eliminá-la ali mesmo, atropelando-a com o carro, mas seria pouco castigo para quem namora o marido de outra mulher.

Quando ela se afasta, volto a entrar no carro. Paro numa farmácia, compro um teste de gravidez e vou encontrar patrícia no bistrô.

Como eu esperava, ela escolheu o serviço mais caro. Está tudo arranjado, a comida encomendada, as mesas alugadas, os garçons contratados. Ela me informa que teremos que voltar ao Rio no dia seguinte, para comprarmos roupas e calçados para a festa. Merda! Como vou fazer para ver Logan esses dias?

É noite quando chegamos ao sítio.

No horário de sempre nos reunimos à mesa de jantar, onde Soraia nos serve arroz à grega com frango grelhado e salada. A conversa flui alegremente. Perto de Patrícia Douglas e Rebeca fingem que são dão bem. Há! Quanta hipocrisia.

Após o jantar vamos para a sala de estar, pondo em dia os assuntos mais banais. Esta noite sei que Douglas não sairá de casa, pois quer passar a impressão de um bom marido tanto para Patrícia quanto para a alta sociedade. Esta semana Camila fará abstinência, embora acredite que sentirá mais falta do dinheiro que de Douglas. Quanto à Rebeca, não se detém com a presença da mãe, sobe para seu quarto retornando minutos depois usando seus trajes malucos.

Beija a minha face e a dela, partindo para mais uma noitada de drogas e bebidas.

Percebo o quanto será tediosa essa semana, sem encontrar minha montanha de músculos ambulante, tendo que presenciar a falsidade de Douglas e Rebeca fingindo que se dão bem, acompanhando Patrícia às compras. Eu detesto fazer compras.

Por volta das dez horas nos recolhemos aos nossos aposentos.

Será que Douglas vai me procurar esta noite? Se procurar o que invento para não ficar com ele?

Nunca antes de conhecer Logan me neguei a si. Em algum momento ele vai desconfiar.

Quando ele vai ao banheiro, troco o vestido pela camisola mais comportada que tenho, deito-me na cama de costas para o lugar dele e fecho os olhos, fingindo adormecer.

Ouço seus passos quando entra no quarto, troca de roupas e deita-se ao meu lado. Fica quieto por um instante, logo começa a percorrer sua mão pelo meu corpo, enfiando-a embaixo da camisola. Vira-se para mim, encostando seu corpo no meu, sinto sua ereção de encontro às minhas nádegas. Oh my! O que vou fazer agora? Não tenho nenhum tesão por ele.

-- Pare Douglas, estou com dor de cabeça. – Falo.

Num repente ele me vira de barriga para cima, bruscamente, monta em cima de mim, aprisionando meus pulsos acima da minha cabeça, e meus quadris entre suas pernas, imobilizando-me por completo.

-- V ocê não tem o direito de se negar a mim. É minha esposa e tem que fazer o que eu quero! – Ele esbraveja, rispidamente.

Entro em pânico, meu coração dispara de medo. Nunca o vi agir assim antes, apesar de que nunca tinha dito não a ele. Suas feições estão contraídas, seu olhar irreconhecível.

-- Por favor Douglas, você está me assustando. – Falo.

-- Por acaso você tem outro homem?

Sinto minha face empalidecer.

-- Mas é claro que não. De onde você tirou isso?

-- Quando a esposa não quer mais o marido é porque tem outro.

Sinto vontade de jogar na sua cara que quem traiu primeiro foi ele, que é quem coleciona amantes. Mas não quero enfurecê-lo ainda mais.

-- Não tenho outro. Já disse isso.

-- Você não me ama mais?

-- Claro que amo. Só não estou afim de transar.

Ele me solta, levanta-se da cama, caminha de um lado para o outro do quarto.

-- Me desculpe se te assustei, mas acontece que sou louco por você e não suporto quando você me rejeita.

É louco por mim e procura as outras. Vai entender.

-- Eu é que te peço desculpas. Não estou bem esses dias. Toda essa pressão. Os preparativos para a festa estão me deixando estressada.

– Minto com a maior cara de pau.

Ele senta-se ao meu lado no leito, acaricia meus cabelos e meu rosto, suavemente.

-- V ou esperar até que você esteja mais calma. Não quero que você faça nada que não esteja afim.

Entenda que você é a pessoa mais importante da minha vida e seria incapaz de te prejudicar de qualquer forma.

