Capítulo 12 ‐ Fantôme 911

O dia seguinte começa, e ana mal sabia quem a colocou na cama, após ter apagado no chão frio do cômodo onde fica o porão. O ante espectro passou a noite toda a vigiar o quarto de ana, após ver o estado em que ela ficou com aquele ataque do cupido, e precisavam ter cuidado de agora em diante, para conseguirem continuar o objetivo.

Ele ao perceber ana a acordar, ajuda-a para descerem até a sala de jantar, pois, ela precisava muito de energia e aos poucos recuperava o seu físico. Tudo isso enquanto o cupido estava como adormecido agachado em cima da televisão, e os dois precisavam planejar como passariam dele.

— O que aconteceu depois que eu desmaiei?

— Eu tive que levá-la para o seu quarto, antes que o cupido subisse para o andar superior, mas ele ficou parado a noite inteira em cima da televisão.

— Não temos risco de ser atacados, por ele?

— Felizmente não, o cupido está num estado de repouso.

— Repouso?

— Foi a única definição de pude dar, para esse estado quem que está.

— Entendo... Eu ainda sinto um desconforto no meu corpo. Disse que ele foi o responsável por acertar uma flecha no meu coração, antes.

— Sim, e provavelmente, foi ele quem matou a ave que estava a atacar os filhotes.

— Mas, eu não senti os mesmos efeitos da flecha, como agora.

— Deve ser pelo fato daquela flecha ser para preparar o seu corpo, para esses efeitos.

— Então, aquela flecha era como uma semente.

— Se pensarmos por esse lado, essa flechada que recebeu, era para despertar o que já estava dentro de você.

— Independente disso, precisamos ir para a outra realidade, o quanto antes.

— Vamos aproveitar o estado do cupido.

Eles decidem iniciar o seu plano, de mãos dadas, ana e o ante espectro, vão bem devagar até perto da televisão, nem querer fazer qualquer barulho, e despertar um problema para eles, com todo o cuidado, finalmente conseguem entrar, mas não fizeram um bom planejamento, e o tempo estava a ficar curto, pois, o espectro começava a dar os seus sinais de que está a resistir a prisão feita.

O lugar onde eles vão parar, é o cômodo branco com uma mesa e cadeiras, exatamente o mesmo local onde acontecia o show do fantôme, com um detalhe de outro cômodo, que era o local em que ele ficava, antes do seu espetáculo entrar no ar. O ambiente parecia estar envelhecido, e o aspecto empoeirado mostrava o abandono do antes cenário que ana tanto gostava de assistir.

Eles caminham devagar, pois sentirem que algo estava estranho, como um peso de tristeza no ambiente que expressava felicidade, e isso era a realidade que ela não viu, o que logo mostraria uma história não contada sobre o fantôme. Entre objetos jogados no chão, o ante espectro vê o que era um papel antigo, que ao mostrar para ela, ambos notaram ser um dos anúncios do palhaço fantôme, de tempos atrás, que estava aqui, por algum motivo, tinha também pílulas junto.

O ante espectro consegue abrir a porta ao lado, e chama ana para entrarem, ao verem o que tem no seu interior, apenas uma varanda a frente, no canto uma estante com alguns livros, perto da mesa e cadeira, antes usados pelo fantôme. Sem que demorasse, ela vai até os livros à procura dos possíveis quadros, que só poderiam estar nas páginas, mas ao verificar todas, não encontra.

Todos os livros contavam histórias diferentes, e ana pensou, outros portais para outras realidades novas? Mesmo que fosse, ela não tinha como saber e o ante espectro estava a sentir algumas leves dores no corpo, mas resolveu não contar a ela, para que não a preocupasse, já que o que vieram procurar, não estava ali, mas algo tinha.

— Ante espectro, esses livros que estão aqui, são do fantôme?

— Sim, e pelo que eu me lembre pelo espectro, ele não está mais aqui.

— Você quer dizer que ele morreu?

— Eu não sei muita coisa, essa parte da memória foi ocultada.

— Então, não é aqui que está o que precisamos.

— Mas tem que ser aqui, não foi o velho que te disse?

