A Guerra da Fronteira e o Monstro Sem Mana
Na Terra Santa, território do Império Sagrado, o Cardeal Paulo Pyu bebia vinho tranquilamente em sua mesa quando recebeu uma chamada mágica.
O holograma se formou no ar, revelando um homem suando frio.
— Vossa Excelência... Tivemos um problema.
O homem do outro lado era Simão Duarte, comandante do Exército de Gate. Sua voz tremia, e gotas de suor escorriam por sua testa.
Paulo Pyu, ajustando os óculos de prata, estreitou os olhos.
— Simão Duarte... Está me dizendo que falhou em eliminar os aliados dos demônios?
Simão engoliu seco.
— S-Senhor… Um monstro apareceu.
— Monstro?
— Sim… Mas ele é diferente. Ele… Ele não tem mana!
O silêncio dominou a sala por alguns segundos.
Paulo Pyu franziu o cenho.
"Sem mana?"
Isso era algo novo.
Paulo bebeu um gole do vinho, ponderando. Então, relaxou na cadeira e disse:
— Tudo bem. Eu ajudarei você. Apenas acabe logo com essa guerra.
— Sim, senhor!
A chamada mágica foi encerrada.
Paulo Pyu ficou em silêncio, girando o vinho na taça de prata.
"A guerra na fronteira do país de Gate nos traz muitos benefícios... Mas devo ser cuidadoso. Os Apóstolos e o Papa podem notar minhas ações."
Com um suspiro, ele bateu a mão na mesa.
Um Paladino, vestido com uma armadura branca reluzente, apareceu instantaneamente.
— Chame as Três Crianças da Luz.
O Paladino desapareceu.
Paulo Pyu sorriu enquanto tomava mais um gole do vinho.
"Logo, os Lordes Demônios adormecidos irão despertar... E nem mesmo o Império Sagrado poderá fazer algo contra isso."
Ele era um dos que queriam que os Lordes Demônios despertassem.
As Três Crianças da Luz
A porta se abriu.
Três figuras entraram, emanando poder absoluto.
Marcelo Hal – Templário de Armadura Negra.
Nível de Ameaça: Rank S
Destruiu milhares de bestas selvagens sozinho.
Lare Silve – Santa dos Cabelos Azuis.
Nível de Ameaça: Rank S
Diz-se que derrotou um dragão com um único feitiço.
Atoy Sace – Mestre Espadachim.
Nível de Ameaça: Rank S
Foi o responsável por conter uma rebelião contra o Império Sagrado.
Esses três eram os principais candidatos a Apóstolos.
Paulo Pyu os encarou e disse:
— Preciso de um favor.
Marcelo Hal cruzou os braços.
— Isso tem a ver com a guerra na fronteira de Gate, não é?
Paulo ficou em silêncio.
Marcelo sorriu de lado.
— Nós não lutamos contra humanos, Cardeal.
Lare Silve, emanando um brilho sagrado, concordou:
— Marcelo tem razão.
Atoy Sace, segurando o cabo de sua espada, franziu o cenho.
— Algo aconteceu, Cardeal?
Paulo Pyu estreitou os olhos.
"Malditos…"
Respirando fundo, ele suavizou sua expressão e disse calmamente:
— Um monstro apareceu.
Os três imediatamente ficaram alertas.
Paulo continuou:
— Ele não tem mana… Mas destruiu um pelotão inteiro.
— O quê?! – Marcelo Hal arregalou os olhos.
— Precisamos que o Exército de Gate vença a guerra para podermos proteger o mundo dos adoradores dos demônios.
Marcelo Hal o encarou friamente.
— Os paladinos foram treinados por mim. Se eles perderam… Então realmente um monstro apareceu.
Ele estreitou os olhos.
— Mas pare de fingir, Cardeal.
Paulo Pyu levantou uma sobrancelha.
— Eu consigo sentir sua mentira.
O silêncio foi tenso.
Paulo Pyu apertou os dentes, contendo sua irritação.
Lare Silve sorriu.
— Tudo bem, Cardeal. Vamos ver esse monstro. Quero testar minha magia também.
Atoy Sace tocou o cabo de sua espada, um brilho afiado passando por seus olhos.
— Parece que finalmente apareceu alguém à altura. Vou verificar.
Sem olhar para Paulo Pyu, os três saíram.
Paulo Pyu, sozinho, sorriu com malícia.
— Logo… Eu me livro de vocês.
A Sombra na Guerra
Uma chamada mágica ecoou no escritório do Cardeal Paulo Pyu.
Ele suspirou, ajeitando os óculos enquanto a imagem de Idra Dawn surgia na tela.
— O que foi, Idra?
A expressão de Idra estava séria, seu tom carregado de irritação.
— Paulo, você mandou alguma coisa pra cá?!
Paulo Pyu girou o vinho na taça e respondeu calmamente:
— Mandei as Três Crianças da Luz.
Idra Dawn gritou:
— Tá maluco?!
Paulo arqueou uma sobrancelha.
— O que disse?
Idra bufou de raiva.
— Eu sou o estrategista do Simão! Já tenho problemas o bastante desviando a atenção dos Apóstolos e dos Executores Sagrados... E você me manda esses três malditos que não se venderam?!
Paulo franziu o cenho.
— Olha a boca, Idra. Eu ainda sou um Cardeal. Posso te prender.
Idra sorriu de forma sombria.
— Se tiver coragem, pode ir em frente... Mas se o plano falhar, sua cabeça rola também. Eu vou te levar junto.
Paulo ficou em silêncio.
Idra continuou, com um olhar inquieto:
— Estou reunindo oferendas para uma invocação.
— Invocação...?
— Simão já te contou. Apareceu uma variável.
Paulo estreitou os olhos.
— Variável?! Até pra você?!
Idra o encarou.
— Eu sinto a morte se aproximando, então não atrapalha.
Paulo suspirou.
— E os três? O que eu faço?
Antes que Idra pudesse responder, uma sombra negra emergiu da tela.
A voz que saiu não era mais de Idra Dawn.
— Olá, Cardeal Paulo Pyu.
Na mesma hora, o amuleto de proteção de Paulo tremeu, indicando uma presença demoníaca.
Seus olhos se arregalaram.
— Demônio...?!
A entidade sorriu na escuridão.
— Não quero problemas... Nem atrasos. Ou vou te visitar pessoalmente.
Paulo sentiu um calafrio na espinha.
— Sim, senhor.
A sombra libertou Idra, que voltou ao normal em pânico.
Sem hesitar, Paulo desligou a chamada.
Ele sorriu, tomando mais um gole de vinho.
"Desculpem, Crianças da Luz..."
"Mas vocês vão morrer."
"O plano mudou."
"Idra vai dar conta do monstro sem mana."
Ele olhou pela janela, observando a enorme catedral do Império Sagrado.
"Logo, esse mundo terá novos governantes."
Continua...
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Atualizado até capítulo 20
Comments
PS Romântico
monstro sem mana...
2025-03-21
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