Sou tão importante que vive me traindo com várias mulheres.

Beija-me suavemente os lábios e volta a deitar-se, de costas para mim.

-- Boa noite. – Fala.

-- Boa noite. – Respondo, procurando uma posição confortável sobre a cama.

Fecho os olhos, mas não consigo adormecer, meus pensamentos me levando até Logan. Gostaria que fosse ele deitado ao meu lado.

Duvido que o rejeitasse.

Forço-me a afastar o pensamento, afinal Douglas é meu marido é a ele que devo me entregar. Mas o que posso fazer se não consigo mais, depois de ter conhecido o prazer nos braços de Logan? Estou perdida, entre a cruz e a espada.

Rolo mais um pouco sobre a cama e por fim adormeço.

É dia quando acordo. Douglas ainda dorme ao meu lado, só de cueca. Pela porta da sacada vejo que é um dia ensolarado. Levanto-me e tomo um banho demorado. Visto calça jeans e blusa de malha, penteio os cabelos molhados e vou até a sacada, recostando-me á mureta de madeira.

Como esperava, avisto lá embaixo Logan rastelando o jardim. Todo o meu sangue esquenta quando olho para ele, meu coração bate mais acelerado. Não o vejo há pouco menos de vinte e quatro horas, mas é como se fossem meses, a saudade de estar nos seus braços é dolorosa.

Ele olha para mim, interrompe o trabalho para me observar. Não sei se é impressão minha, devido a distancia, ou se há angustia expressa nos seus olhos castanhos. O que há com ele? Quero saber, mas não há como, a essa altura Patrícia já está perambulando pela casa e hoje temos que ir às compras. Será mais um dia sem minha montanha de músculos preferida.

Ouço Douglas mexendo-se na cama e volto para o quarto rapidamente, antes que ele me flagre olhando para o ajudante do caseiro. Já está desconfiado que tenho um amante, se lhe der uma pista, descobre tudo.

Levanta-se, aproximando-se de mim, abraçando-me ternamente.

-- Me desculpe por ontem a noite, meu amor. Não sei o que deu em mim. – Fala.

Minha consciência quase pesa por estar traindo-o, quando então me recordo de que ele me traiu primeiro.

-- Já disse que não precisa se desculpar. – Falo. – Eu, mamãe e Rebeca vamos às compras hoje.

Quer vir conosco?

-- Não. Odeio compras. Além do mais confio no seu bom gosto. Traga algo elegante para eu usar na festa. – V ai até o bolso da sua calça, de onde tira a carteira e um cartão de credito, entregando-o a mim. – Fique com isso. Gaste o quanto for necessário.

-- Está bem. – Concordo.

Pouco tempo depois estamos todos reunidos à mesa do café da manhã, colocada na varanda dos fundos da mansão, conversando alegremente.

Milagrosamente Rebeca está presente, isso porque é dia de fazer compras. Acredito que ela sequer tenha dormido.

São quase dez horas da manhã quando deixamos o sitio, eu Rebeca e Patrícia, rumo ao Rio de Janeiro.

Faço questão de passar com o carro próximo de onde está Logan, para que saiba que estou saindo.

Inesperadamente, Rebeca coloca a cabeça para fora do veículo e grita:

-- Oi gatinho lindo.

Fico satisfeita ao ver que ele não responde, sequer olha para ela.

Ótimo, parece ser um amante fiel.

O dia é tedioso. Passamos as horas vagando pelas lojas mais caras do Rio de Janeiro, usando o cartão de credito sem limites de Douglas.

Patrícia e Rebeca se esbaldam, compram roupas para o ano inteiro, enquanto eu me contento com um vestido, sapatos para a festa e um traje de gala para Douglas.

Almoçamos em um restaurante na Gávea. É quase noite quando retornamos ao sitio, onde o ritual se repete: jantamos conversando alegremente, como se fossemos a mais unida das famílias; Rebeca parte para a balada; às dez horas nos recolhemos. No quarto fico tensa, esperando que Douglas me ataque a qualquer momento, mas não acontece, ele apenas me dá um beijo de boa noite e adormece. Durmo rapidamente também, tendo em mente que amanhã não sairemos e posso finalmente ir ver meu amante, não suporto mais a saudade dos seus braços fortes.

É dia quando acordo, para minha total decepção está chovendo forte lá fora. Droga! Como me encontrarei com Logan? Se sair para cavalgar na chuva todo mundo vai desconfiar.

