Discussão

Subi até o apartamento com um vértice de pensamentos, tentando focar na tarefa árdua de explicar a situação para Nat, não queria enganá-la, seria muita covardia da minha parte usá-la como estepe para aliviar meus desejos que tinha por Emma.

Entrei no quarto e lá estava ela, esperando ansiosamente. Sentada no sofá de canto, sentei ao seu lado e tentei abraçá-la, ela levantou na mesma hora.

— O que aconteceu? — perguntei, cansado demais para uma crise de ciúmes.

— Ainda pergunta? Sua mãe me contou a total devoção que tem para com a priminha — Seu olhar era apreensivo, os olhos vermelhos denunciavam que ela já havia chorado.

— O que a Broke te contou? — Fitava aqueles olhos negros tão bonitos.

— Por qual motivo pediu para que eu viesse com você se gosta de outra pessoa?

Por que eu sou um babaca, imaturo, estúpido, que acha que está fazendo o certo, que acreditava na minha paixão por você, mas ao ver Emma novamente tudo se desfez, aquele sentimento o qual tinha fluiu entre meus dedos. Queria muito ter dito isso a ela, no entanto fui fraco o suficiente para dizer apenas o mínimo.

— Eu gosto de você — segurei em seu rosto — gosto da sua companhia, você é belíssima e inteligente, acho que não preciso dizer mais nada.

— Então é isso? — Ela se retraiu e levantou do sofá. — Vai ficar comigo amando a sua prima? Ela é sua prima, Benjamim, não acha isso nem um pouquinho errado?

— Não — esfregando os olhos com uma mão, levantei, olhando para o teto — estou cansado, você também, preciso tomar um banho, tenho que trabalhar daqui a pouco, passei aqui apenas para saber como você estava. Se ainda quiser ficar comigo, não escute a Broke e quer um outro conselho?

— Fale! — Seus lábios e olhar transmitiam toda a tristeza que sentia naquele momento.

— Eu não quero brigar sobre a Emma, infelizmente nada vai mudar, mas eu não irei trair você, ela é nova e tenho certeza que não sente o mesmo por mim — aproximei e segurei seu pescoço, e apreciei seus lindos lábios — então, por favor, esqueça isso.

Afastei-me e dei um pequeno beijo em seu rosto e fui para o banheiro. Retirando a roupa sobre o piso aquecido, senti o perfume da Emma na minha blusa. Com ela entre minhas mãos, tentei consumir ao máximo daquele cheiro. Isso me levou a pensar nela, deixando meus pensamentos fluírem de maneira fugaz.

Imaginei-a usando apenas aquelas meias ¾ do seu uniforme, sentada diante de mim com as pernas abertas. Meu corpo reagiu a cada pensamento, algo que nunca havia acontecido até aquele momento.

Perdido entre todos aqueles sentimentos, não ouvi Nat entrar até que suas mãos estivessem em meus ombros.

— Ben? — Sua voz suave quebrou o feitiço dos meus devaneios.

Olhei para ela pelo espelho, tentando afastar a imagem de Emma da minha mente.

— Oi

— Eu amo você... — Sua respiração rápida dissipava-se nas minhas costas.

— Está tudo bem — virei de frente para ela — quer tomar banho comigo?

— Não — sussurrou, beijando meu braço.

Ela ajoelhou-se diante de mim. Eu não queria que aquilo acontecesse, pois sabia que não era nela que eu iria pensar. Meus pensamentos tenebrosos começaram a imaginar Emma novamente. Não conseguia ver Natsumi; era a Emma, deslizando sua língua de forma suave sobre a cabeça do meu pau. O êxtase tomou conta de todo o meu ser. Com as mãos entre os cabelos dela, sentia os cachos macios da Emma entre meus dedos.

