Capítulo 11 ‐ Orós, o cupido

Ana sentasse ao lado do ante espectro, e os dois balançam por um tempo, sem dizer nada um ao outro, apenas a tornar olhares discretos, ele ficou com a aparência mais bela, mas por consciência, tornou-se mais fraco, como uma criança normal. Era nítido a aparência abatida dela, mas isso não o incomodou, pois, não era mais o mesmo e isso era evidente, e então, ela quebra o silêncio:

— Quem é você?

— Eu... Não sei bem.

— Finalmente usou o traje que te fiz.

— Sim e acredite, ana. Eu não sou mais o mesmo.

— Então... Está a dizer-me que se tornou algo diferente?

— Exatamente, após a entrar nesse corpo, ter-me levado a compreensão, eu decidi atender ao seu objetivo.

— Isso significa que eu consegui concluir o meu objetivo principal, mas não faz sentido.

— Não faz, por que não é o seu objetivo.

— Eu não entendi.

— Bem, talvez não seja o único e mais importante que tenha, afinal, eu só consegui reprimir o meu espectro, e isso significa que...

— Você é como a luz do interior do espectro.

— Eu sou a criança por trás do espectro, porém, se nós não encontrarmos a verdade, o que você precisa saber, algo de muito ruim irá acontecer.

— Você resiste ao espectro dentro de si.

— Não só resisto, como o mantenho oculto no meu interior, mas, não sei por quanto tempo.

— Então como a criança do espectro, você sabe coisas que eu não sei.

— Por esse motivo estou disposto a ajudar-te, eu não sabia que iria ser liberto, quando o espectro entrou no boneco, mas agora que isso acabou por acontecer, o tempo que não existia, passa a existir nesse exato momento.

— Então eu quero fazer-te uma pergunta.

— Pode dizer o que deseja saber.

— O espectro matou alguns dos filhotes do livro?

— Infelizmente sim, um dos primeiros foi o gatão, que cuidava dos demais.

— Por qual motivo ele fez isso, por que ele pôs a barreira no livro?

— Para que você não encontrasse o dono dos filhotes. Mas a visita dele ao livro, alterou a história.

— Eu consegui romper a barreira e entrar mais uma vez no livro, e encontrei esse dono que você disse.

— Ele contou-te tudo o que precisa saber?

— Sim, mas... Muitas coisas aconteceram desde então, e ainda não comecei a pôr em prática, tudo o que recebi dele.

— Não podemos perder mais tempo, ana. Essa é a nossa chance, e temos que começar por algum lugar nessa casa.

— Eu sei por onde, a televisão.

— Pelo que eu percebi, acabou de ficar travado no canal do fantôme, por onde o espectro trouxe os manequins como convidados, ali há uma das realidades existentes, com a qual temos a total liberdade de entrarmos.

— Confesso que aqueles manequins me deram medo.

— Ele não sabia quem mais convidar...

— Pelo que eu me lembre, os corpos do homem mágico e do thome sumiram, e somente ele tinha como ter tirado eles dessa casa.

— O espectro é muito enigmático. Toda a vez que ele pegava os corpos e os levava para algum lugar, ele bloqueava a mente para que não fique registrado onde os enterrou.

— Então, nunca mais vou ver o thome...

— Eu sinto muito, foi torturante ver aquelas cenas e isso ainda percorre nas minhas memórias.

— Eu ainda estou cansada...

— Pode-me chamar de ante espectro, se quiser.

— Ante espectro, tem como você tirar a barreira que existe no quadro principal?

— Infelizmente não, ana. O poder que existia era exclusivo dele, e agora livre, sou somente uma criança normal.

— Mas ainda está num corpo de boneco, o que houve com o seu corpo verdadeiro?

— Eu também preciso de respostas, ana. Nem tudo o que eu sei é meu, mas tem coisas que o próprio espectro não sabe, e evita querer saber, com medo da verdade que poderá encontrar lá.

— Eu também lembro-me de ter visto o espectro a sair do portal do quadro principal, o que será que é ele viu...

— Ele viu a outra realidade, e se não me engano, aquilo era-lhe familiar, o que fez com que os demais não entrassem.

— Então o velho tinha razão, precisamos entrar nesse lugar, mas você sabe com detalhes o que tem lá?

— Não, os pensamentos do espectro são um pouco diferente dos meus.

— Eu… Não estou bem...

— Precisa se alimentar, vou cuidar de você agora.

O ante espectro leva ana para casa, e prepara algo para ela se alimentar, e começa cuidar dela. A tarde logo inicia, mas sem a luz do sol, que por algum motivo se recusava a aparecer, e leves ventos passavam pelo interior da casa, e ele logo chega numa conclusão sobre o espectro.