— Sim, mas... Não é como se ele tivesse certeza. Eu havia dito somente sobre os portais.

— Mas tem um lugar! Eu lembro sim...

— Qual?

— Só pode ser o efêmero pessoal, lá tem uma estante que pode ter os livros com os quadros que ele disse.

— Isso significa, que o espectro veio aqui, não somente para trazer os convidados, mas para pegar o que era importante demais.

— Se esse for o caso, ele teria que esperar que o fantôme estivesse ausente...

— Ou matado ele, no dia em que participamos do show.

— Isso explica por que não posso acessar essa memória. De qualquer forma, isso é um golpe estratégico.

— Mas o fantôme é um fantasma, não pode morrer.

— Depende, não estamos no nosso mundo, uma coisa que não foi percetível. Após a participação do show do fantôme, o espectro ficou fraco de alguma forma, porém sempre procurou esconder.

— Ele tomou alguns comprimidos... Lembro-me! Os mesmo que estão jogados no chão.

— Vamos ver o que tem nele...

Os dois voltam ao ambiente a pegar as pílulas, a ver com cuidado cada detalhe, com as poucas que tinha nas suas mãos. Após passar um tempo a analisar, o ante espectro chega numa resposta:

— Essas pílulas contêm um fragmento de poder, do próprio espectro. Ele usou-as enquanto estava a ser entrevistado, provavelmente para controlar o fantôme para alguma coisa...

— O espectro é capaz de fazer isso.

— De qualquer forma, precisamos voltar para a casa. Não tem mais nada aqui.

E de repente, antes mesmo de chegarem no portal, ele desfaz-se numa explosão, a jogar os dois na parede. O cupido havia despertado, e ao perceber que estavam na televisão, destrói a tela com violência, a prendê-los em outra realidade.

Mesmo que os dois não tenham ferido-se, aquilo os deixou preocupados, pois, não esperavam que algo viesse a acontecer, de maneira que deixasse a situação ainda mais complicada. Ana então diz para o ante espectro:

— O que aconteceu, como vamos sair?

— Deve ter sido o orós, o responsável por isso. O portal não foi desfeito, e sim, quebrado.

— Se o portal é a tela da televisão, ele a destruiu

para ficarmos presos.

— A tela era pequena, como a televisão. A força desse ser é inimaginável, temos que escapar de alguma forma.

— Tem outra porta ali... Talvez seja a entrada do local.

— Vamos descobrir agora.

O ante espectro abre a porta com cuidado, para não fazer barulho, a olhar para os cantos de fora, percebendo junto à ana, que ali ficava um longo corredor, com várias portas e um elevador. Tudo era muito novo para eles, e uma maneira de fugir daquela realidade, poderia estar em outro lugar, já que os manequins(Que eram chamados pelo fantôme, de fantoches) teriam que passar por um portal num lugar não abandonado, a ser reserva.

Após decidirem apressadamente, em descer a escada de incêndio, ao ouvirem o elevador subir, ambos correr pelos degraus abaixo, sem saber onde vão parar, e o ante espectro decide levar todas as pílulas que encontrou, caso precisasse. Ao chegarem no que parecia ser o final, no abrir da porta à frente deles, o cenário da esquina de um lugar com grandes construções, deixam um certo medo neles, que correm para um dos lados, e tentam ao máximo, se esconder dos barulhos.

Até que um sinal vermelho aparece no céu azul, e a vir após isso um som bastante alto, os dois dão de cara com um fantôme velho, que estava atrás deles, sem que percebesse ao menos a sua presença, eles começam a ficar com mais medo, e querer a todo o custo fugir, mas o ser que não demonstrava ser um perigo, chama eles para perto.

Ao decidirem aproximar-se, o velho fantôme, com a numeração (911), nítida na sua fronte, diz para as duas crianças:

— Vocês não são fantômes, de que espécie são?

Ana — Somos apenas crianças que desejam voltar para a casa.

— Casa?

Ante espectro — Sabe algo sobre as outras realidade? Pois, é de lá que viemos.

