Vários meses se passaram.
Sn evitava Zen o máximo que podia.
Ela acordava cedo, tomava café antes dele e passava o dia fora ou trancada no quarto.
Quando precisavam estar no mesmo ambiente, ela simplesmente ignorava sua presença.
Zen percebia isso, mas fingia que não se importava.
Na empresa…
Ji So colocou um relatório na mesa de Zen e suspirou.
— Senhor, você e a Sn ainda estão sem se falar?
Zen nem levantou o olhar.
— Isso não é da sua conta.
Ji So sorriu de canto.
— Bom, o casamento de vocês parece bem… realista. Um casal que nem se olha na cara.
Zen lançou um olhar frio para ele.
— Cuidado com suas palavras.
Ji So deu de ombros.
— Só estou dizendo que talvez seja hora de resolver isso.
Zen se inclinou na cadeira, cruzando os braços.
— Ela quem quis se afastar. Eu só estou respeitando a escolha dela.
Ji So arqueou a sobrancelha.
— E você acha que isso vai durar pra sempre?
Zen não respondeu.
Mas, no fundo, ele sabia que não queria que isso durasse.
Algo dentro dele o incomodava toda vez que via Sn passar por ele sem nem olhar em sua direção.
Na mansão…
Sn estava sentada no jardim, olhando para o céu.
Ela suspirou.
— Por que isso ainda me incomoda?
Desde aquele dia, Zen não tentou se explicar, não pediu desculpas, não fez nada.
Ele simplesmente aceitou o afastamento, e isso doía mais do que ela queria admitir.
Será que ele realmente não se importava?
O tempo passou e Sn manteve sua distância de Zen.
Ela passava os dias fora, explorando a cidade, trabalhando em pequenos projetos e tentando esquecer a existência dele.
Mas, no fundo, havia uma parte dela que esperava que ele ao menos tentasse se aproximar.
Mas ele nunca tentou.
Na empresa…
Zen estava no escritório, lendo alguns documentos, mas sua mente estava distante.
Ji So percebeu e cruzou os braços.
— Senhor Zen, já faz meses que você e a Sn não se falam.
Zen o ignorou e continuou lendo.
Ji So suspirou.
— Não acha que já passou da hora de resolver isso?
Zen fechou o arquivo com força.
— Não há nada para resolver.
Ji So sorriu de canto.
— Então por que você parece tão irritado toda vez que menciono o nome dela?
Zen bufou e se levantou da cadeira.
— Tenho uma reunião. Saia da minha sala.
Ji So segurou o riso e saiu, mas sabia que Zen estava mais afetado do que queria admitir.
Na cidade…
Sn estava andando por um shopping, distraída, quando esbarrou em alguém.
— Ah, desculpa, eu…
Seus olhos se arregalaram ao ver quem estava na sua frente.
Zen a encarava com a mesma expressão fria de sempre.
— Você deveria prestar mais atenção por onde anda.
Sn cruzou os braços, irritada.
— E você deveria parar de se meter no meu caminho!
Zen arqueou a sobrancelha.
— Eu? Foi você quem esbarrou em mim.
Sn bufou e tentou sair andando, mas ele segurou seu pulso.
— Espere.
Ela se virou, surpresa.
— O que foi agora?
Zen a olhou nos olhos por alguns segundos, como se estivesse tentando dizer algo, mas no final apenas soltou seu pulso e desviou o olhar.
— Esquece.
Sn ficou sem entender.
Ela o observou se afastar e sentiu algo apertar seu peito.
Por que ele agia assim?
Por que parecia que ele queria falar algo, mas se segurava?
E, mais importante…
Por que isso ainda a afetava tanto?
Sn ficou parada no meio do shopping, olhando para as costas de Zen enquanto ele se afastava.
Ela queria ignorar, queria seguir em frente, mas algo dentro dela não permitia.
— Que droga… — ela murmurou, cruzando os braços.
Por que ele sempre a deixava tão confusa?
Na mansão…
Sn entrou e foi direto para o quarto, sem paciência para ver Zen novamente.
Mas, ao abrir a porta do quarto, viu algo inesperado.
Sobre sua cama havia uma pequena caixa preta.
Ela franziu a testa e pegou a caixa com cuidado.
Ao abri-la, encontrou um colar.
Um colar diferente do que ela havia comprado com o pai de Zen.
Sn segurou o pingente entre os dedos e percebeu que havia uma pequena gravação na parte de trás.
"Para alguém que nunca deveria ter se sentido em segundo plano."
Seus olhos se arregalaram.
— Zen…?
No escritório de Zen…
Ji So entrou sem bater, como sempre, e viu Zen encarando a janela, pensativo.
— Senhor Zen, então o senhor deu o colar para ela?
Zen não respondeu de imediato.
Ele apenas suspirou, passando a mão pelos cabelos.
— Não foi nada demais.
Ji So sorriu de canto.
— Tem certeza disso? Porque parece que foi.
Zen bufou e desviou o olhar.
— Ela pode fazer o que quiser com ele. Não me importo.
Mas, no fundo, ele sabia que estava mentindo.
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Atualizado até capítulo 69
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