Ao chegar no bar onde possivelmente o velho abusado do seu Nestor estava, Cassiano rangiu os dentes em meio a fúria e entrou com tudo derrubando mesas e cadeiras, fazendo assim quem estava por lá se espantar pela sua fúria. Tássala tentava o fazer parar, mas naquele mesmo momento ele só pensava em matar aquele traste.
Seus olhos pinicaram de raiva quando ele avistou Nestor sorrindo ao segurar uma bebida, ele foi com tudo usando a força que tinha jogando o velho por cima das cadeiras o dando umas pauladas.
— Eu vou te matar seu miserável.
Falou entre dentes em meio o ódio que o consumia.
— Amor, por favor não faz isso, você vai acabar se prejudicando.
Tássala disse em apuros, dona Gorete que saia do banheiro deu de cara com toda aquela confusão e logo foi brigar.
— Tinha que ser a família problema, saiam daqui e deixe meu cliente ou eu vou chamar o sargento.
Falou olhando duro para Cassiano que estava espantando seus fregueses, ele não deu bola para a velha e voltou a atenção no patife de nariz ensaguentado. Enquanto eles discutiam, Cassiano acabava com a raça de Nestor e dona Gorete tentava empurrar Tássala para o meio da briga, para ver se assim Cassiano parava com aquele atentado no seu estabelecimento. Flora saiu correndo ao posto policial, no qual fazia a segurança de vila do mar, e comunicou o ocorrido ao sargento Emanuel que não demorou muito para aparecer por lá.
— A-Aca-ca-bobou, a pan-ca-cadaria!
O sargento falou com esforço, mas Cassiano fingia não ouvir e deu um chute nas partes de baixo de Nestor.
— Eu vou te matar seu traste!
Berrou em fúrias, dona Gorete empurrou o sargento para frente que já estava se escondendo atrás dela com medo da força que Cassiano tinha.
— Vai pra lá e acaba com isso de vez antes que ele acabe com meu bar sargento, honra o que tem dentro dessas calças homem.
Cuspiu irritada, o sargento estufou o peito e se aproximou de Cassiano.
— Ca-Cassiano vo-você está de-de-detido!
Falou pegando as algemas, Cassiano olhou rapidamente para ele e ergueu o tronco o encarando, fazendo o sargento andar para trás pela pose de macho alfa dele.
— É o quê? Repete seu gago! Quem tem que ir preso é esse animal, não eu que estou defendendo a honra da minha namorada.
Gritou enfurecido chacoalhando o sargente para todas as direções, fazendo Tássala se apavorar por ele tratar assim um agente da lei e o pior que quem havia acabado de entrar e presenciado a cena era o delegado da cidade vizinha que de vez enquanto ficava por praia do mar também.
— Eu posso saber o que está acontecendo aqui? Rapaz solta o sargento, você está preso por desacato a autoridade.
Disse ele algemando uma das mãos de Cassiano, que olhou para Tássala assustado.
— Seu delegado esse miserável quase me mata agora de tanto me bater, vamos que eu quero prestar uma queixa oficial.
Falou o velho Nestor todo ensaguentado, Cassiano ergueu a sobrancelha puto da vida.
— A única pessoa que tem que ser preso aqui é esse velho tarado que tentou beijar minha namorada a força.
Gritou injustiçado quando o delegado o arrastava para fora do bar, Tássala correu atrás desesperada tentando convencer o delegado para soltarem seu namorado porque ele era inocente.
— Por favor seu delegado, eu imploro solte o Cassiano, ele só tentou me defender, o Nestor está me assediando.
Ele se quer abriu a boca para falar com Tássala, e quando chegaram no posto policial colocaram Cassiano na cela fazendo ele chutar as paredes.
— Você está bem encrencado viu mocinho, primeiro por agressão e segundo por desacato a autoridade. Pra sair daqui só pagando fiança, se isso não acontecer vamos te transferir para a penitenciária mais próxima.
Ao ouvir aquilo Tássala se desesperou porque ainda não estava acreditando que Cassiano iria ficar preso. Ela implorou ao delegado que se mostrava irredutível.
— Por favor senhor solta ele, a gente não vai mais arranjar confusão.
— Eu solto, sim!
Ele falou fazendo Tássala ficar aliviada, porém escreveu alguma coisa no papel e mostrando para ela que ergueu a sobrancelha ao ler.
— Mas isso aqui é muito dinheiro onde vamos conseguir 2500 reais para a fiança?
Falou em desespero, pois sua condição de vida não lhe permitiu guardar dinheiro ainda mais esse valor.
— Mocinha esse é o valor, você tem alguns dias para pagar, agora vai embora que a hora de visitas já acabou.