Ao lembrar do dia em que o espectro colocou a porta do quarto de ana, ele sentiu que aquilo de alguma forma gastou a sua força, e deduziu que o motivo de ter acontecido isso, era por usar de maneira contínua, com o tempo muito perto um do outro, o seu poder, o que demonstrava ser um ponto negativo.

Pois, apesar do seu enorme poder e força, tinha um tempo para recuperar-se, caso não ocorresse isso, haveria a desvantagem da fraqueza, mas isso somente seria útil em segundas opções, o que logo seria colocado em prática, a qualquer momento em que ele conseguir se libertar.

Ana recuperar-se pouco da sua fraqueza, o que era o suficiente para ela começar a ajudá-lo na busca pela verdade, então ela levanta-se da cadeira e vai até à sala de estar, enquanto o ante espectro fica a passar a mão na parede a pensar em algo, que logo diz para ela:

— Lembro-me pelo espectro, que vi marcas de mãos na parede, talvez seja somente mais uma alucinação, nada mais.

— Mais uma alucinação?

— Sim, o espectro é o ser bastante desconhecido dessa realidade. Ana, após irmos para uma outra realidade, vamos ter que ir ao porão.

— Isso depende o que encontrarmos. Não será uma tarefa fácil, mas... uma coisa foi dita antes por thome.

— Sobre o quê, ana?

— Sobre a unidade das faces autorretratadas, que são uma parte dele que se compõe.

— Isso é estranho, exceto se eles fossem os primeiros a serem criados, se for mesmo isso, o espectro veio depois.

— E essa unidade tem poder similar ao do próprio espectro.

— Antes de irmos, temos que chamar eles, quem sabe você tenha uma vantagem sobre algo que eu estava a pensar.

— Pode dizer?

— O espectro pode ficar enfraquecido, a medida em que ele usa os seus poderes.

— Então, se eu tiver o poder concedido por esses autorretratos, eu posso lutar contra ele.

— Temos um ponto a ser lembrado.

— Qual, ante espectro?

— O espectro é o puro mal, então se falhar ana, poderá morrer nas mãos deles. Claro que não é o meu desejo, pois, estou a torcer por você, mas é uma coisa que você não está acostumada a ter.

— Tem alguma maneira de eu estar pronta para lutar contra ele, caso se liberte repentinamente?

— Sim, você matar alguém. Mas isso não é nada absoluto, o primeiro passo é fazer com que os autorretratos aceitem doar os seus poderes a você.

— Eu vou chamar eles. Unidade das faces autorretratadas! Por favor despertem!

Mesmo a chamar a atenção da unidade das faces autorretratadas, eles não atendem a sua chamada, e isso torna a situação mais difícil a eles, e nesse momento a porta da entrada da casa abre-se, e um vento forte começa a soprar para o interior dos cômodos até os dois, e logo após isso, uma coisa totalmente inesperada vem do desconhecido, para um propósito.

De roupas longas e cinzas, com os pés descalços e mãos ocupadas com arco e flecha, a ter uma venda amarrada na boca, uma nova criança vem a entrar na casa em direção a eles, sem esboçar reação alguma, diante do olhar confuso deles. O ante espectro não senti nada vindo dele, e não podia mesmo que quisesse, o ambiente fica, ao pisar na sala de estar, bastante pesado.

Antes que algo acontecesse com eles, ou ana fosse pega de surpresa, o ante espectro diz a ela:

— Ana! Esse é o cupido chamado Orós, ele foi responsável pela flechada que recebeste no coração, antes mesmo que thome chegasse na sua casa. Ainda não consigo saber qual o seu objetivo.

— Ele não parece ser uma criança, mesmo com a aparência.

— E não é uma, ele é um cupido da floresta. Ana, eu preciso que vá para cima, rápido!

Antes mesmo que o ante espectro terminasse de alertara na, o cupido coloca a venda nos olhos, e mira o arco e flecha na direção de dela, a atirar na sua barriga, a fazer com que ela cai no chão, a ser segurada por ele que tenta a levar para cima, enquanto o ser misterioso permanece no lugar.

Ela só tem tempo de ficar de joelhos com as mãos no chão, enquanto o ante espectro volta atrás do cupido para o atacar, mas logo é ferido pela flecha dele, que causou muita dor, tudo isso durante o cupido caminhar até ficar sentado em cima da televisão, com o objetivo de impedir que eles viessem a entrar, mas não era esse o seu objetivo contra os dois, apenas a ser um complemento do que está a começar a fazer.

Ana começar a ficar com o coração acelerado, e as suas mãos começam a tremer de maneira incontrolável, ficando com falta de ar de repente. Ela não conseguia ser mexer, como se estivesse paralisada na posição em que ficou, a ter uma sensação de desespero e medo inexplicáveis e profundos, a fazer com que ela quisesse gritar de choro e não conseguisse, e as inúmeras lágrimas serem contínuas, ela não sabia o que era tudo aquilo, mas foi tão forte que desmaiou.

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