Capítulo 15 - O Portal da Entrada

O céu da floresta dos pinheiros, ficou coberto pelas nuvens, de repente, o clima parecia trazer algo novo, mais não algo bom para a casa. O cosmos parecia agitado nesse dia, e o cupido ficava insistentemente a olhar para a janela, isso enquanto ana estava a dormir, após um tempo, logo ela acorda a perceber que o ser estava tão preso a olhar fixo, o que seria uma forma dela pode ao menos se levantar, pois, pela primeira vez, ela tinha fome e sede, e queria ir para o banheiro.

Ao sair bem devagar da cama, o cupido percebe, mas não faz nada, e com muito receio ela vai até o banheiro, para ficar na banheira, e relaxar o seu corpo enfraquecido. O tempo passa e ela enfim termina o seu banho, a descer a escada para a cozinha, preparar o que comer e ficar sentada à mesa, tudo em silêncio, e sem que ela perceba, o ser estava agachado perto do sofá, a vigia-la.

Os ventos começam a soprar pela primeira vez, nas paredes da casa, o que faz com que o gato, desça para ficar perto de ana, a todo o instante, como se a qualquer momento, algo viria sobre eles, porém, os ventos passam e tudo fica calmo no lado de fora, até ela terminar de se alimentar. Ela parecia agir, como se nada estivesse de ruim no ambiente, e até mesmo se esqueceu de tudo.

Ana coloca os objetos na pia, a perceber as gotas de sangue vindas do seu braço, ela então vai até à mochila de thome, e observa que estava revirado, mas continua a procurar os curativos. Após pôr as ataduras, ela fica sentada na cadeira com as mãos na cabeça, sem saber o que fazer, até ouvir a porta da entrada abrir, junto ao portal.

Logo ela lembra-se que iria entrar, e naquele hora nada a impedia, nem mesmo o cupido era um problema, e ana não mais se importava, apenas queria entrar e saber o que mais tinha naquele lugar, a acreditar que nada tinha mudado, mas a atraia para perto, com algo que não devia ser deixado de lado, isso a faz ir lentamente à porta.

O cupido logo amarra a venda nos olhos, firma o seu arco e flecha a mirar na direção dela, que não desvia o seu olhar por nada, isso faz com o que ele demonstre agitação, a atirar no lado da porta da entrada, para que ela perceba a sua presença, a ser ignorado. Nisso o ser prepara três flechas contra ela, a acertar a primeira.

Ao ser acertada, novamente começa tremer e cair de joelhos com as mãos no chão, mas não como antes, mesmo com a flecha ter acertado o seu coração, ana começa a resistir e lutar contra o seu próprio corpo, para continuar a seguir no seu caminho. Contudo, ainda faltava mais duas flechas do cupido, que estavam prontas para abate-lá, e antes que o ser desse o ataque final.

O antes espectro aparece entre ana e o cupido, com o seu corpo de boneco ainda mais destruído e a despedaçar, porém, ainda percorria o poder do espectro sobre o seu corpo. Ele fica na frente dela para a proteger, mesmo que ela não perceba a sua presença, a continuar a lutar contra o mal. O seu poder se concentra contra o ser, para de uma vez, destruir aquele arco e as flechas.

Enquanto parecia ser inevitável, uma luta entre eles, ana consegue finalmente passar pelo portal adiante, e chegar no mesmo ambiente da última vez, uma floresta sombria e a sua casa velha e antiga. Ao passar ela recupera as suas forças, por não mais está na sua realidade, mesmo com a residência a cair aos pedaços, ela resolve entrar

Para procurar o que tanto atraia, nessa realidade esquecida e abandonada. Ao dar leves passos no chão apodrecido, todo o cuidado era pouco, pois, parecia que em baixo da casa, não existia solo, e quanto mais passa o tempo naquele lugar, mais a fumaça subida por entre as tábuas, a cobrir quase por completo, o ambiente.

Uma caixa aberta empoeirada, era o que tanto a chamava, ela vai até ele e a pega para verificar o que tinha dentro, e uma coisa a surpreende, uma foto. Apenas uma foto de uma família reunida no parque, com um carrossel ao fundo da imagem, ana não entendeu de quem se tratava, pois, eram pessoas que não nunca tinha visto antes.

Nesse momento a fumaça se dissipa, e o ante espectro aparece repentinamente atrás dela. Já com parte do seu braço desfeito e sem cabelo, muito fraco ao ponto de não poder mais ficar em pé, apenas de joelhos. Ana percebe a chegada dele e logo o segura, e tudo o que ela consegue ouvir é choro a vir dele, como se algo ocorresse, que o fez estar dessa forma, a lamentar muito.

