Sn segurou o colar entre os dedos, ainda sentindo o peso das palavras gravadas nele.
Ela respirou fundo e decidiu que precisava falar com Zen.
Ela queria respostas.
No escritório de Zen…
Sn entrou sem bater, determinada.
Zen ergueu o olhar, surpreso com sua presença.
— O que foi? — ele perguntou com sua voz fria de sempre.
Sn apertou os punhos e colocou a caixa do colar sobre a mesa dele.
— O que isso significa?
Zen desviou o olhar.
— Nada. Pegue se quiser, jogue fora se preferir.
Sn sentiu o coração apertar.
— Então por que me deu isso?
Zen se levantou e se aproximou dela, mas seu olhar continuava distante.
— Não se iluda, Sn. Esse casamento nunca foi real. Você sabe disso.
As palavras foram como um golpe para ela.
Ela sentiu os olhos arderem, mas não queria chorar na frente dele.
— Eu sei disso. Mas…
Ela abaixou a cabeça, segurando as lágrimas.
— Eu pensei que talvez…
Zen permaneceu em silêncio.
E esse silêncio doía ainda mais.
— Esquece. — Sn murmurou, dando um passo para trás.
Ela se virou e saiu do escritório sem olhar para trás.
Na mansão…
Assim que chegou no quarto, Sn trancou a porta e se jogou na cama.
Ela não queria ver mais ninguém.
Não queria sentir mais nada.
— Eu sou tão idiota… — ela sussurrou para si mesma, deixando finalmente as lágrimas caírem.
Enquanto isso, Zen continuava no escritório, olhando para a caixa do colar sobre sua mesa.
Ele queria pegá-la de volta.
Queria correr atrás dela.
Mas, como sempre…
Ele apenas ficou parado.
Ji So se aproximou da porta e bateu levemente.
— Senhorita Sn, você está bem?
Ele ouviu apenas o som abafado do choro dela.
— Se quiser conversar, estou aqui. — ele disse em um tom gentil.
Mas Sn permaneceu em silêncio, tentando controlar as lágrimas.
Depois de alguns segundos, Ji So suspirou e se afastou um pouco.
— Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas… não se tranque assim.
Sn continuou com a cabeça abaixada, as lágrimas escorrendo pelo rosto.
— Eu achei que… — sua voz saiu fraca.
Ji So esperou que ela continuasse, mas Sn apenas engoliu o choro e permaneceu calada.
— Eu vou deixar um chá quente aqui na porta, ok? — ele disse por fim. — Se precisar de alguma coisa, pode me chamar.
Ele colocou a xícara no chão e saiu, olhando para a porta com preocupação antes de se afastar.
No escritório de Zen…
Zen continuava encarando a caixa do colar sobre sua mesa.
Seu peito estava apertado, mas ele não se movia.
Ji So entrou no escritório sem bater e cruzou os braços.
— O que exatamente você quer, senhor Zen?
Zen levantou o olhar, irritado.
— O que você quer dizer com isso?
Ji So bufou.
— Você rejeita a Sn, mas fica olhando para esse colar como se fosse morrer se ela não aceitá-lo.
Zen franziu a testa, fechando a caixa do colar com força.
— Isso não é da sua conta.
Ji So sorriu de canto.
— Talvez não seja. Mas sabe o que é engraçado? O senhor é o único que ainda não percebeu seus próprios sentimentos.
Zen ficou em silêncio.
Ji So se virou para sair, mas antes de deixar a sala, disse algo que fez Zen estremecer:
— A Sn está chorando. E, pela primeira vez, não foi por causa do azar dela… foi por sua causa.
Zen segurou a caixa do colar com força.
E, pela primeira vez em muito tempo, ele não soube o que fazer.
Sn ficou encolhida na cama, abraçando o travesseiro com força.
Seu peito doía.
Ela sabia que esse casamento era um contrato, mas, em algum momento, começou a desejar que fosse real.
Mas Zen a rejeitou.
E agora… ela só queria desaparecer.
Do lado de fora do quarto…
Ji So ainda estava parado na porta, ouvindo o silêncio pesado que tomou conta do ambiente.
Ele suspirou e pegou o chá que havia deixado no chão.
— Talvez ela não queira agora… mas vou deixar na cozinha para quando precisar.
Antes de sair, ele olhou para a porta mais uma vez.
— Ele é um idiota… mas, no fundo, acho que ele se importa.
Sn não respondeu.
Mas, no fundo, queria acreditar que Ji So estava certo.
No escritório de Zen…
Zen ainda segurava a caixa do colar.
Seus dedos apertavam o objeto com força, como se quisessem quebrá-lo.
Ele sabia que tinha machucado Sn.
Mas não conseguia se aproximar dela.
Seus sentimentos estavam confusos.
Ele sempre viveu com controle total sobre tudo—sobre sua empresa, sua imagem, suas decisões.
Mas Sn bagunçava tudo.
Ela era atrapalhada, azarada, cheia de energia… o completo oposto dele.
E, de alguma forma… ela se tornou importante.
Zen passou a mão pelos cabelos, irritado consigo mesmo.
Ele levantou-se de repente e saiu da sala.
Ji So, que estava no corredor, arregalou os olhos ao vê-lo passar.
— Senhor Zen? Aonde está indo?
Zen não respondeu.
Ele já sabia o que precisava fazer.
E, dessa vez… não ia fugir.
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Atualizado até capítulo 69
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