— Eu não sei do que estão a falar, mas tenho certeza que não são fantômes, e nem crianças.

Ana — Como não somos?

Ante espectro — A pergunta certa, nesse caso é, como se parecem as crianças dessa realidade?

— Por onde eu começo... Ah sim! Para que eu te responda essa pergunta, terá que doar o seu tempo.

Ana — Mas o tempo não existe, pelo menos na nossa realidade.

— Como não existe? É claro que existe! Existe em todas as realidades que possam acreditar.

Ante espectro — Então o senhor sabe sobre a existência das realidades.

— O que vocês chamam realidades, eu chamo histórias. Eu sou um mero velho apreciador do tempo. E sim, pequena garota, na sua história existe o tempo, apenas parte da sua crença do que sabe, a impede de saber.

Ana — Se existisse o tempo, então porquê não foi contada antes?

— Se tudo fosse contado de uma só vez, isso iria causar mudanças drásticas, na sua história e nas outras também.

Ante espectro — Por favor, senhor. Nós daremos o tempo que for necessário, apenas nos conte.

— Muito bem! Tudo começou nessa história, há tempos antes de tudo o que hoje veem, com um ser que era manequim, que vivia nesse mundo sozinho, até aprender a fazer fogo, e descobrir minérios, essas coisas o fizeram despertar o seu lado mais criativo. Isso o permitiu criar muitas coisas importantes hoje, inclusive, uma cópia sua com parte de si mesmo. E isso o ajudou muito no seu trabalho pela evolução das suas criações, até encher esse mundo de manequins, a passar muitas eras, e o seu trabalho passava de mão em mão, a aperfeiçoar. Até que o desejo de ter um corpo que não apodrecesse com o tempo, tornou se uma realidade, com a chegada do primeiro transformador de fantôme da história, o que fez com que o nome manequim, fosse chamado de fantoche, pelos que tiveram o privilégio de serem uma nova espécie transformada.

Ana — Mas se essa nova espécie, o fantome, são seres imortais. Então como o senhor está a ficar velho?

— Uma boa pergunta, garota. O tempo passou e várias gerações de fantoches desejam ser transformadas, e isso fez com que fosse criada uma única e infinita cidade, para que fosse difícil a entradas dos incontáveis fantoches, e trazer uma nova divisão de espécies. Pois, os fantômes não tem como criar fantômes, apenas fantoches criam fantoches, e esses crescem como uma semente plantadas, e nós éramos as ervas daninhas, que diminuía a população da cidade, a não deixar muitos fantoches serem fantômes.

Ante espectro — Mas como isso era feito?

— Através do sorteio, o que era raro de ganhar, e também nos éramos de fazer com que a nossa própria espécie morresse, mesmo que isso para todo o mundo, não fosse possível. A única verdade era que podia... E como eu cheguei num tempo em que o transformador estava a se desgastar por completo, eu acabei por não ser imortal, apensar de ser um fantôme.

Ana — Mas como um ser imortal pode morrer?

— Essa resposta é simples, querendo morrer.

Ante espectro — Foi essa a forma com que o fantôme morreu... Eu consigo lembrar.

Ana — Então o espectro somente o ajudou, para que fizesse isso?

Ante espectro — Provavelmente...

O barulho novamente soa por todos os lados, e isso os assusta, nisso o velho fantôme diz:

— É melhor vocês voltarem para a sua realidade. Caso não queiram ser pegos, pelos fantômes.

Ana — Como nós vamos fugir?

Ante espectro — Só tem um jeito, eu consumir essa pílula do espectro.

— Espere! Antes que vão, levem essas pílulas de fantôme com vocês, irão precisar.

Ana — Muito obrigada! Senhor fantôme.

Ante espectro — Ana, segura a minha mão.

Após consumir uma pílula, ele tem por um tempo os poderes do espectro, que faz com que ele crie uma forma de voltar para a sua realidade, junto à ana, a desaparecer ao vento, e voltar para a sala de estar, quase que imediatamente, sem sofrer nenhum dano, porém, com a tela da televisão destruída, eles não mais poderiam voltar para aquela realidade, novamente.

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