capítulo 07

O golpe no depósito de dinheiro de Medina causou um estrago maior do que Murilo e Isabella esperavam. Em menos de 24 horas, Medina começou a perder aliados.

— Os investidores estão recuando — Isabella comentou, jogando um jornal sobre a mesa. — Sem dinheiro para pagar propinas, ele está enfraquecendo.

Murilo sorriu de canto, acendendo um cigarro.

— Um rei sem dinheiro… é um rei sem coroa.

Mas Isabella não estava completamente satisfeita.

— Isso o torna mais perigoso, Murilo. Um homem encurralado pode fazer loucuras.

Murilo bebeu um gole de whisky e encarou Isabella.

— Então está na hora de dar o golpe final.

O plano já estava na sua mente. E dessa vez, não haveria escapatória para Medina.

A queda do império dele estava cada vez mais próxima.

Murilo e Isabella passaram horas traçando o plano para acabar com Medina de uma vez por todas.

— Precisamos atingir ele onde mais dói — Isabella disse, observando o mapa da cidade.

— E onde seria? — Murilo perguntou, tragando seu cigarro.

Ela apontou para um prédio luxuoso no centro.

— A mansão dele. Não é só uma casa, é o símbolo do poder que ele construiu. Se Medina perder esse lugar, perde tudo.

Murilo sorriu, já visualizando a destruição.

— Então vamos transformar esse palácio em cinzas.

O ataque seria cirúrgico. Silencioso. Eles não precisavam apenas derrubar Medina, mas mostrar a todos que ele nunca mais voltaria.

Isabella pegou o celular e ligou para um contato.

— Vamos precisar de explosivos.

Murilo se levantou, empolgado.

— E de uma despedida à altura.

O rei estava prestes a cair.

E eles fariam questão de assistir.A noite caiu sobre a cidade, e com ela veio o início do fim para Medina. Murilo e Isabella estavam posicionados em um prédio vizinho à mansão dele, observando tudo com binóculos.

— Os explosivos já estão no lugar — Isabella informou. — Agora é só esperar ele chegar.

Medina estava voltando de uma reunião política, sem saber que sua casa já estava condenada.

Quando o carro preto dele parou na entrada da mansão, Murilo pegou o detonador.

— É agora.

Com um clique, uma explosão ensurdecedora tomou conta do lugar. O fogo se espalhou rapidamente, engolindo cada canto da mansão.

Medina e seus seguranças tentaram correr, mas foram recebidos por tiros disparados pelos homens de Murilo, que estavam à espreita nas vielas próximas.

Isabella sorriu ao ver o caos se espalhar.

— Acabou pra ele.

Murilo tragou o cigarro, observando Medina tentando fugir desesperado.

— Não. Ainda falta o gran finale.

Ele pegou a sniper, mirou e disparou.

O tiro acertou Medina no peito. Ele caiu de joelhos, olhando para o fogo ao seu redor. Seu império tinha sido reduzido a nada.

Murilo guardou a arma e olhou para Isabella.

— Agora sim, acabou.

A cidade tinha um novo rei.

E uma nova rainha ao seu lado.

Com Medina morto e sua mansão em ruínas, Murilo e Isabella haviam vencido a guerra. Mas a cidade nunca ficava sem um dono por muito tempo.

Na manhã seguinte, a notícia da morte de Medina se espalhou pelos jornais, e os aliados que restavam dele começaram a se mexer.

— Você acha que vão tentar se vingar? — Isabella perguntou, servindo um café.

Murilo pegou a xícara e assentiu.

— Com certeza. Mas agora eles estão sem um líder.

— E o que acontece quando um império perde seu líder? — ela provocou.

Murilo sorriu.

— Alguém precisa assumir o trono.

Isabella cruzou os braços e o encarou.

— E quem disse que você é o único candidato?

Murilo riu.

— Você quer competir comigo, Leone?

Ela se aproximou, encarando-o de perto.

— Eu não sou mulher de ficar na sombra de ninguém, Murilo. Se quiser ser o rei, vai ter que me convencer.

A tensão entre os dois aumentou. Agora que Medina estava fora do caminho, a luta pelo verdadeiro poder estava apenas começando.

E dessa vez, os inimigos poderiam estar mais perto do que nunca.

A morte de Medina havia criado um vácuo de poder. Murilo sabia disso. Isabella também.

Os aliados restantes do político mafioso estavam se dividindo. Alguns procuravam proteção com Murilo, outros tentavam se reerguer sozinhos, e um pequeno grupo parecia estar avaliando Isabella.

Ela percebeu isso rápido.

— Estão testando a minha lealdade — comentou, enquanto jantava com Murilo em um restaurante discreto.

Ele cortou um pedaço de carne e a observou com interesse.

— E qual vai ser a sua resposta?

Ela sorriu.

— Eu ainda estou decidindo.

Murilo riu baixo, mas no fundo, sabia que Isabella era imprevisível.

— Cuidado, Leone. Uma jogada errada e podemos acabar de lados opostos.

Ela bebeu um gole de vinho.

— Ou podemos acabar governando juntos.

A proposta estava no ar. Mas confiança era algo raro naquele mundo.

E Murilo precisava decidir rápido: Isabella era sua parceira de guerra ou sua próxima inimiga?

A guerra pelo trono estava longe de acabar.

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