Não demorou muito para saber o motivo de todo aquele choro, a fotografia era algo familiar para ele, e sentia isso ao pegar na mão que não foi desfeita. Ana ficou sem palavras, e não sabia como tinha que reagir, apenas ficou ao seu lado, para ouvir o que ele tinha a falar, pois, algo o fez ficar diferente, e a fez pensar ser uma epifania, a mesma que thome teve anteriormente.

Ao deixar as lágrimas percorrerem o seu rosto, ele resolver revelar algo para ana, mas antes que fizesse isso, ele abraça-a de surpresa, a dizer com voz de choro:

— Ana! Eu lembro-me de tudo... Nessa foto, esse garoto sou eu, e essa garota é a minha irmã, os adultos atrás de nós, são a minha mãe e o irmão dela, nesse dia fomos ao parque, a ir ao carrossel junto. Ana, preste atenção no que vou dizer, eu já não tenho muito tempo... Existe a uma resposta para todas as suas perguntas, numa realidade que é a verdadeira, e tudo aqui se conecta a ela.

— Eu não entendo...

— Precisa entender!... Por favor, ana. Não perca o foco! Todos os acontecimentos dessa realidade, são somente uma analogia ou que preferir como definição, e você precisa ir até o porão, lá está o que precisa, mas se apresse, o tempo está a acabar.

— Eu quero saber mais sobre essa realidade.

— Eu não posso falar mais do que isso, têm que se apressar, ele está a esperar por você.

— Quem?

O ante espectro usa a suas últimas forças, antes de apagar, para levar ana novamente para a casa, ele estava tão fraco que não iria despertar cedo, e ela percebe os furos no seu corpo, causadas pelo cupido, que ainda estava no mesmo lugar, porém, não mais pretendia atacá-la. O olhar de ana para o ser da floresta, expressar ódio, mas ela tinha outras coisas para fazer, como levar o boneco para o sofá e amarrar partes do corpo.

Para não se desprender, e tinha mais tempo, e o que foi dito por ele seja feito o quanto antes. Ana sobe a escada e tem uma dor na barriga, mas logo volta ao normal e continua em direção ao cômodo onde fica o porão, para ver uma maneira de entrar, a se deparar com a barreira desfeita, e entender que o ante espectro não somente lutou contra o cupido, mas também usou o seu poder para desfazer a barreira mais importante, agora.

Por um instante hesita ela, ao entrar lá dentro ou cuidar do ante espectro, para que a prisão não seja destruída. Ao pensar bem, ela decide cuidar dele, sem ter pressa para entrar, nesse momento o que vale é uma decisão pensada. Ao descer, o cupido não havia feito nada, apenas estava num estado de repouso, o que era vantajoso para eles, que não queriam mais um imprevisto.

Ana também verifica o quadro, mas nada mudou, ele ainda estava com a barreira. Ela precisava ser útil naquele momento, e somente com a sua força não era o bastante, então ela recorre mais uma vez à unidade das faces autorretratadas, de alguma forma eles tinham que despertar, e com muita insistência, ela consegue falar com eles.

O retrato que não tem olhos, foi o primeiro a falar:

(— Eu não vejo nada, mas somente pela voz eu sei quem é.)

(— O que deseja, menina ana?— Diz o retrato sem ouvidos)

— Eu sei o quanto são poderosos.

(— Quem será que deu essa informação?— Diz o retrato sem olhos, indignado)

— E talvez a unidade das faces autorretratadas, seja a primeira coisa a ser criada nessa realidade.

(— Aonde quer chegar com essas informações?— Pergunta o retrato sem ouvidos.)

— Aí está uma prova que todos tem poderes que são tão poderosos quanto a do espectro. Você usa-as para poder entender com mais clareza, o que estou a dizer.

(— Deixa de dizer bobagens, garota! Eu sou surdo e não sego, posso muito bem ler os seus lábios.)

(— Pelo seu estado, parece-me que está numa situação drástica, e quer a nossa ajuda para poder lutar.— Diz o retrato sem cor.)

(— O que você não entendeu, é que ela quer a ajuda do nosso poder! Não se importa conosco e acredita que pode simplesmente pedir— Diz o retrato sem ouvidos)

(— Acalme-se, todos. Primeiro, vamos ouvir o que ela tem a dizer.)

— Eu preciso de vocês, porque o espectro está preso no corpo antigo do boneco que eu criei. Mas ele está prestes a soltar, e pretende destruir todos os segredos que tem nessa casa, com as quais eu preciso chegar para descobrir a verdade, por trás da verdadeira realidade, aquela que criou tudo e todos nós!

(— Então... A hora chegou, meus irmãos. Ana, o que descobriu sobre nós, é verdade, e estamos dispostos a oferecer o nosso poder a você.)

— O quê? Mas não precisam entrar num acordo?

(— Não há mais tempo. Tudo o que você precisa saber sobre nós, é que somos o presságio do que virá...)

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