As primeiras vítimas foram aquelas mais próximas ao centro da vila, desavisadas e ainda no início do pesadelo. A criatura arrastava seu corpo deformado pelas vielas estreitas, suas garras afiadas rasgando o chão de terra, fazendo um som agudo que fazia os corações acelerarem antes mesmo de se dar conta do que acontecia.
O primeiro grito que ecoou pela vila foi o de Dona Eulália, uma senhora de idade que morava sozinha. Ela estava no seu quarto, com as janelas abertas para a noite fresca, quando o cheiro de carne e sangue a despertou. Mas antes que pudesse se mover, uma sombra se projetou pela janela, e a besta invadiu sua casa com uma violência assustadora. Suas garras cravaram-se nas costas da velha, fazendo-a soltar um grito agonizante enquanto ela tentava se afastar, mas o monstro foi mais rápido. Com um único movimento de suas garras afiadas, ele dilacerou a carne da mulher, arrancando pedaços de sua carne enquanto ela ainda respirava. O sangue jorrou pelas paredes, pintando o ambiente de um vermelho intenso. Dona Eulália nunca teve chance.
Nas casas vizinhas, o caos se espalhou. João, o ferreiro, acordou com os gritos, mas foi tarde demais. Ele correu para sua porta, tentando alcançar a rua, mas Zeca estava lá, já esperando. O ferreiro não teve tempo de pegar seu machado, sua única arma, antes que a besta o agarrasse. Suas garras rasgaram seu peito, atravessando os músculos e ossos com facilidade, antes de arrancar sua garganta em um golpe rápido e impiedoso. O corpo de João caiu inerte ao chão, ensopado de sangue, enquanto Zeca, agora em uma frenesim, avançava em direção à próxima vítima.
A jovem Mariana, uma garota que estava voltando de uma visita à sua amiga, foi a próxima. Ela mal ouviu o som da criatura até que se viu encurralada no beco. O monstro a agarrou com uma rapidez sobrenatural, suas presas afiadas cravando-se na carne dela com uma força monstruosa. Mariana tentou gritar, mas foi interrompida pela dor excruciante e pela pressão de sua carne sendo rasgada. Em um movimento quase ritualístico, a besta a arrastou pela rua, deixando um rastro de sangue enquanto a vida da jovem se esvaía. Seus gritos foram abafados pela força da mordida, e ela morreu ali, na calada da noite, sozinha.
Ao longe, as famílias que se trancaram em suas casas ouviam os sons dos ataques, mas o medo os paralisava. Ninguém ousava se mover. O pânico era tão grande que até mesmo os homens mais fortes da vila, os que antes se vangloriavam de sua coragem, se refugiaram atrás de portas e janelas, tremendo como crianças. O velho Tobias, que vivia na parte mais distante da vila, tentou reagir. Com sua espingarda, ele disparou contra a criatura, mas a besta parecia ser feita de pura maldade, e o tiro ricocheteou sem efeito. Zeca virou-se com um rugido ensurdecedor e avançou. Em um instante, Tobias estava caído no chão, com a metade do rosto arrancada pela ferocidade do monstro. O sangue se espalhou em um mar escarlate que tomou conta de toda a calçada. O velho nunca teve tempo de gritar.
Mas Zeca não se limitava a uma única vítima por vez. Ele fazia da matança um espetáculo, uma dança de morte e destruição. As casas foram invadidas uma após a outra, as portas quebradas com o impacto da criatura que, insaciável, destruiu qualquer resistência. Mulheres e crianças tentaram fugir para o interior das casas, mas não havia escapatória. Zeca os encontrou, devorando-os com uma rapidez aterradora, seus dentes cortando a carne, os ossos se estilhaçando sob a força de seus ataques. Em algumas casas, as vítimas caíam em pilhas, seus corpos desmembrados e espalhados pelo chão. A luz da lua refletia no sangue, tornando a cena ainda mais grotesca, como se o próprio universo estivesse assistindo à carnificina.
A cada rua, Zeca deixava um rastro de morte. Os gritos de agonia foram substituídos por um silêncio sepulcral, interrompido apenas pelos sons de ossos sendo quebrados, carnes sendo rasgadas e vísceras espalhadas pelo chão. A vila, que antes era um lugar pacífico, agora estava marcada pela tragédia. A morte parecia ter ganhado vida própria, espalhando-se por cada esquina e penetrando em cada lar.
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Atualizado até capítulo 24
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ˢⁱᵐᵖ 2ᴅ
Inspirador ✨
2025-03-20
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