Levanto-me, vou até a sacada, observo o céu escuro constatando que a chuva não cessará tão cedo.

Uma pena.

Olho para baixo, vejo uma movimentação estranha no portão de entrada da propriedade. A pick up de Logan está estacionada irregularmente na entrada, o carro de Rebeca tomando-lhe a frente. Ambos aparecem de trás dos veículos, parecem discutir frivolamente, embora não consiga ouvir o que dizem. Rebeca parece completamente drogada, tenta agarrá-lo pelo pescoço, ele a afasta.

Pelo menos está sendo fiel.

Continuam naquela por mais algum tempo, outros funcionários observando-os também.

Sinto um aperto no coração, primeiro por ver minha irmã dando um vexame daqueles, sendo cruelmente rejeitada. Segundo por ver o homem que desejo sendo assediado por ela. Não sei o que me dói mais.

Para finalizar a discussão, ele entra na pick up, dá marcha ré e deixa o sitio, seguindo na direção da sua casa. É minha chance, vou vê-lo lá, não suporto mais ficar longe.

Tomo um banho rapidamente, visto um vestido de linho colado ao corpo, escovo os cabelos, dispenso a maquiagem e desço as escadas correndo. Patrícia está na sala de estar, mas não me viu ainda. Passo na ponta dos pés por aquele cômodo, seguindo para a cozinha, onde encontro soaria preparando o café da manhã.

-- Soraia, se alguém perguntar por mim, você não me viu, ok?

-- Ok.

Pego um pedaço de bolo de milho, mordo e saio mastigando. V ou para a garagem. O carro de Rebeca já está estacionado ali, ainda com o motor quente, o que significa que ela já entrou em casa.

Entro na minha Land Rover, dou a partida e deixo a propriedade, seguindo na direção da choupana de Logan, enquanto a chuva aumenta.

Alguns quilômetros adiante, o encontro no meio da estrada, a pick up atolada na lama.

Salto do carro, a água da chuva encharcando-me, mas não me importo, desde que o veja, desde que esteja com ele. O encontro tranquilamente sentado dentro da pick up, os pés sobre o volante, a nuca apoiada nas mãos.

-- Será que você ficou maluca? O que está fazendo nessa chuva? – Esbraveja ao me ver, abrindo a porta, puxando-me para dentro da pick up.

Passo por cima dele, desastrosamente, indo parar no assento de passageiros.

-- Precisava te ver. Senti saudades.

– Falo, batendo o queixo de frio.

Ele me fita em silencio por um instante, então toma-me nos seus braços fortes, apertando-me com força, me fazendo parecer minúsculo diante de si. Sinto o calor que emana dele e o desejo corre solto nas minhas veias, o formigamento gostoso se manifesta entre minhas pernas.

-- Ah, minha linda, também senti tanto sua falta, que por pouco não invadi sua casa. Meus dias têm sido um inferno sem você. Só de imaginar que tem passado as noites na cama com aquele cara, fico a ponto de enlouquecer.

Como ele sabe que tenho passado as noites com Douglas, que não tem ido atrás da sua amante? Fico desconfiada, mas isso não importa, quero apenas estar com ele, o resto é só o resto.

-- Tenho passados as noites ao lado dele, mas não acontece nada entre nós. Depois que te conheci não consigo mais ficar com ele.

Ia dizer que não entendo porque isso está acontecendo, mas quando olho nos fundo dos seus olhos e vejo ao ardor, a paixão, a devoção com que me fita tudo fica claro para mim:

estou loucamente, incondicionalmente, perdidamente apaixonada por ele e isso me assusta mais que me contenta, pois não há futuro para nós dois juntos. Apesar de perceber que jamais amei Douglas sou incapaz de deixá-lo.

-- V ocê não podia ter me dado noticia melhor. – Ele sussurra, com tom de voz meio rouco.

Escorrega para o assento de passageiros, puxando-me para si, fazendo-me montar no seu colo, a saia colada do meu vestido subindo até os quadris por causa do movimento.

Sem desviar seus olhos dos meus, acaricia minhas coxas, apertando-as com força, deixando as marcas vermelhas das suas mãos na minha pele. Umedeço os lábios, esperando, ansiando, precisando de um contanto mais intimo, que logo vem, quando ele coloca sua mão na minha nuca, puxando meu rosto para si, tomando-me os lábios sofregamente, enfiando a língua na minha boca, movendo-a com avidez, deixando-me sem fôlego.

