Sn revirou os olhos e passou por Zen, ignorando sua expressão fechada.
Ela subiu as escadas rapidamente, mas antes de entrar no quarto, olhou para trás e viu Zen ainda parado no mesmo lugar, com o olhar perdido.
Ji So coçou a nuca e se aproximou dele.
— Senhor Zen… o senhor parece incomodado.
Zen soltou um suspiro irritado e desviou o olhar.
— Por que meu pai se aproximou tanto dela em tão pouco tempo?
Ji So sorriu de canto.
— Talvez porque ela lembre sua mãe… e talvez porque o senhor também esteja se apegando a ela.
Zen franziu a testa na hora.
— Não diga besteiras. Isso é apenas um contrato.
Ji So não respondeu, apenas deu um sorriso discreto e saiu, deixando Zen sozinho com seus pensamentos.
No Quarto de Sn
Sn se jogou na cama e suspirou fundo.
— Esse Zen… o que ele tem? Um problema em demonstrar sentimentos?
Ela olhou para o colar novo que o pai de Zen havia comprado para ela e sorriu suavemente.
— Pelo menos alguém nessa família me trata bem…
Enquanto isso, do lado de fora, Zen estava parado em frente à porta do quarto dela, indeciso se deveria bater ou não.
Mas, no final, ele apenas encostou a mão na maçaneta, hesitou e depois foi embora em silêncio.
Algo dentro dele começava a mudar… e ele odiava admitir isso.
Depois de alguns minutos deitada na cama, Sn se virou de um lado para o outro, inquieta.
— Por que estou pensando nesse idiota do Zen? — resmungou para si mesma, cobrindo o rosto com o travesseiro.
Ela ainda podia sentir o jeito frio como ele a olhava e falava, mas, ao mesmo tempo, não conseguia ignorar o fato de que ele parecia diferente naquela noite.
No Escritório de Zen
Zen estava sentado em sua cadeira de couro, girando um copo de uísque na mão.
Os olhos dele estavam fixos no líquido âmbar, mas sua mente estava longe.
— Que droga… — murmurou, largando o copo na mesa.
Ele se inclinou para trás, fechando os olhos.
A imagem de Sn sorrindo para seu pai no shopping surgiu em sua mente.
O jeito como ela aceitou o colar, como ela o chamou de “papai” sem hesitar…
Zen franziu a testa.
— Ela está mesmo se tornando parte da família?
Ele sempre teve tudo sob controle, mas agora, pela primeira vez, sentia que algo estava saindo do seu domínio.
E isso o incomodava.
Muito.
De Volta ao Quarto de Sn
Sn pegou o celular e olhou para a tela.
Nenhuma mensagem de Zen.
— Típico dele… nem pra perguntar se estou bem — murmurou, bufando.
Mas, no fundo, uma parte dela esperava que ele ao menos tentasse.
Naquela noite, os dois dormiram com os mesmos pensamentos confusos… mas sem coragem de dar o primeiro passo.
A madrugada estava silenciosa, mas nem Sn nem Zen conseguiam dormir direito.
Sn se virou mais uma vez na cama e soltou um longo suspiro.
— Por que estou tão incomodada? — sussurrou para si mesma, encarando o teto.
Ela pegou o celular e olhou novamente. Nada de mensagens de Zen.
— Ótimo. Esse homem realmente não se importa…
Mas, no fundo, algo dentro dela esperava uma atitude diferente dele.
No Escritório de Zen
Zen ainda estava sentado em sua cadeira de couro, olhando para o celular em cima da mesa.
Ele abriu a tela e ficou encarando o contato de Sn.
Seu dedo deslizou até o botão de chamada, mas ele hesitou.
— O que eu estou fazendo? — resmungou para si mesmo, desligando a tela e jogando o celular de lado.
Ele levantou-se, caminhando até a janela.
A noite estava fria, e as luzes da cidade brilhavam ao longe.
Pensamentos sobre Sn o atormentavam.
A forma como ela interagia com seu pai, como ela sorria tão facilmente para os outros… mas nunca para ele.
Zen cerrou os punhos.
— Ela não deveria estar ocupando tanto espaço na minha mente.
No Corredor da Mansão
Sn finalmente desistiu de tentar dormir e decidiu sair do quarto para beber um pouco de água.
Ela caminhou silenciosamente pelo corredor, mas, ao passar pela porta do escritório de Zen, percebeu que a luz ainda estava acesa.
Ela parou por um momento, mordendo o lábio inferior.
— Será que ele ainda está acordado?
Antes que pudesse decidir se bateria ou não, a porta do escritório se abriu repentinamente.
Zen saiu e parou no mesmo instante ao vê-la ali.
Os dois se encararam em silêncio, surpresos.
— Você… ainda está acordada? — ele perguntou, sua voz mais baixa do que o normal.
Sn sentiu seu coração acelerar um pouco, mas disfarçou.
— E você?
Zen desviou o olhar por um instante, passando a mão pelos cabelos.
— Não consegui dormir.
Sn cruzou os braços e suspirou.
— Nem eu…
Um silêncio estranho se instalou entre os dois.
Pela primeira vez, nenhum deles sabia exatamente o que dizer.
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Atualizado até capítulo 69
Comments
Isabel Mendes de souza
Soldado abatido /Heart/
2025-03-26
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