capítulo 10

Murilo e Isabella estavam encurralados, mas isso não significava que estavam derrotados.

— Vamos sair daqui no meu sinal — Murilo disse, ajustando a arma.

Isabella pegou uma granada de fumaça do cinto e sorriu.

— Então, vamos dar um pouco de caos pra eles.

Ela puxou o pino e jogou a granada para frente. A fumaça densa se espalhou, confundindo os atiradores.

— Agora! — Murilo gritou.

Os dois saíram da cobertura, disparando contra os homens de Rangel. Um a um, os inimigos caíram. Murilo acertou um tiro certeiro na cabeça de um capanga, enquanto Isabella desarmava outro com um chute e finalizava com um tiro no peito.

Quando a fumaça começou a se dissipar, só restava um homem de pé: Gustavo Rangel.

Ele estava ferido, tentando rastejar para longe, mas Murilo pisou em suas costas, impedindo sua fuga.

— Você armou pra mim, Rangel. Grande erro.

O homem cuspiu sangue, rindo com dificuldade.

— Você não faz ideia do que está por vir, Murilo…

Isabella se aproximou, cruzando os braços.

— Sempre dizem isso antes de morrer.

Murilo apontou a arma para a cabeça de Rangel.

— Então me conta… quem mais tá nesse jogo?

Rangel riu, mas antes que pudesse responder, um tiro veio da escuridão e acertou sua cabeça.

Alguém tinha eliminado Rangel antes que ele pudesse falar.

Murilo e Isabella se abaixaram, atentos.

Não estavam sozinhos naquela guerra.

E o verdadeiro inimigo ainda não tinha mostrado sua cara.

Murilo e Isabella se esconderam atrás de um contêiner, analisando a situação.

— Quem diabos fez isso? — Isabella sussurrou, observando o corpo sem vida de Rangel.

Murilo olhou ao redor, tentando encontrar qualquer sinal do atirador. Nada. O tiro veio de longe, certeiro demais.

— Estamos lidando com alguém profissional — ele murmurou.

Isabella segurou a arma com firmeza.

— E alguém que não quer que descubramos a verdade.

Murilo respirou fundo. Se alguém estava matando seus inimigos antes dele, significava que havia outra força no tabuleiro.

— Precisamos descobrir quem está por trás disso antes que viremos os próximos alvos.

Isabella sorriu de lado.

— Eu adoro um bom mistério.

Murilo riu.

— Então se prepara, Leone. Esse vai ser o maior jogo de gato e rato das nossas vidas.

A guerra pelo poder tinha acabado de ganhar um novo jogador.

E ele sabia exatamente como se manter nas sombras.

Murilo e Isabella precisavam de respostas.

Enquanto seus homens limpavam a cena, Isabella se agachou perto do corpo de Rangel, analisando o ferimento.

— Tiro limpo, direto na cabeça. O atirador sabia exatamente onde mirar.

Murilo pegou o rádio e deu ordens:

— Vasculhem a área. Quero saber de onde veio esse disparo.

Os homens se espalharam, mas encontraram apenas uma cápsula vazia deixada em cima de um telhado.

Um recado claro: o atirador queria que eles soubessem que estava ali.

Isabella pegou a cápsula e sorriu.

— Quem quer que seja, ele está se divertindo com isso.

Murilo fechou a mão em um punho.

— Então vamos mostrar que não somos brinquedos.

A caça ao fantasma tinha começado.

E eles não iam parar até descobrir quem estava puxando os fios desse jogo.

Dois dias depois da morte de Rangel, Murilo recebeu uma nova mensagem anônima.

"O próximo alvo já foi escolhido. Cuidado com quem você protege."

Ele franziu a testa, sentindo que a ameaça era direta.

Isabella leu a mensagem ao lado dele e riu.

— Parece que nosso fantasma gosta de brincar com as palavras.

Murilo pegou um cigarro, acendendo-o com calma.

— Só que agora ele cometeu um erro.

Ele jogou um papel sobre a mesa.

Uma única pista havia sido encontrada na cápsula de bala deixada no telhado: um nome.

"Vittorio Esposito."

Isabella congelou.

— Não pode ser…

Murilo a encarou.

— Você conhece esse nome?

Ela apertou os punhos, seu olhar ficando frio.

— Sim. E se ele estiver envolvido nisso… estamos lidando com um inimigo muito pior do que imaginávamos.

Murilo sorriu de canto.

— Então chegou a hora de caçar o verdadeiro monstro dessa cidade.

A guerra estava longe de acabar.

E o verdadeiro inimigo acabava de ganhar um rosto.

O nome de Vittorio Esposito despertava algo sombrio em Isabella.

Murilo percebeu na hora.

— Me conta tudo, Leone. Quem é esse cara?

Ela suspirou, encarando o whisky na taça antes de responder:

— Ele era um dos aliados do meu pai na Itália. Sempre agiu nas sombras, puxando os fios, fazendo alianças e destruindo inimigos sem nunca sujar as mãos.

Murilo encostou na mesa, refletindo.

— E por que ele estaria atrás de nós agora?

Isabella riu, mas sem humor.

— Porque meu pai pode ter morrido… mas o império dele ainda existe. E Vittorio sempre quis a coroa.

Murilo acendeu um cigarro.

— Então ele não quer só a gente morto. Ele quer tomar tudo.

Isabella assentiu, olhando para ele com seriedade.

— E se não pararmos esse fantasma agora… ele vai destruir tudo o que construímos.

A guerra não era mais apenas pelo morro.

Agora, era uma batalha pelo domínio da cidade inteira.

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