Satoru caminhava pelas ruas enquanto refletia sobre a mana e suas aplicações mágicas. O escuro da vila era nítido, já que não havia postes de luz, apenas pequenas velas acesas nas casas. Ele pensou em uma solução.
Vamos sair do escuro.
Olhando ao redor, ele viu uma loja de um artesão e decidiu entrar. Ao abrir a porta, viu um garoto sentado, observando o relógio de parede. O jovem parecia distraído, mas logo focou em Satoru assim que o viu.
— Jovem mestre, o que deseja? Um prato ou uma taça? — perguntou Mikael, com um sorriso.
Satoru, com um olhar decidido, respondeu:
— Mikael, eu quero fazer algo diferente. Quero um poste de iluminação.
Mikael franziu a testa, confuso.
— Um poste de iluminação?
Satoru, então, pegou um pedaço de papel e desenhou o formato de uma esfera de vidro.
— Isso. Quero que faça uns 30. Vou colocar pela vila para iluminar as ruas.
Mikael analisou o desenho, surpreso.
— Que coisa estranha… Tem certeza de que quer isso?
— Sim. Por favor, faça-os. — Satoru disse, com confiança.
Mikael, estalando os dedos de forma curiosa, disse:
— Que seja. Tô curioso pra saber como isso vai funcionar.
Ele começou a trabalhar na fábrica da bola de vidro, enquanto Satoru se dirigia a um açougue próximo. Entrando na loja, ele perguntou ao açougueiro:
— Tem gordura de porco?
O açougueiro sorriu, já sabendo o que Satoru queria.
— Tenho bastante! Vai querer quantos barris?
Satoru, tirando três moedas de ouro da bolsa, colocou-as sobre o balcão.
— Todos que tiver disponíveis. Deixe-os com Mikael. E deixe a gordura com ele.
O açougueiro ficou feliz com o pagamento e foi buscar o pedido. Satoru, por sua vez, seguiu para o próximo destino, onde encontrou uma ferreira chamada Viviane. A placa na porta dizia "Viviane - Ferreira, especialistas em metal". Ele sorriu, aliviado ao ver que ela ainda estava lá e não tinha se mudado.
Viviane estava bebendo uma caneca de cerveja quando Satoru entrou na loja. Ela olhou para ele e, com um sorriso, disse:
— Boa noite, jovem mestre. O que deseja?
Satoru, com um olhar decidido, desenhou novamente os postes de iluminação e os entregou para Viviane. Ela olhou o desenho, surpreso pela novidade.
— É a primeira vez que vejo algo assim… Parece uma lança longa.
Satoru explicou:
— Isso se chama poste de iluminação. Quero iluminar a vila com eles, está muito escuro andando pelas ruas.
Viviane, batendo a caneca na mesa, respondeu:
— Não sei quem é você, mas vou fazer isso por você. Vai custar 30 moedas de ouro.
Satoru, sem hesitar, colocou as moedas sobre a mesa e disse:
— Obrigado por não perguntar. Eu não sou uma ameaça, por enquanto.
Viviane sorriu e acenou.
— Que nada. Eu não gosto de perguntar, mesmo.
Satoru, já satisfeito, saiu da loja e, ao caminhar pela rua, viu seu pai, Matias, sentado em uma barraca de churrasquinho de rua. Ele se aproximou, com um sorriso em seu rosto.
— O senhor está comendo demais, pai.
Matias, com a boca cheia, respondeu de forma descontraída:
— Filho, eu tô nervoso. Dei toda a fortuna da vila pra você, mas sei que você sabe usar a cabeça. Ainda tem o dinheiro?
Satoru, com um sorriso calmo, respondeu:
— Não tenho mais as moedas de prata, pai. Eu comprei uma serva para mim.
Matias, surpreso e pálido, franziu a testa, mas logo relaxou.
— Tudo bem, você ainda é jovem e é normal se interessar. Esse dinheiro foi bem gasto. Amanhã vamos comer sopa.
Satoru sorriu e, calmamente, disse:
— Pai, não precisa se preocupar. Eu não tenho mais as moedas de prata, eu tenho moedas de ouro.
Ele tirou cem moedas de ouro de seu anel e as colocou na mesa diante de Matias.
— Aqui está, pai. Sua fortuna.
Matias ficou incrédulo, olhando para as moedas de ouro. Aos poucos, um sorriso orgulhoso tomou conta de seu rosto.
— Filho, eu tenho muito orgulho de você.
Satoru sorriu, grato.
— Obrigado, pai. Eu vou colocar os postes de iluminação na vila.
Matias, agora curioso, perguntou:
— Quero ver isso, filho.
Satoru assentiu.
— Sem problemas. Vamos ver como estão ficando.
Com os postes de iluminação prontos, Viviane, Mikael e o açougueiro observavam com curiosidade o resultado final. Quando Satoru retornou com Matias, os três o cumprimentaram com respeito.
— Boa noite, lorde Matias.
Matias respondeu com um aceno.
— Boa noite.
Satoru pegou um dos postes, ergueu-o e começou a montá-lo. Ele colocou a gordura de porco dentro da estrutura do poste e, em seguida, encaixou a esfera de vidro no topo. Subindo em uma cadeira, ele acendeu o pavio com uma vela. Assim que a chama brilhou dentro do vidro, o local ao redor foi iluminado.
Matias observou com surpresa.
— Que coisa… Parece uma vela gigante, mas não se apaga com o vento.
Satoru sorriu e explicou:
— O vidro de cima serve para protegê-la do vento e da chuva.
Os três artesãos ficaram impressionados, assim como os guardas que haviam parado para observar.
Satoru olhou para os guardas e ordenou:
— Espalhem os postes pela vila e montem-nos como este.
Os guardas, sem hesitar, começaram a carregar os postes, os vidros e os barris de gordura para diferentes pontos da vila. Logo, a vila inteira começou a ganhar luz, e os aldeões saíram de suas casas para admirar as ruas iluminadas. Murmúrios de espanto e elogios começaram a se espalhar.
— Isso é incrível!
— Agora podemos andar à noite sem tropeçar!
— Parece até magia!
Satoru, satisfeito, olhou para Matias e disse:
— Vamos ao restaurante, pai.
Matias hesitou.
— Filho, a comida lá é muito cara…
Satoru riu e colocou a mão no ombro do pai.
— Não tem problema. Agora o restaurante é nosso.
Matias arregalou os olhos, surpreso.
Viviane, Mikael e o açougueiro sorriram ao ouvir isso. Matias, sem palavras, olhou para os três e agradeceu.
— Obrigado a vocês.
Os três baixaram a cabeça em sinal de respeito.
Satoru sorriu.
— Vamos, pai.
Matias, ainda impressionado, assentiu.
— Vamos. Quero ver como está.
E juntos, seguiram para o restaurante.
Continua...
# obrigado por Lerem....
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Atualizado até capítulo 20
Comments
PS Romântico
tá off
2025-03-18
1