Capítulo 13 - Ante Espectro

O ante espectro fica fraco por um curto tempo, mas o sucesso de voltarem, tinha válido o risco, e com a ajuda das pílulas do espectro e fantôme, uma esperança de vencê-lo, crescia dentro deles. O cupido estava no canto da sala de estar, como se estivesse a esperar por eles, ao se levantarem, eles vão para a sala de jantar, e sentam-se para poder descobrir para que serve, as pílulas que o velho fantôme os entregou, antes de voltarem.

Ana estava cansada com toda a correria que teve que fazer, pois, o tempo que passou sozinha, deu essa desvantagem para o seu corpo, e muito do que ouviu na outra realidade, ficou sem resposta, mas não podiam ficar, e para ela, nunca mais ele voltaria, o ante espectro era algo muito estranho.

Ela viveu a sua existência com o ser a qual teve problemas, e que nunca revelou a sua identidade, mostrou de onde viera, ou quem a própria ana era para ele, o sentimento de tristeza e desistência, ainda estava dentro do seu interior, assim como todas aquelas palavras que havia falado ao espectro. E isso era estranho, e precisava fazer algo sobre isso, tomar uma decisão com relação ao que tinha no seu coração, para ele.

O ante espectro voltou com as suas forças, e não percebeu com o tempo, por conta dos vários acontecimentos, que não entendia essa divisão no seu ser, o que até a pouco tempo não existia, agora estava sentado à mesa com ana, alguém que ele viu com os olhos do espectro, por todo esse tempo, mas esqueceu-se do por que existia.

Ao sentarem na mesa, cada um deles ficou em silêncio, a pensar em tudo o que viram e ouviram, até aquele instante. O silêncio no ambiente era um sinal negativo para os dois, pois, a sensação era que algo não estava a dar certo, e aquele era o momento para decidirem de uma vez, o que irão fazer de agora em diante, então ele pensa o que vai dizer para ela, mas não precisou.

— Ante espectro.

— Diga ana?

— Não dá mais... Para eu continuar.

— O que você está a dizer, ana?

— Você sabe o que eu quero dizer... Tudo isso, é sim, importante, mas não dá mais...

— Não espere que eu adivinhe, o que está a dizer, por favor fale de uma vez.

— Eu não vou continuar a procurar a verdade, ou a resposta, seja lá, qual é a melhor definição.

— Não está a pensar direito, ana. Só deve estar cansada...

— E eu estou, mas não é só no meu corpo, ante espectro!

— Ainda está a sofrer pela perda de thome.

— Eu estou a sofrer por mim, também! Tudo o que aconteceu durante esse tempo, todas as mortes que eu tive que presenciar, todas as mentiras ditas por você, por as vezes que iria morrer, se não tivesse thome ao meu lado...

— Eu já disse que não sou o espectro!

— Mas é tudo o que eu consigo ver! Nunca irá fazer sentido você ter-me ajudado, por que você é uma parte dele, então você matou thome.

— Pare de dizer essas coisas, ana. Eu tive parte da minha existência, aprisionado dentro dele, e não espero que acredite no que estou a falar.

— Só você ainda não percebe... Mas você está aqui, somente para substituir o thome.

— E por quê?

— Porquê o espectro faria isso, ele tiraria tudo e todos do seu caminho, para ter sempre a atenção desejada por mim. Depois dele ter presenciado a tentativa de eu matar-me, isso o tocou de forma diferente.

— Eu não sou ele, ana. Eu sei que não sou...

— O tocou, pelo motivo dele não aceitar que eu me matasse, por ser ele, o único a poder fazer isso. O thome também acreditava não ser o seu companheiro, "os caminhos", mas no dia da sua morte, ele percebeu da pior forma, quando foi controlado por ele, que estava dentro do seu ser.

— Você está certa, eu não posso deixar de assumir tudo o que fiz... Eu não posso negar que seja esse monstro, mas se você fez aquele corpo, para que o espectro fosse preso, e o seu objetivo era mudar ele, eu estou aqui para por um fim em tudo isso, junto a você, ana.

— Eu não quero mais, não é mais sobre você, é sobre mim.

— Está a dizer-me que irá desistir dessa grande oportunidade única, de finalmente saber a verdade, e derrotar o espectro de uma vez!?

— Eu não fiquei isolada no meu quarto, por nada. E eu nunca disse que desisti de morrer... Se quiser continuar, vai em frente, sozinho.

