Sn se olhou no espelho após colocar o vestido verde.
Seu coração batia forte.
Ela finalmente admitiu para si mesma: gostava de Zen.
Mesmo com a frieza dele… ela havia se apaixonado.
Ela colocou os brincos, ajustou os cabelos e calçou os saltos altos.
Não queria mais chorar.
Hoje, queria se sentir bonita, confiante… e esquecer por um momento a dor no peito.
Na sala da mansão…
Ji So estava mexendo no celular quando viu Sn descendo as escadas.
Ele arregalou os olhos.
— Uau, senhorita Sn! Aonde está indo toda elegante assim?
Sn sorriu de leve e pegou a bolsa.
— Vou sair. Preciso arejar a cabeça.
Ji So coçou a nuca, desconfiado.
— Hum… e o senhor Zen? Ele sabe que você vai sair?
Sn ergueu a sobrancelha.
— Desde quando eu preciso da permissão dele?
Ji So riu baixo.
— Tem razão. Mas… só por segurança, quer que eu te leve?
Sn balançou a cabeça.
— Não precisa, eu pego um táxi.
Antes de sair, ela respirou fundo.
Hoje, ela só queria esquecer Zen… nem que fosse por algumas horas.
No escritório de Zen…
Zen voltou para casa depois de um longo dia de trabalho.
Ele estava pronto para falar com Sn… mas quando entrou na sala, ela não estava lá.
— Ji So, onde está Sn? — ele perguntou, cruzando os braços.
Ji So sorriu de canto.
— Ela saiu.
Zen franziu a testa.
— Saiu? Para onde?
Ji So deu de ombros.
— Ela não disse. Só disse que queria sair para esfriar a cabeça.
Zen sentiu um incômodo no peito.
Para onde ela teria ido… e com quem?
Ele se jogou no sofá, tentando ignorar a irritação crescente.
Mas, no fundo, sabia que estava com ciúmes.
Sn chegou a uma festa animada em Seul.
A música alta e as luzes brilhantes davam a sensação de liberdade, e ela finalmente sentiu como se pudesse respirar. Era como se a festa fosse um escape, uma maneira de afastar os pensamentos sobre Zen e o tumulto de emoções que ele causava.
Ela se misturou entre as pessoas, dançou e se divertiu, tentando ignorar a sensação de que algo estava faltando.
No carro de Zen…
Zen não conseguia tirar Sn da cabeça.
Seu coração estava apertado, e a frustração estava crescendo dentro dele.
— Onde ela foi? — perguntou ele ao motorista, que rapidamente olhou pelo retrovisor.
— Senhor, ela está em uma festa em Seul.
Zen ficou em silêncio por um momento, o semblante mais sombrio.
— Então vamos para lá.
Ele não queria admitir, mas o ciúmes e a preocupação estavam consumindo-o.
Ele entrou no carro, seus pensamentos se agitando.
Zen olhou pela janela, a rua passando rapidamente.
Era estranho, mas ele não conseguia mais imaginar sua vida sem Sn.
Ela o desafiava, o fazia questionar tudo.
E isso o incomodava profundamente.
Na festa…
Sn continuava se divertindo, mas uma parte dela sabia que não estava realmente feliz.
Ela tentava esconder, mas o pensamento de Zen não saía de sua mente.
Ela olhou para seu celular, já com algumas mensagens não lidas.
Era de Ji So, perguntando se ela estava bem e se queria ajuda para voltar.
Ela respirou fundo e guardou o celular.
Mas, quando olhou para a porta, seus olhos se arregalaram.
Zen estava parado ali, olhando-a fixamente.
O tempo pareceu parar por um momento.
Zen caminhou em direção a ela, e os olhares se encontraram, cheios de tensão e emoções não ditas.
Sn sentiu seu coração acelerar, mas se manteve firme.
— O que você está fazendo aqui? — ela perguntou, tentando manter a calma.
Zen se aproximou dela, seus olhos sombrios.
— Eu poderia perguntar o mesmo. — ele disse com voz baixa.
O silêncio entre eles era denso, e Sn não sabia o que dizer.
Zen se aproximou mais, a tensão crescendo entre os dois.
— Por que você está fugindo de mim, Sn? — ele perguntou, finalmente deixando as palavras saírem.
Continuação do Capítulo 16 – O Encontro na Festa
Sn estava se divertindo, dançando ao som da música contagiante.
Ela se sentia livre e descontraída, longe de todos os problemas e tensões com Zen. Ela estava curtindo o momento e, por um instante, não pensava em nada mais além da diversão.
Vários homens, animados pela energia da festa, começaram a se aproximar, tentando puxá-la para dançar.
— Quer dançar comigo? — perguntou um deles, sorrindo.
— Vamos dançar, garota! — disse outro, tentando chamar sua atenção.
Sn sorriu, mas não respondeu diretamente.
Ela se divertia, mas no fundo sabia que não queria se envolver com ninguém ali.
Zen, no entanto, não estava muito distante.
Ele observou a cena de longe, seus olhos fixos em Sn.
Ao ver vários homens tentando se aproximar dela, a frustração e ciúmes começaram a dominar seus pensamentos.
Ele não queria ver ninguém mais com ela.
Com um movimento decidido, Zen se aproximou, interrompendo as tentativas dos outros homens.
