Murilo acordou com uma sensação estranha naquela manhã. Algo estava fora do lugar.
Ele pegou o celular e viu uma mensagem anônima.
"Cuidado com quem dorme ao seu lado. Nem toda rainha quer dividir o trono."
Franziu a testa, lendo aquelas palavras mais de uma vez. Isabella estava jogando ao lado dele, mas poderia ser ela a inimiga oculta?
Ou alguém estava tentando plantar a discórdia entre eles?
No mundo deles, confiar significava assinar uma sentença de morte.
Murilo precisava descobrir quem estava puxando os fios desse jogo antes que fosse tarde demais.
E antes que Isabella se tornasse seu maior problema.A mensagem anônima não saía da cabeça de Murilo. Ele sempre soube que confiar em alguém como Isabella Leone era perigoso.
Mas algo dentro dele dizia que essa era uma jogada de outro inimigo.
Ele decidiu testá-la.
Naquela noite, enquanto bebiam whisky na cobertura de Isabella, ele lançou a isca:
— Acho que tem alguém querendo nos separar.
Ela ergueu a sobrancelha.
— E quem seria tão ousado assim?
Murilo jogou o celular na mesa, deixando-a ler a mensagem.
— Alguém que conhece nossos movimentos.
Isabella leu calmamente, depois sorriu.
— Interessante… Quer saber se fui eu?
Murilo não respondeu, apenas a observou. Isabella riu, pegando a taça de whisky.
— Se eu quisesse te trair, Murilo, você já estaria morto.
A frase soou fria, mas ao mesmo tempo, verdadeira.
Murilo sabia que Isabella era mortal… mas também sabia que no jogo deles, a pior arma não era a bala. Era a dúvida.
E alguém estava tentando envenenar essa aliança.
A única questão era: quem?Murilo não deixaria aquela ameaça passar despercebida. Alguém estava manipulando o jogo, e ele precisava encontrar o responsável antes que fosse tarde demais.
Ele chamou seus melhores homens e ordenou uma investigação.
— Quero saber quem mandou essa mensagem e de onde veio. Vasculhem cada contato suspeito.
Enquanto isso, Isabella também se movia nas sombras. Ela tinha seus próprios contatos e estava determinada a descobrir quem queria colocar Murilo contra ela.
Naquela mesma noite, um dos informantes de Murilo voltou com uma pista.
— Encontramos um nome, chefe. Gustavo Rangel.
Murilo franziu a testa. Rangel era um ex-tenente de Medina.
— Esse desgraçado sobreviveu?
— E parece que está reunindo o que sobrou do império do Medina.
Isabella sorriu ao ouvir isso.
— Então já sabemos onde bater primeiro.
Murilo pegou sua pistola e sorriu de volta.
— Vamos ensinar esse Rangel que o trono já tem dono.
A guerra ainda estava longe de acabar.
Mas o primeiro alvo já estava definido.Murilo e Isabella não perderam tempo. Se Gustavo Rangel queria reerguer o império de Medina, então precisavam derrubá-lo antes que ele tivesse chance de crescer.
— Ele está se escondendo em um galpão no Porto Velho — um informante relatou. — Tem seguranças, mas nada que vocês não consigam lidar.
Murilo sorriu de canto.
— Então hoje à noite, a gente faz uma visita.
Isabella ajeitou sua pistola na cintura.
— Prefere ele morto ou com um recado para os outros?
Murilo pensou por um segundo.
— Vamos ver como ele reage quando perceber que o jogo já acabou.
Aquela noite seria de sangue.
Mas, no mundo deles, era assim que se escreviam as regras.
E Gustavo Rangel logo entenderia que estava jogando um jogo que já tinha um vencedor.A noite caiu sobre a cidade quando Murilo e Isabella chegaram ao Porto Velho. O galpão onde Gustavo Rangel estava escondido parecia silencioso demais.
— Isso tá estranho — Isabella murmurou, segurando sua pistola.
Murilo analisou o local. Algo não estava certo.
Foi quando um dos seus homens gritou:
— É uma emboscada!
Tiros explodiram de todos os lados. Murilo e Isabella se jogaram atrás de um contêiner enquanto balas ricocheteavam no metal.
— Rangel sabia que viríamos — Murilo rosnou, recarregando a arma.
Isabella sorriu, adrenalina correndo em suas veias.
— Então vamos mostrar pra ele o erro que cometeu.
O jogo tinha virado. Agora, a missão não era só eliminar Rangel.
Era sobreviver para revidar.
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Atualizado até capítulo 28
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