— Ana! Não vai embora, você não pode desistir, saiba que eu também preciso de você, para saber quem eu sou.

— Então, não é por mim, é por você. E, além disso, você é o espectro, nunca precisou de mim. Pare de se esconder dentro desse corpo, e volte a ser o mal de domina essa casa.

— Não sabe o que está a dizer! Essa decisão irá matar você!

— Isso não importa mais... Eu não deveria ter saído do meu quarto.

— Pare de dizer essas coisas!...

— E não deveria ter voltado a ser a ana, de antes.

— Ana!!...

Ana está em pé, de costa para o ante espectro, com a cabeça baixa e com a voz fraca. Essas palavras ditas por ela, trouxe um desespero para ele, que não sabia se era o espectro ou apenas uma criança, e por não saber o que fazer nessa situação, começa a chorar de desespero, pois, sem ana, não há como continuar nada, isso era a única coisa que ele tinha certeza.

O cupido estava no outro cômodo, a observar toda a situação, sem silêncio por não ter boca, por isso mantinha a venda amarrada em baixo do nariz, e colocar nos olhos quando vai atacar. Os seus olhos eram algo além do vazio, nada podia expressar por eles, e nada podia ver dentro deles, um ser completamente sem sentimentos, e o que o difere do espectro, e que mesmo a ser vazio, ele era um vazio de coisas perdidas.

O barulho dos degraus dizia que ana não iria voltar, e o seu quarto tornou a ser a sua casa, e dessa vez pretendia ser para sempre. Ela entende que precisava ficar sozinha, pois, ela continuava a ser vítima dos seus sentimentos, e o que disse para o espectro naquele dia, ela não conseguia esquecer, assim como a dor da perda.

Ao entrar no quarto e trancar a porta, ana vê no chão a carta do espectro, que deixou jogada, e a rasga em pedaços, a expressar a sua raiva contra ele. Após fazer isso, ela fica sentada no chão, a pensar no que vinha a cabeça, com pouca falta de ar. Desde o dia em que ela discutiu com o espectro pela última vez, ana não chorou mais como antes, e isso ela não entendeu.

O que ela podia fazer naquele momento, era aceitar que não se conhecia o suficiente, e que cometeu um erro ao abrir a porta da casa, para que novas pessoas entrasse. Isso a fez sentir-se mais culpada, a pensar que se tivesse deixado thome ir, talvez ele ainda estaria a existir, ainda que longe dela, mas ana sempre seguiu o seu coração, os seus sentimentos, sem perceber que o mesmo a poderia enganá-la e ser cruel.

O espectro ficou na sala de jantar, com as pílulas do fantôme e do espectro sobre a mesa, e com o sentimento de desprezo, recebido por ana. Isso o fez ficar com receio, e a ir até o cômodo onde fica o porão, com o objetivo de entrar no efêmero pessoal, cuja entrada era pelo espelho no quarto dela, mas não seria fácil, se não pensasse bem.

Até que ao pensar nas pílulas do fantôme, ele resolve consumir uma delas, e para a surpresa dele, o seu corpo fica quase que transparente, assim como todo o fantasma é. Isso o deu a liberdade de passar pelas paredes da casa, para ele, o quarto de ana até o banheiro, ao passar pela porta em direção ao seu objetivo, sozinho.

Ele vê ana deitada na cama, ele resolve deixá-la no seu espaço, antes que seguisse, ele olha para o livro onde ana havia dito para ele, e então, sem que ao menos ana percebesse a sua presença, ele entra dentro do livro, ainda com receio, a cair no campo perto à vila, já dentro da história.

Sem muita coisa para fazer, o seu olhar era de preocupação, e com as pílulas do espectro que guardava consigo, ele consome sem pensar, a receber os poderes novamente. Ao levantar as mãos em direção a vila, e concentrar os seus poderes, o ante espectro destrói toda a história em questão de minutos, sem que ninguém esperasse um ataque desses, já que ainda estava com o efeito do fantôme, que o fazia invisível.

Após terminar de destruir a história, ele sai do livro ainda a usar os poderes do espectro, para voltar para a sala de jantar, com muita fraqueza no seu corpo, a ficar jogado no chão. De repente, o rosto do ante espectro, começa a rachar e os seus olhos tornasse a ser de vidro, ele estava a tornar a forma do boneco, a significar que, a hora dele sair, estava a chegar.

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