— Ela tem um parceiro. — disse ele, a voz fria e implacável, enquanto erguia a mão e mostrava o anel no dedo de Sn.
Os homens ficaram em silêncio, surpresos com a atitude de Zen.
— Desculpe, senhor. — disse um deles, afastando-se rapidamente, percebendo que Sn estava comprometida.
Zen então avançou para Sn, sem dar tempo para mais nenhuma reação.
Com uma força inesperada, ele a pegou e a colocou sobre o ombro, pronto para sair da festa.
Sn tentou se soltar, batendo as mãos contra seu peito.
— Me solta, Zen! Me solta! — ela gritou, irritada e surpresa com a atitude dele.
Zen não deu ouvidos.
— Você é minha princesa. — ele disse, de maneira fria, como se não houvesse espaço para discussão.
Ele a segurou firme, seus olhos frios fixos nela, e começou a se afastar da pista de dança, sem dar espaço para mais respostas.
Sn não conseguiu mais reagir, as palavras dele cortando qualquer tentativa de resistência.
Ela não sabia o que pensar.
Mas, uma coisa era certa: Zen tinha a sua atenção, e ela não conseguia ignorá-lo, mesmo que quisesse.
Zen e Sn chegaram à mansão, a atmosfera tensa e carregada.
Zen fechou a porta atrás de si com força, a raiva crescendo dentro dele enquanto olhava para Sn.
Ele a empurrou suavemente para a parede, seus olhos fixos nela com uma intensidade inquietante.
— Por que você saiu sem minha permissão, Sn? — ele perguntou, a voz fria e autoritária.
Sn olhou para ele, sua expressão desafiadora.
Ela riu, um riso leve, quase sem humor, e se afastou da parede.
— Você está me controlando agora, Zen? — ela disse com um sorriso provocador, sua voz suave, mas cheia de atitude.
Ela dizia isso como se fosse uma brincadeira, mas por dentro, uma parte dela sabia que ele estava realmente tentando tomar conta de sua vida.
Sem esperar resposta, Sn deu meia-volta e caminhou em direção à escada, tentando escapar da tensão que ele estava criando.
Mas Zen não a deixaria ir assim.
Com um movimento rápido, ele a puxou de volta pela cintura, segurando-a firmemente.
A proximidade entre eles aumentava a pressão no ar.
— O que está rolando, Sn? — Zen perguntou, sua voz agora mais baixa, quase um sussurro, mas com um toque de impaciência.
Sn pode sentir o calor de seu corpo contra o dela, e o jeito como ele a segurava a fazia sentir uma mistura de raiva e algo que ela não conseguia entender.
Ela tentou se soltar, mas o aperto dele foi firme.
— Eu não sei o que você está tentando fazer, Zen. — ela respondeu, olhando diretamente em seus olhos. — Mas eu não sou sua. Eu não sou propriedade de ninguém.
Zen manteve o olhar fixo nela, a tensão aumentando ainda mais.
— Você ainda não entende, não é? — ele disse com um tom frio, "Eu te quero, Sn. Não importa o quanto você tente fugir."
Zen ficou ali, parado, olhando diretamente para Sn. A tensão entre os dois estava palpável, e as palavras não ditas pairavam no ar como uma tempestade prestes a desabar. Ele sentiu a frustração de ambos crescendo, e sua raiva não ajudava a acalmar a situação.
Subitamente, o equilíbrio entre eles cedeu. Zen perdeu a força em seus pés e, de repente, caiu no chão, puxando Sn para cima dele, em um movimento inesperado.
Ela caiu sobre ele, seus rostos tão próximos que o ar parecia espesso entre eles.
Instintivamente, Zen puxou Sn para si, seus lábios se encontrando em um beijo repentino e tenso. A sensação foi intensa, e, por um momento, ambos se perderam naquilo. O beijo não era como os outros, havia algo mais — raiva, desejo, e uma necessidade de algo mais que não estavam prontos para admitir.
Mas Zen, com um movimento brusco, afastou-se.
Ele olhou para ela com frieza, sua expressão agora distante e endurecida.
— Eu não posso. — ele murmurou, sua voz grave e cheia de ressentimento.
Sn se levantou rapidamente, sentindo a raiva tomar conta dela. Ela ficou de pé, encarando Zen com um olhar desafiador.
— Por que você é assim, Zen? — ela gritou, sua voz cheia de frustração. — Você é um idiota!
Ela se aproximou dele com passos firmes, o peito se levantando a cada respiração profunda.
— Amanhã eu vou embora para o Brasil. — ela disse, com a voz tremendo de emoção. — Eu não preciso disso, não preciso ser sua esposa de aluguel! Você não está me pagando, não é como se eu tivesse alguma vantagem!
Zen olhou para ela, suas palavras acertando-o como um golpe inesperado. Ele não sabia o que fazer com a avalanche de sentimentos que surgiram dentro dele.
Sn, com uma decisão inabalável, se afastou de Zen e foi em direção à porta. Ela não queria mais ficar ali, naquela mansão, com tudo o que havia acontecido.
O que ela sentia por ele era complicado, confuso e, talvez, impossível. Mas uma coisa ela sabia: não podia continuar nesse jogo em que ele a empurrava para longe, só para trazê-la de volta quando quisesse.
Ela fechou a porta atrás de si, o eco da batida ressoando na mente de Zen, que permanecia ali, sem saber como reagir.
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Atualizado até capítulo 69
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