Medina estava furioso. A morte de Rodolfo Ventura dentro da própria boate foi um golpe humilhante. Ele sabia que alguém estava mexendo com seus negócios, mas ainda não sabia quem.
Do outro lado da cidade, Murilo e Isabella já estavam planejando o próximo movimento.
— Medina vai tentar substituir Rodolfo o mais rápido possível — Isabella disse, bebendo um café forte.
— E nós vamos garantir que o novo segurança dele seja nosso infiltrado — Murilo completou.
Eles já tinham um nome em mente: Vitor Salles, um ex-militar que, tempos atrás, trabalhou para os Leone.
Isabella pegou o celular.
— Vou fazer uma ligação. Medina vai contratar exatamente quem queremos.
Murilo sorriu.
— Você é perigosa, Leone.
Ela piscou.
— E você ainda não viu nada.
O tabuleiro estava montado.
E Medina nem imaginava que estava jogando contra mestres do crime.
Dois dias depois, Vitor Salles já estava contratado como o novo segurança pessoal de Medina. Tudo seguiu exatamente como Isabella e Murilo haviam planejado.
Murilo o encontrou em um bar discreto na zona sul.
— Você sabe o que precisa fazer — Murilo disse, bebendo um gole de whisky.
Vitor assentiu.
— Medina acha que pode confiar em mim. Mas eu vou garantir que ele esteja sempre um passo atrás.
Murilo sorriu.
— Ótimo. Agora, comece devagar. Passe informações falsas. Faça ele errar.
Vitor apertou a mão de Murilo.
— Considere feito.
No caminho de volta, Isabella olhou para Murilo.
— Você confia nele?
Murilo acendeu um cigarro.
— Não. Mas ele sabe que se nos trair, está morto.
Isabella sorriu de canto.
— Então vamos ver até onde Medina aguenta antes de cair.
Vitor Salles se infiltrou com sucesso no círculo de Medina. Durante dias, ele ouviu conversas, observou reuniões e identificou os movimentos do político mafioso.
Uma noite, ele mandou uma mensagem codificada para Isabella:
"Ele sabe que está sendo caçado. Planeja uma jogada grande em 48 horas."
Murilo leu a mensagem e riu baixo.
— Então Medina vai tentar contra-atacar.
Isabella pegou sua taça de vinho.
— A questão é: contra quem?
No dia seguinte, Vitor enviou mais uma informação.
"Medina vai atacar um dos seus."
Murilo e Isabella se entreolharam.
— Isso significa que ele descobriu alguma coisa sobre a gente — Isabella disse.
— Ou está tentando provocar uma guerra antes que possamos eliminá-lo — Murilo completou.
Eles tinham 48 horas para descobrir quem seria o alvo e impedir Medina de virar o jogo.
Mas a cidade já sentia o cheiro de sangue no ar.
A guerra estava apenas começando.Murilo e Isabella não perderam tempo. Eles se reuniram com seus melhores homens para analisar as possibilidades.
— Se Medina quer atacar alguém do nosso lado, precisamos descobrir quem antes que seja tarde — Murilo disse, apertando os punhos.
Isabella pegou o celular e enviou uma mensagem para Vitor.
"Descubra o alvo e nos avise."
Horas depois, a resposta veio:
"O ataque será no morro. Ele quer atingir você, Murilo."
Murilo riu baixo.
— Então ele quer brincar de guerra?
Isabella cruzou os braços.
— Medina não vai parar até um de nós cair.
Murilo pegou a arma e checou o pente.
— Então ele que venha. Mas vamos recebê-lo do nosso jeito.
A guerra estava oficialmente declarada.
E ninguém sairia ileso.
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Atualizado até capítulo 28
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