Murilo reuniu seus homens e reforçou a segurança do morro. Se Medina queria atacar, encontraria um território preparado para a guerra.
Isabella observava tudo de perto.
— Medina não é burro. Ele sabe que você vai reforçar a segurança — ela disse.
— E por isso ele vai mandar terceiros. Mercenários, talvez — Murilo respondeu.
Naquela noite, o primeiro ataque aconteceu.
Três caminhonetes subiram o morro com homens armados, atirando contra tudo e todos. Mas Murilo já esperava.
De cima dos becos e vielas, seus soldados abriram fogo. Granada, tiro e fumaça tomaram as ruas.
Quando a poeira baixou, os homens de Medina estavam mortos.
Isabella sorriu de canto.
— Foi um erro dele vir para o seu território.
Murilo acendeu um cigarro e olhou para os corpos no chão.
— E esse erro vai custar caro.
Agora, era a vez deles atacarem.
Murilo não perdeu tempo. Depois do fracasso do ataque ao morro, Medina estaria vulnerável, e essa era a oportunidade perfeita para devolver o golpe.
Na madrugada seguinte, Isabella e Murilo partiram com um grupo seleto de homens. O alvo? Um dos depósitos de dinheiro de Medina, escondido em uma boate de fachada na zona sul.
— Precisamos agir rápido — Isabella avisou, colocando o silenciador na pistola. — Quanto menos tempo estivermos lá dentro, melhor.
Murilo sorriu, conferindo sua Glock.
— Entramos, pegamos o dinheiro e sumimos. Simples.
Os carros estacionaram discretamente em uma rua escura. Dois dos homens de Murilo renderam os seguranças da porta, e logo o grupo estava dentro da boate.
A música alta abafava qualquer ruído de passos. Murilo e Isabella seguiram direto para os fundos, onde encontraram um cofre escondido.
— Explosivo? — Isabella perguntou.
Murilo negou e entregou um pequeno aparelho a ela.
— Não, Leone. Vamos entrar do jeito certo.
Em poucos segundos, o cofre foi aberto. Milhões em dinheiro vivo.
Murilo sorriu.
— Agora Medina vai sentir no bolso.
Mas, antes que pudessem sair, um tiro ecoou pelo salão.
Os reforços de Medina tinham chegado.
E o caos estava apenas começando.O primeiro tiro ricocheteou perto da cabeça de Murilo, que se jogou atrás de um sofá de couro. Isabella sacou a pistola e respondeu com dois disparos certeiros.
— Eles chegaram rápido! — ela resmungou.
— A gente já esperava isso! — Murilo rebateu, trocando o pente da Glock.
Os homens de Medina abriram fogo, transformando a boate em um verdadeiro campo de batalha. Mas Murilo e Isabella estavam preparados.
Os capangas de Murilo revidaram, protegendo a saída enquanto eles pegavam o máximo de dinheiro possível.
— Temos que sair agora! — Isabella gritou.
Murilo puxou uma granada de fumaça do bolso e lançou no meio da boate. Em segundos, a visão dos inimigos foi tomada por uma densa névoa branca.
Aproveitando a brecha, o grupo correu para a saída. Assim que chegaram aos carros, arrancaram cantando pneu pelas ruas da cidade.
— Conseguimos? — Isabella perguntou, recuperando o fôlego.
Murilo olhou para a mala cheia de dinheiro.
— Sim. Mas agora Medina está realmente puto.
Isabella sorriu.
— Melhor assim. Um inimigo com raiva sempre comete erros.
E Murilo sabia que o próximo erro de Medina seria o último.
O golpe no depósito de dinheiro de Medina causou um estrago maior do que Murilo e Isabella esperavam. Em menos de 24 horas, Medina começou a perder aliados.
— Os investidores estão recuando — Isabella comentou, jogando um jornal sobre a mesa. — Sem dinheiro para pagar propinas, ele está enfraquecendo.
Murilo sorriu de canto, acendendo um cigarro.
— Um rei sem dinheiro… é um rei sem coroa.
Mas Isabella não estava completamente satisfeita.
— Isso o torna mais perigoso, Murilo. Um homem encurralado pode fazer loucuras.
Murilo bebeu um gole de whisky e encarou Isabella.
— Então está na hora de dar o golpe final.
O plano já estava na sua mente. E dessa vez, não haveria escapatória para Medina.
A queda do império dele estava cada vez mais próxima.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 28
Comments