Nat olhava para mim de forma sedutora, mas na minha mente, era Emma quem me encarava. Envolvi seus cabelos em minha mão e a puxei para cima. Ela tinha a mesma altura que Emma. Beijando-a de modo intenso, queria possuí-la naquele momento. Sentei sobre o vaso sanitário enquanto a admirava retirando sua roupa de modo provocativo. Nua diante de mim, puxei-a para sentar sobre o meu colo, nossos corpos tornaram-se um. A maciez dos seus seios sobre a minha pele fazia minha cabeça girar. Eu até imaginava que o cheiro dela era igual ao de Emma.

Ela levantou e posicionou o meu membro dentro dela, apertei firme na sua cintura, enquanto experimentava seus dentes puxarem meu lábio, dessa forma começou a se mover sobre mim, e minha respiração se tornou pesada. A realidade e fantasia se desfaziam, e cada movimento parecia alimentar mais a ilusão de que era Emma a quem estava tocando.

Com a cabeça submersa em seu pescoço, a mordia, ouvindo seus gemidos, cada vez mais fundo. Ela parecia tão molhada e apertada, e os movimentos do seu quadril me levaram além. Todo aquele prazer me consumia de maneira voraz. Apertei mais uma vez com força sua cintura, sentindo meu pau contra seu útero. Não aguentava mais; deixei que todo o meu leite jorrasse em seu interior. Entre gemidos, súplicas e arrepios, sussurrei o nome de Emma.

A levando a parar no mesmo instante, levantou-se bruscamente e me deu um tapa forte. Fazendo meu rosto virar. Respirei fundo para não a matar naquele maldito momento. Levantei-me segurando firmemente seus braços.

— Me desculpa, eu sinto muito, mas não faça isso — soltei seus braços e entrei no box, deixando a água quente tentar lavar a culpa em minha mente.

— É isso? Eu também não queria brigar, vim aqui justamente para não parecer uma louca, descontrolada e ciumenta, para você transar comigo pensando na priminha!

Nat abriu a porta do box com tanta força que fez o vidro vibrar.

— Para com isso! — A puxei para debaixo do chuveiro.

— Você é um filho da puta! — Ela me empurrava enquanto gritava — Imundo de merda!

— Cala essa boca! — a segurei firme pelos ombros — Não faça eu te odiar.

— Me odiar? — Nat impulsionou a cabeça para trás e cuspiu no meu rosto.

A respiração frenética deixou tudo mais intenso. Ainda a segurando com firmeza, coloquei o rosto sob a água e voltei o olhar para ela.

— Caralho! Você é culpada por isso!

Retirei as mãos dela e forcei seu pescoço, passei a sentir a sua pulsação entre os dedos, ela seguia tentando me bater, a encostei de forma brusca contra a parede, fazendo com que batesse sua cabeça. A suspendi, deixando-a na ponta dos pés, os olhos esbugalharam, os lábios começaram a ficar pálidos, a fitava de modo fixo se debater igual a um peixe fora d'água.

Nat passou a tentar falar, mas a voz era suprimida, então o som do engasgo era o único que escutava. Em um último ato, ela cravou as unhas no meu peito, então a soltei, o que a fez cair contra o piso. Sentada com a cabeça baixa, seguia puxando o ar pela boca. Me abaixei, segurei em seu queixo e o ergui, obrigando-o a olhar para mim.

— Nunca mais faça nada parecido com isso — fiquei de pé novamente e virei de costas para ela — foi um erro tê-la trazido comigo, amanhã mesmo irei mandar você pra casa.

Dei dois passos tentando me afastar quando ela segurou no meu tornozelo, olhei para ela e respirei fundo. Nat tossia e forçava a fala quando, por fim, disse o que iria destruir minha vida.

— E-eu — tossiu de novo — n-não, nã-não posso!

— Não pode o quê? Não pode voltar? — Peguei-a pelos braços e a levantei.

— Tô — ela começou a chorar de forma desolada.

— Fala! O quê? O que aconteceu?

Eu já sabia o que sairia daqueles lábios, mas pedia a Deus que fosse mentira.

— Tô — soluçou várias vezes — grávida!

Aquelas duas palavras iriam desfazer a porra do meu mundo.

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