De manhã cedo, o pai de Zen chegou à mansão.
Desta vez, ele veio em uma cadeira de rodas, acompanhado por uma enfermeira.
Ao entrar, ele olhou para um dos seguranças e disse calmamente:
— Vá chamar a Sn. Diga a ela que vamos ao shopping.
O segurança assentiu e saiu para buscar Sn.
Enquanto isso, Zen observava tudo de braços cruzados, seu olhar sério.
Ele deu um passo à frente e encarou o pai.
— Você não devia estar se esforçando tanto.
O pai de Zen sorriu de leve.
— E você devia parar de fugir dos seus sentimentos.
Zen franziu a testa.
— Não estou fugindo de nada.
— Então por que está tão incomodado com a Sn?
Zen desviou o olhar por um segundo, mas logo voltou a encarar o pai.
— Ela não tem nada a ver com isso.
O pai dele riu suavemente e disse:
— Se não tivesse, você não estaria tão irritado.
Antes que Zen pudesse responder, Sn apareceu na sala, parecendo um pouco nervosa.
Ela olhou para o pai de Zen e perguntou:
— O senhor me chamou?
O pai de Zen sorriu e acenou para ela.
— Sim, minha filha. Vamos ao shopping escolher um colar novo para você. Está pronta?
Sn olhou de relance para Zen, que continuava parado, observando tudo em silêncio.
Ela então respirou fundo e sorriu.
— Sim, estou pronta.
Zen apertou os punhos, mas ficou calado, apenas observando os dois saírem juntos.
Pela primeira vez, ele sentiu que talvez… estivesse perdendo algo.
No carro, Sn olhava pela janela, observando a cidade movimentada.
O pai de Zen riu baixinho e olhou para ela.
— Eu já falei para você me chamar de papai ou vovô, filha.
Sn corou levemente e desviou o olhar, brincando com os dedos.
— Ainda é um pouco estranho… mas vou tentar.
O pai de Zen sorriu satisfeito.
— Bom, tem tempo para se acostumar.
Depois de alguns minutos, eles chegaram ao shopping e saíram do carro.
A enfermeira ajudou o pai de Zen a ajeitar sua cadeira de rodas, e então eles entraram na loja de joias.
Sn olhava ao redor, encantada com os colares brilhantes nas vitrines.
O pai de Zen sorriu e disse calmamente:
— Escolha dois colares. Eu vou pagar em dinheiro.
Ele tirou um maço de dinheiro do bolso e o entregou à atendente.
Sn arregalou os olhos.
— Papai! Isso é muito dinheiro!
O pai de Zen riu e fez um gesto com a mão.
— Dinheiro não é problema. O importante é que você escolha algo que goste.
Sn mordeu o lábio e olhou para os colares novamente.
Ela sentia algo diferente naquele momento.
Era a primeira vez em muito tempo que alguém a tratava como família.
E, no fundo, isso a deixava feliz.
O pai de Zen sorriu ao ver Sn experimentando o colar.
— Ficou muito bonito em você, minha filha.
Sn tocou o colar delicadamente, admirando o brilho da joia.
— Obrigada, papai… — ela disse, um pouco envergonhada, mas feliz.
O pai de Zen riu satisfeito e acenou com a cabeça.
— É assim que gosto de ouvir.
Enquanto saíam da loja, ele olhou para Sn com um ar pensativo e então sorriu.
— Quando formos jantar na minha casa, eu mesmo vou preparar o jantar. Você pode usar seu colar novo.
Ele então perguntou:
— O que você gosta de comer?
Sn pensou por alguns segundos e então sorriu animada.
— Eu gosto de pernil assado!
O pai de Zen riu e assentiu.
— Então está decidido. No jantar, teremos pernil assado.
Sn sorriu largamente, sentindo-se ainda mais próxima dele.
Mesmo sem perceber, ela estava se tornando parte daquela família.
O pai de Zen riu enquanto caminhava ao lado de Sn, observando a animação dela ao olhar as vitrines do shopping.
— Você realmente se divertiu hoje, não é, filha?
Sn parou por um instante, surpresa ao ouvi-lo chamá-la de filha novamente.
Seu coração se aqueceu, e um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.
— Sim… me diverti muito.
O pai de Zen assentiu satisfeito e olhou para o relógio.
— Está na hora de voltarmos para a mansão.
Eles saíram do shopping e entraram no carro, conversando o caminho todo.
Quando chegaram à entrada da mansão, o pai de Zen sorriu e se despediu:
— Até breve, minha filha.
Sn acenou para ele, ainda sorrindo.
— Até breve, papai.
Antes de ir, ele abriu a janela do carro e acrescentou:
— Ah, e não se esqueça… semana que vem eu mesmo vou fazer o jantar para nós. Pernil assado, como prometido!
Sn riu e acenou novamente, animada.
Ela nunca imaginou que, ao chegar na Coreia, acabaria ganhando um pai.
Zen cruzou os braços, encostado na parede, observando Sn entrar na mansão com um olhar sério.
Assim que ela pisou no hall, ele arqueou uma sobrancelha e perguntou friamente:
— Onde você estava?
Ji So, que estava ao lado, abriu a boca para responder, mas antes que conseguisse falar, Zen levantou uma mão, interrompendo-o.
— Fica quieto — ele ordenou, sem desviar o olhar de Sn. — Quero ouvir isso da boca dela.
Sn ergueu o olhar para Zen, vendo sua expressão fechada.
Ela respirou fundo e respondeu com sinceridade:
— Eu estava com seu pai.
Zen estreitou os olhos.
— E o que vocês estavam fazendo?
Sn cruzou os braços e sorriu de lado.
— Nos divertindo. Ele me levou para escolher um colar novo e… também me chamou para um jantar na casa dele semana que vem.
Os olhos de Zen brilharam por um instante, mas ele logo escondeu qualquer emoção, voltando à sua frieza habitual.
— Então você está bem próxima dele agora, hein?
Sn deu de ombros.
— Ele é uma pessoa incrível. Diferente de certas pessoas que só sabem dar ordens frias.
Zen trincou o maxilar, mas permaneceu calado.
Ji So olhou de um para o outro, sentindo o clima tenso no ar.
Ele sabia que, por trás daquela frieza, Zen estava incomodado… e talvez até um pouco com ciúmes.
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Atualizado até capítulo 69
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