Capítulo 12 - Extra...

A noite foi marcada por gritos de terror e súplicas desesperadas.

Os Demi-humanos tentaram se arrastar para longe de Mary, seus corpos feridos tremendo de medo.

— NÃO! NÃO! NÃOoooo!!!

Mas Mary não demonstrou piedade.

Ela foi cruel.

A vila foi tomada pelos sons angustiantes de carne sendo rasgada, ossos quebrando e gargantas implorando por misericórdia.

— AAAAARRRRGGGHHHH!!!

Sangue jorrava por todos os lados, tingindo o chão de vermelho escuro.

Os Demi-humanos clamavam por uma morte rápida, mas Mary não os concedia essa gentileza.

Após o massacre, Mary olhou para seu uniforme manchado de vermelho.

— Tsk... Vocês sujaram meu uniforme.

A vila permanecia em silêncio absoluto.

Ninguém ousava sair de casa.

Os guardas, ao chegarem ao local, congelaram de horror.

Alguns vomitaram ao ver a cena.

Mas nenhum deles teve coragem de questionar Mary.

— Coloquem esses restos no calabouço.

Sem hesitação, os guardas obedeceram.

 

O Restaurante

Mary voltou para o restaurante, ainda tingida pelo sangue da chacina.

Ao entrar, viu Satoru na banheira, seus olhos ainda vermelhos de raiva.

Ela imediatamente baixou a cabeça.

— Mestre, me puna... Eu deixei o sangue sujar meu uniforme.

Satoru passou a mão na cabeça dela com suavidade.

— Está tudo bem, Mary. Não estou bravo com você...

Ele suspirou.

— É apenas um efeito colateral da minha raiva... Logo voltarei ao normal.

Satoru então fez um gesto para que ela entrasse na água.

— Venha... Quero me desculpar por machucar seu pescoço.

Mary hesitou, mas tirou o uniforme e entrou na banheira.

A água quente a envolveu, proporcionando um breve conforto.

Ela virou de costas para Satoru.

Mas ele a puxou para si e a abraçou.

— Desculpa! Desculpa! Desculpa! — sussurrou ele, sua voz carregada de culpa.

Mary tremeu levemente, mas manteve sua expressão apática.

— Mestre... Você está bravo comigo?

Satoru bagunçou os cabelos dela, fazendo um cafuné.

— Um uniforme pode ser comprado... Mas você, não.

Mary o olhou de canto.

— Mestre... Não precisa se desculpar.

Satoru apertou o abraço.

— Eu já falei. Você não é um objeto. Você é minha.

Foi nesse momento que Mary não conseguiu mais segurar.

Ela começou a chorar silenciosamente.

— Mestre... Por que se importa tanto?!

Seus lágrimas quentes caíam na água.

— Ninguém nunca se importou comigo. Era sempre a mesma coisa...

Ela respirou trêmula.

— As pessoas destruíram meu coração... e nunca pediram perdão.

Satoru a virou de frente para ele e olhou diretamente nos seus olhos.

— O desamor tem mil razões.

Sua voz era baixa, mas intensa.

— Assim nascem os vilões. Ninguém se importa se machucar os outros ou não...

Ele sorriu gentilmente.

— Mas quero que nunca esqueça...

Satoru encostou sua testa na dela.

— Eu te amo.

O coração de Mary disparou.

— Não importa o que aconteça, eu sempre vou te amar.

Por um instante, o mundo de Mary parou.

O caos em sua mente se quebrou.

Em meio à escuridão que a consumia... uma luz apareceu.

Satoru afastou-se levemente e disse:

— Você cuidará de tudo quando eu não estiver por perto, tudo bem, Mary?

Ela sentiu um calor estranho no peito.

E então, pela primeira vez, Mary sorriu de verdade.

— Sim, mestre.

A Guerra e a Fome

Satoru suspirou pesadamente.

— Vamos dormir. Amanhã teremos problemas para lidar.

Seus olhos brilharam na escuridão, analisando o futuro próximo.

— A guerra na fronteira trará uma fome terrível… Milhares de pessoas vão morrer.

Seus dedos se fecharam em punho.

— Mas eu vou proteger o que é meu.

O vilarejo era pequeno, frágil diante do caos do mundo.

Mas Satoru não permitiria que fosse destruído.

— Eu alterarei o futuro novamente.

Mary o observava atentamente, gravando cada palavra.

Satoru continuou:

— Mas para isso, eu preciso de uma Demi-humana.

Mary franziu o cenho.

— Mestre… Eu não sou suficiente?!

Havia um leve tremor em sua voz.

Satoru sorriu, puxando-a para um beijo na testa.

— Você estará no meu lugar quando eu não estiver, Mary.

Ela estremeceu com suas palavras.

— Mas eu preciso de mais pessoas para criar um mundo melhor.

Satoru inclinou levemente a cabeça, pensativo.

— Não precisa ficar com ciúmes dela.