Correspondo ao beijo com a mesma voracidade. É incrível como aquilo me fez falta, o quanto me faz sentir bem, como se fosse a coisa certa a fazer, embora saiba que não é. Sinto seu pênis enrijecer entre minhas pernas e esfrego meu sexo nele, por sobre o tecido das roupas, o tesão incendiando-me.

Estamos no meio da estrada, correndo o risco de sermos flagrados a qualquer momento, o que deixa tudo muito mais excitante.

Logan leva suas mãos até minhas costas, abrindo o zíper do meu vestido, descendo-o até minha cintura. Arranca meu sutiã com um safanão e pousa as mãos sobre meus seios, esfregando meus mamilos com os dedos, fazendo-me gemer de encontro aos seus lábios.

Interrompe o beijo, afastando-se um pouco, o suficiente para se livrar da sua camisa, expondo suas formas protuberantes. Quero morder, lamber seus músculos, suas tatuagens. Mas não há tempo, ele volta a apossar-se dos meus lábios, puxando-me mais para si, pressionando meus seios contra a solidez do seu tórax, enlouquecendo-me um pouco mais com o contato. Leva sua boca até meus seios, lambendo, sugando meus mamilos, deixando-os duros, afundo meus dedos nos seus músculos duros e lanço minha cabeça para trás, soltando gemidos, inebriada, querendo mais.

Ele sobe a saia do meu vestido até minha cintura, arrancando-me a calcinha, jogando seus pedaços no chão. Me lembro de que preciso comprar mais calcinhas, ele está acabando com meu estoque. Ergue-me um pouco e abre o zíper do seu jeans, descendo-o até os joelhos, junto com a cueca, deixando à mostra o pênis, duro, tão grande que alcança seu umbigo. Coloco-o entre meus dedos e o aperto, escorregando sua pele para cima e para baixo.

Quero colocá-lo na boca, chupá-lo, saborear o liquido que expele, mas não há espaço, estamos imprensados. Então sento-me sobre ele, abrindo mais as pernas para que caiba em mim, desço os quadris permitindo que entre na minha vagina lambuzada, preenchendo-me por completo, levando-me a uma deliciosa loucura que me faz querer gritar.

O tesão toma conta de mim. Passo a mover-me cada vez mais depressa sobre ele, o pênis indo cada vez mais fundo dentro de mim. Logan lambe meus peitos, não resisto, grito alto, a luxuria me enlouquecendo.

Quero que aquilo dure para sempre, mas logo meu corpo se contrai e necessito de um alivio.

Percebendo que vou gozar, Logan segura minha nuca, fazendo-me encará-lo nos olhos. Tem a boca aberta, pela mesma dificuldade de respirar que me toma. Move seus quadris em duas estocadas bruscas e mergulho no mais profundo êxtase, gritando, convulsionando, chorando, ao mesmo tempo em que seus espasmos se fazem dentro de mim.

Nossos corpos amolecem, embora nos recusemos a nos afastarmos. Tê-lo dentro de mim é a melhor sensação do mundo. Quero dizer isso a ele, revelar-lhe o quanto estou apaixonada, mas não encontro coragem, afinal não sei o que sente por mim, talvez seja apenas tesão.

Lembro-me de que ele gozou dentro da minha vagina de novo e pulo para o lado, estarrecida.

-- Droga Logan. V ocê gozou dentro de mim de novo. – Reclamo, ajeitando meu vestido de volta no lugar.

-- E daí? Não me importo nem um pouco em ser pai de um filho seu.

Quero repreendê-lo, esmurrar-lhe a face, mas tudo o que consigo é sorrir.

-- Você se esquece que sou casada.

-- Também não me importaria em estragar seu casamento.

O que ele disse é perigoso, um assunto que devemos evitar. Por mais que seja apaixonada por ele, não deixaria Douglas, pois isso acarretaria um escândalo que prejudicaria muita gente.

-- O que há entre você e minha irmã? – Pergunto, para fugir do assunto, relembrando a cena que presenciei no portão.

-- Ela está afim de mim e tem uma forma nada sutil de demonstrar isso.

-- E você, não se sente atraído por ela?

-- Claro que não. A única mulher que me atrai é você.

Geralmente as mulheres têm maridos fiéis e amantes galinhas, comigo acontece exatamente o contrário.