Tentou tirar Tássala da sua sala, que implorou mais uma vez para ver Cassiano. Quando Tássala o viu sentando no chão da pequena cela, seu coração ficou apertado e uma lágrima escorreu pelo seu rosto.
— Amor!
Cassiano ouviu a voz dela e se levantou rapidamente, se aproximando dela. Estava chateado e muito triste, por a justiça naquele lugar ser falha, pois quem tinha que estar no lugar dele era o velho assediador.
— Tassa, não chora eu vou dar um jeito de sair daqui eu prometo.
Acariciou o rosto dela tentando enxugar suas lágrimas, Tássala que já se sentia quase só no mundo seu único apoio era Cassiano, e agora com ele preso ela estava se sentindo desesperada.
O seu pai estava sumido desde que levou todo seu dinheiro, havia perdido o emprego por calúnias, e as mulheres da vila agora deu pra achar que ela iria roubar o marido delas.
— O delegado está pedindo 2500 para sua fiança e eu não tenho esse dinheiro Cassiano, o dinheiro que você está guardando para o nosso casamento da pra pagar a fiança?
— Mas aquele dinheiro é pro nosso casamento amor, eu não vou gastar, além do mais só tenho 1500. Tenho certeza que minha mãe e meu tio vão pagar sem precisar mexer no nosso dinheiro.
Ele deu um beijo nela, e falou acariciando seu rosto.
— Avisa minha mãe que estou preso e vai pra casa descansar.
Ela balançou a cabeça em positivo e tentou beijar ele, porém a grade empatou e fez com que ela batesse a testa no ferro. Tássala levou a mão ao rosto e correu chorando em meio a tristeza de deixar seu coração lá.
Chegando na porta da delegacia dona Viviana que já tinha sabido do ocorrido ia entrando e deu de cara com Tássala chorando, ela assim que viu a mulher foi tentar abraçá-la ao dizer que Cassiano estava detido e a mulher a olhou feio dando um tapa bem no seu rosto.
— Sua qualquer, é por sua culpa que meu filho está preso. Eu avisei, não foi a primeira e nem a segunda que Cassiano estava jogando sua vida fora a se relacionar com uma garota do seu tipo.
— Mas dona Viviana eu não tive culpa!
Disse em meio as lágrimas.
— Mas é claro você nunca tem culpa, sai da minha frente garota e não venha atrás de mim.
Falou firme apontando para Tássala ficar onde estava, como se ela fosse um cachorrinho pulguento.
Ao entrar ela deu de cara com o sargento Emanuel que começou a gaguejar explicando o ocorrido, dona Viviana encarou o delegado e falou sério:
— Ah, não tenho tempo pra juntar as palavras, por favor delegado traduz, por favor.
Então ele contou tudo que havia acontecido, e dona Viviana ficou pistola por saber que toda essa confusão poderia ser evitada, se não fosse Tássala no caminho do seu filho. Ela tinha que dá um jeito naquela situação o quanto antes, ou ela iria perder o filho de vez para uma qualquer.
— Olha delegado, eu vou pagar a fiança então você trate meu filho bem está me ouvindo.
— Vai pagar agora?
Perguntou animado.
— Vou, mas não quero que o solte agora, e nem diga que eu já paguei a fiança. Eu estou conversando com minha irmã que mora na capital e estou preparando tudo para mandar Cassiano pra morar lá.
— Certo senhora, como quiser agora se você quiser ver seu filho me acompanhe.
Viviana viu o filho deitado naquela cama imunda e sentiu nojo pela sujeira da cela, iria tratar de trazer outro colchão enquanto ele ficava ali. Cassiano ao ver a mãe sorriu aliviado.
— Mãe você vai conseguir me tirar daqui?
Perguntou cheio de esperança.
— Pode custar um pouco filho, mas eu e seu tio vamos dar um jeito. Cassiano acho melhor depois dessa confusão você ir embora de praia do mar meu filho, esquecer essa moça de vez e seguir em frente, quem sabe você não se apaixone por uma moça de família?
Cassiano ao ouvir aquilo ficou irado, pois sempre sua mãe tinha que rejeitar Tássala daquele jeito.
— Eu amo a Tassa mãe e você nem ninguém vai fazer eu me apartar dela, eu vou casar com a Tassa e vamos embora pra bem longe daqui.
Viviana ao ouvir aquilo revirou os olhos, tirar o filho de praia do mar seria bem mais difícil do que ela planejava, precisava fazer um jeito que esse amor por essa menina acabasse o quanto antes, e só assim ele iria embora por sua própria vontade.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Luzia Nogueira
autora vai de vagar! tadinha da tessala,ela não merece tanto sofrimento.
2024-09-17
1
Maria Das Neves
como Tássala sofre coitada
2024-07-06
1
Conceição Freire
Cassiano é muito valentão, pros seus 30 anos, esse comportamento é pra moleque
2024-01-03
2