Seus olhos se tornaram frios e calculistas.

— Ainda vou adestrá-la. Pois ela não me servirá de vontade própria.

Mary permaneceu em silêncio, absorvendo suas palavras.

Satoru voltou ao tom habitual.

— Agora, deixa disso. Vamos nos deitar. Ficar muito tempo na água faz mal.

Mary se levantou obedientemente.

— Sim, mestre.

Satoru pegou uma toalha e a enrolou ao redor do corpo dela.

— Vamos… A noite foi feita para dormir.

Foram juntos para o quarto de Satoru.

Ele pegou roupas de dormir e ambos se vestiram.

Satoru deitou-se, descansando a cabeça no travesseiro.

— Venha, Mary… Amanhã teremos roupas melhores.

Ela se aconchegou ao lado dele, deitando-se sobre seu braço direito.

O sono a levou rapidamente.

Satoru, ainda acordado, acariciava seus cabelos com a mão esquerda.

Seus olhos se voltaram para o teto.

— Não posso salvar todos…

Ele fechou os olhos, determinado.

— Mas farei o possível para criar uma realidade onde ninguém mais sofra.

DING!

Uma notificação brilhou em sua visão.

[Progresso de Final Ruim -90%...]

A noite passou como um sonho pesado.

Mas pela manhã, tudo estaria pior.

A fome já se espalhava pela vila naquela madrugada…

---

O Amanhecer da Fome e do Caos...

Na guerra, muitas coisas acontecem.

Pessoas morrem. Isso é um fato inegável.

Mas a pior parte…

...é a fome.

Quando os suprimentos acabam, a guerra não termina—ela se transforma em desespero.

Milhares de bocas precisam ser alimentadas.

E Satoru sabia disso.

Então, quando o dia chegasse, ele daria um jeito.

---

A Base dos Demi-Humanos

Os poucos sobreviventes da invasão ao vilarejo correram desesperados.

Eles mal conseguiam falar, ainda aterrorizados.

No centro da base, Nana, a lobinha, ouviu o alvoroço e franziu a testa.

— O que aconteceu?!

Ela apertou os punhos, sentindo algo errado.

— Foi um time de elite que enviamos para tomar aquela vila.

Um dos sobreviventes, ainda tremendo, gritou:

— Senhorita Nana… tinha um monstro lá!!!

Ela arregalou os olhos.

— Um monstro?!

Nana tentou raciocinar, mas algo não fazia sentido.

— Nossos informantes disseram que não havia fluxo de mana naquela vila…

Um dos guerreiros, com os olhos cheios de lágrimas, murmurou com voz vacilante:

— Senhorita…

Ele… Ele destruiu os melhores em segundos…

Sem armas, sem magia…

Com as mãos nuas!

O Demi-humano engoliu seco, a voz embargada.

— Seus olhos vermelhos…

Seus cabelos negros…

Ele era uma besta fora da jaula!

CRACK!

Nana socou uma rocha ao lado, criando uma cratera profunda no chão.

— Droga!

Ela rosnou, irritada.

— Estamos perdendo a guerra na fronteira…

Os humanos não nos deixam em paz…

Ela se levantou e olhou para seus guerreiros.

Seus olhos dourados brilharam.

— Eu mesma irei ver esse humano.

Os guerreiros arregalaram os olhos.

Nana puxou sua lança, girando-a no ar.

— Precisamos capturar humanos como moeda de troca!

Ela encarou o horizonte.

— A comida está acabando.

Seus olhos brilharam com determinação.

— Guerreiros da Tribo Fera, não tenham medo!

Ela levantou sua lança.

— Vamos vencer essa guerra… E pegar nosso povo de volta!

URAAAAAAAH!!!

Os Demi-humanos gritaram em uníssono, renovados pela determinação de Nana.

---

A Fronteira da Guerra

Enquanto isso, na fronteira, corpos de soldados humanos jaziam espalhados pelo campo de batalha.

No centro do massacre, Rashara, o pai de Nana, segurava sua espada ensanguentada.

Seus olhos brilhavam com fúria.

— Onde diabos está o time de batedores?!

Um subordinado se aproximou, hesitante.

— Senhor…

Rashara virou-se lentamente para ele.

— O que foi?!

O guerreiro engoliu seco antes de falar.

— Os humanos…

Eles têm uma besta fora do normal…

Os olhos de Rashara se estreitaram.

— Uma besta?

O guerreiro continuou, hesitante.

— A senhorita Nana decidiu ir pessoalmente…

O líder dos Demi-humanos sorriu confiante.

— Então não temos nada a temer.

Ele ergueu sua espada.

— Minha filha dará conta desse humano.

Rashara não tinha dúvidas.

Mas o que ninguém sabia…

…era que Satoru já estava esperando.

E ao amanhecer, ele mostraria a eles o verdadeiro significado do terror.

Continua...

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PS Romântico

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vamos ver...

2025-03-18

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