-- Acho melhor eu voltar. Daqui a pouco estarão todos procurando por mim. Agora que minha mãe está lá em casa, Douglas não dorme mais o dia todo. -- V ejo uma ruga se formar na testa dele. – O que foi?

-- Se você quiser não pronunciar o nome desse cara na minha presença eu agradeço.

-- Ohh, desculpe. Esqueci o quanto você é ciumento. – Falo, segurando-lhe o queixo, virando seu rosto para mim, beijando-lhe suavemente os lábios. – Então, você vem comigo ou vai ficar encalhado aqui o dia todo?

-- Será que seu carro não atolou também?

-- Acho que não.

-- E o que você vai dizer se nos virem chegando lá juntos.

-- Que vim resgatar você.

-- Não acho que seja um bom plano, mas você é quem sabe.

Deixamos o interior da caminhonete, a chuva grossa nos encharcando. Corremos para a Land Rover e entramos. Engato a ré e saímos da lama com facilidade.

-- Carro de rico é outra coisa. – Ele fala com ironia.

Não posso deixar de sorrir.

Faço a volta em uma pequena clareira às margens da estrada e voltamos para o sitio.

Ao atravessarmos o portão, avisto Douglas no alto da sacada, ainda de pijama. Estaciono na garagem, onde nos despedimos com um beijo demorado, meu coração apertado, sem saber quando o encontrarei novamente, já que estarei ocupada nos próximos dias com os malditos preparativos para a festa.

Logan vai para os estábulos e eu sigo para o interior da mansão.

Encontro patrícia na sala, lendo uma revista de moda.

-- O que aconteceu com você? Está toda molhada! – Ela fala, espavorida.

-- Nada não, só peguei um pouco de chuva, mas já vou me secar.

Subo correndo as escadas para o segundo andar. Deparo-me com Douglas em pé no centro do quarto, imóvel como uma estatua, fitando-me com olhos frios, assustadores.

-- Oi. – Falo, forçando o tom de descontração.

-- O que aquele peão estava fazendo no seu carro?! – Sua voz é baixa, porém ríspida.

-- Ah, sim, o Logan. – Finjo casualidade, mas sei que não vai funcionar, ele já estava desconfiado de que eu tenho um amante, por rejeitá-lo na cama, agora me vê chegar com Logan no meu carro, só se fosse muito otário para não relacionar as coisas e isso Douglas não é, pelo contrario. – O carro dele atolou aqui perto, então ele me ligou para que fosse resgatá-lo.

-- Celulares não funcionam aqui quando está chovendo. – Ele fala entre dentes.

Sinto o sangue fugir da minha face.

Acabo de entregar o ouro ao bandido. Não há mais o que eu possa dizer para desfazer aquilo.

Mas ainda assim tento.

-- Pois é, acho que foi um milagre, o dele funcionou. Ligou para o telefone da mansão. Como não encontrei Raimundo para ir atrás dele, decidi ir pessoalmente. – Ele não engole, continua me encarando com frieza e desconfiança. – Peraí, você não está insinuando que tenho alguma coisa com aquele pé rapado, está?

Ele parece relaxar um pouco.

Acredito que passe pela cabeça dele que eu não me interessaria por um homem sem recursos financeiros.

-- Não estou insinuando nada. Só achei estranho você sair debaixo dessa chuva por causa de um peão e ainda deixá-lo entrar no seu carro.

Não sabe que essa gente é suja?

Podem até ter piolhos.

Suas palavras atiçam a raiva em mim. Para escondê-la, me dirijo para o banheiro, dizendo:

-- Vou tomar um banho e trocar de roupas antes que pegue um resfriado.

-- Acho bom.

Nos dias que antecederam a festa, Douglas não voltou a tocar no assunto, embora saiba que ele ficou completamente desconfiado. Não consegui mais me encontrar com Logan durante aqueles dias, primeiro para não despertar mais ainda a desconfiança de Douglas, que está de olho em nós dois, qualquer movimento em falso e ele pode nos surpreender. Segundo porque Patrícia não me dá um minuto de folga, precisa perguntar minha opinião para tudo sobre a festa, me incomodando também com todos os detalhes.

Por fim o sábado chega. Eu, Patrícia e Rebeca passamos o dia inteiro sob os serviços do cabeleireiro e da manicure que veio nos atender em casa.

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Comments

Amanda

Amanda

🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔

2023-09-08

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