No dia seguinte, a Sn acordou animada. O pai do Zen havia dito que faria um jantar especial e que ela poderia usar o colar que ele comprou para ela.
Ela abriu o guarda-roupa e ficou encarando as roupas por um tempo. Queria escolher algo bonito para a ocasião.
— Hm… será que algo simples é melhor? — ela murmurou para si mesma.
Depois de muito pensar, Sn optou por um vestido elegante, mas confortável. Ela queria se sentir bonita, mas sem exagerar.
Na sala…
Zen estava sentado no sofá, lendo alguns papéis importantes da empresa, quando Ji So entrou.
— Senhor Zen, o carro está pronto para levar vocês até a casa do seu pai.
Zen levantou o olhar para ele.
— Hm. E a Sn?
Ji So sorriu de leve.
— Ainda se arrumando. Acho que ela quer causar uma boa impressão.
Zen arqueou uma sobrancelha, curioso.
— Impressionar quem? Meu pai ou…?
Antes que Ji So pudesse responder, Sn apareceu descendo as escadas.
Ela usava um vestido azul claro, delicado, e o colar que o pai do Zen havia comprado. Seus cabelos estavam soltos, levemente ondulados.
Zen olhou para ela sem dizer nada por alguns segundos. Algo nele travou, mas ele rapidamente disfarçou e voltou a sua expressão fria.
Sn sorriu animada.
— Estou pronta! Vamos?
Zen levantou-se e caminhou até ela, seu olhar analisando-a rapidamente.
— Você demorou.
Sn cruzou os braços.
— Ei! Eu só queria parecer apresentável!
Ji So olhou para os dois, segurando um sorriso.
— Bom, agora que estão prontos, podemos ir.
Os três saíram da mansão e entraram no carro. O clima estava tranquilo, mas Sn sentia o olhar de Zen sobre ela de vez em quando.
Ela não sabia o porquê, mas seu coração batia um pouco mais rápido do que o normal.
Na casa do pai do Zen…
Quando chegaram, o pai do Zen já os esperava com um grande sorriso no rosto.
— Minha filha! Você está linda! — ele disse ao ver Sn.
Sn sorriu, sentindo o carinho dele.
— Obrigada, papai!
Zen olhou para os dois e suspirou, cruzando os braços.
— Nem uma palavra para mim?
O pai do Zen riu.
— Você já é bonito por natureza, filho.
Sn segurou o riso enquanto Zen bufava de leve.
Eles entraram e se sentaram à mesa. O cheiro do pernil assado tomava conta da casa, deixando Sn animada.
— Eu fiz o prato que você gosta, minha filha. Espero que aproveite! — o pai do Zen disse, servindo Sn primeiro.
Zen observava tudo em silêncio. Era estranho para ele ver seu pai tão apegado a Sn em tão pouco tempo.
Enquanto comiam, o pai do Zen começou a contar histórias de quando era jovem, incluindo algumas sobre a mãe do Zen.
Sn escutava atentamente, encantada.
Zen, por outro lado, mantinha-se em silêncio, mas era evidente que ele prestava atenção.
No fundo, ele também gostava de ouvir sobre sua mãe, mesmo que nunca admitisse.
A noite seguiu agradável, com risadas e conversas.
Mas Zen…
Ele não podia deixar de sentir que algo estava mudando dentro dele.
Depois do jantar, Sn ajudou a arrumar a mesa enquanto o pai do Zen foi descansar um pouco na sala. O ambiente estava tranquilo e aconchegante.
Zen ficou observando Sn de longe, sem dizer nada.
Ela ria enquanto conversava com os empregados, parecendo completamente à vontade.
Ji So notou o olhar de Zen e sorriu discretamente.
— Senhor Zen, parece que a senhorita Sn se adaptou bem à sua família.
Zen franziu a testa e desviou o olhar.
— Hmph… ela se enturma rápido.
Ji So segurou o riso.
— Ou talvez ela tenha um jeito especial de conquistar as pessoas.
Zen não respondeu.
Ele simplesmente voltou sua atenção para Sn, que agora estava brincando com um dos cachorros do pai dele.
Por que aquilo o incomodava?
Ele não gostava quando as pessoas se aproximavam dele, e muito menos de sua família. Mas, por algum motivo, não conseguia se irritar com Sn.
Zen suspirou e passou a mão pelos cabelos, frustrado com seus próprios pensamentos.
— Vamos embora.
Ji So arregalou os olhos.
— Mas, senhor Zen…
Zen se levantou.
— Chame a Sn. Já é tarde.
Ji So olhou para Sn, que ainda estava brincando com o cachorro, e hesitou.
— Senhor, talvez seja melhor esperar um pouco mais…
Zen cruzou os braços e o olhou friamente.
— Eu disse para chamar a Sn.
Ji So suspirou e foi até ela.
— Senhorita Sn, precisamos ir.
Sn ergueu o olhar, meio desapontada.
— Ah, já?
O pai do Zen, que estava sentado na poltrona, sorriu para ela.
— Não se preocupe, minha filha. Você pode voltar quando quiser.
Sn sorriu e abraçou ele.
— Obrigada, papai!
Zen sentiu algo esquisito ao ver aquilo.
Era ciúmes?
Ele rapidamente espantou esse pensamento e virou-se para sair.
Sn percebeu que ele estava estranho e franziu a testa.
— Zen, você tá bem?
Zen parou na porta, mas não olhou para trás.
— Apenas entre no carro.
Sn ficou confusa, mas o seguiu.
No caminho de volta, o silêncio dominou o carro.
Sn olhava para Zen de vez em quando, sentindo que algo estava diferente nele.
Zen, por outro lado, estava perdido em seus próprios pensamentos.
Por que Sn o afetava tanto?
E, mais importante…
Por que ele estava começando a se importar?
O caminho de volta para a mansão foi silencioso. O clima dentro do carro estava estranho, tenso.
Sn olhava para Zen de vez em quando, tentando entender por que ele parecia tão distante.
Ele mantinha os olhos na estrada, com a expressão fechada, os dedos apertando o volante com força.
Ji So sentiu a tensão no ar e resolveu quebrar o silêncio.
— Senhorita Sn, gostou do jantar?
Sn sorriu de leve.
— Sim, estava maravilhoso! E o pai do Zen… quer dizer, o papai, foi muito gentil comigo.
Ji So notou que, ao ouvir isso, Zen apertou ainda mais o volante.
Zen bufou e murmurou friamente:
— Você se acostumou rápido demais.
Sn franziu a testa e olhou para ele.
— E o que tem de errado nisso? Ele me trata bem, diferente de você!
Zen desviou o olhar da estrada por um segundo para encará-la.
— Diferente de mim?
Sn cruzou os braços, irritada.
— Sim! Você é sempre frio, mandão e nunca explica nada! Até agora eu nem sei por que você ficou tão irritado com o colar!
O silêncio voltou ao carro.
Ji So olhou para Zen pelo retrovisor, esperando alguma resposta.
Zen apertou os lábios, mas não disse nada.
Sn suspirou, derrotada.
— Você realmente não sabe conversar, né?
Ele não respondeu.
O resto do caminho foi silencioso.
Na mansão…
Assim que chegaram, Sn saiu do carro rapidamente e foi direto para seu quarto, batendo a porta atrás de si.
Ji So olhou para Zen e cruzou os braços.
— Senhor Zen…
Zen passou a mão pelos cabelos, frustrado.
— O que foi?
Ji So suspirou.
— Se continuar assim, vai acabar afastando ela.
Zen o encarou, irritado.
— Eu não me importo.
Ji So sorriu de canto.
— Tem certeza disso, senhor?
Zen não respondeu. Ele apenas subiu as escadas e entrou no próprio quarto, fechando a porta com força.
Lá dentro, ele se jogou na cama, encarando o teto.
Por que Sn estava mexendo tanto com ele?
Por que era tão difícil simplesmente ignorá-la?
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 69
Comments