Capítulo 13 Extra...

O Domínio do Mestre...

O amanhecer chegou.

Os raios de sol invadiram o quarto, fazendo Satoru abrir os olhos lentamente.

Ele olhou para Mary, ainda dormindo em seu braço.

— Bom dia.

Mary, no entanto, não respondeu—apenas se aconchegou mais em seu peito, fingindo dormir.

Satoru sorriu de canto e beijou sua testa.

— Mimada… Vamos levantar, temos trabalho.

Mary abriu um dos olhos e resmungou baixinho:

— Mestre… tô com preguiça…

Satoru riu baixo.

Ele levantou da cama, segurando-a no colo.

— Eu também… Mas temos um dia corrido.

Antes que Mary pudesse protestar, a porta foi aberta com força.

Bia entrou bufando.

— O que você fez?! Eu não consegui dormir ontem à noite!

Satoru olhou para ela calmamente.

— Bom dia, Bia.

Bia cerrava os dentes, irritada.

— Você estava certo. A guerra já começou na fronteira!

Seu tom era de alarme, de desespero contido.

Ela esperava que Satoru reagisse, mas ele apenas colocou Mary no chão e ajustou sua roupa.

— Tá tudo bem, Bia. Já tenho algumas ideias.

Bia suspirou, impaciente.

— Você não vai fazer nada?! Você é o único que pode salvar a gente!

Satoru sorriu de canto.

— Eu nunca disse que não ia fazer nada.

Ele olhou para o lado.

— Você trouxe roupas?

Bia cruzou os braços.

— Trouxe. Eu ia entregar ontem à noite, mas achei melhor vir pela manhã.

Satoru tocou o ombro dela com leveza.

— Não seja assim, tá parecendo uma velha.

Bia arqueou uma sobrancelha.

— Hã?!

Satoru riu.

— Como uma ex-soldada do Império, você sabe que atirar no escuro não resolve nada. Primeiro, vamos comer alguma coisa.

Bia respirou fundo e olhou para ele com atenção.

Algo estava diferente.

Ela olhou de relance para a sombra de Satoru…

...mas não havia nada de anormal nela.

— Se sua sombra não tá alterada, então acho que não tem problema… Vamos.

Satoru olhou de canto para Mary.

— Se vista. Vou estar esperando você.

Mary assentiu.

— Sim, mestre.

Enquanto ele e Bia saíam, Mary foi até a banheira, onde viu o uniforme de empregada separado para ela.

Havia roupas íntimas novas, um shortinho de renda delicada…

Mary sorriu sozinha.

— O mestre é demais…

Ela se vestiu rapidamente, arrumou o cabelo e se olhou no espelho.

Então, seu olhar ficou sério.

Ela murmurou para si mesma:

— O mestre vai domar uma Demi-humana…

Seu olhar se estreitou.

— Se ela causar problemas… eu quebro ela.

Só de pensar em Satoru fazendo carinho em outra, seu corpo inteiro ferveu.

 

O Café da Manhã

Satoru já estava trocado e sentado com Bia à mesa.

Eles tomavam café da manhã tranquilamente…

Até que Mary apareceu.

— Estou pronta, mestre.

Satoru arredou a cadeira ao lado dele.

— Vem cá.

Quando Mary se aproximou, ele a puxou para o colo.

Ela ficou vermelha na hora.

— Mestre…?!

Satoru apertou o abraço em sua cintura e esfregou o rosto no dela.

— Você está muito fofa.

Mary sentiu seu coração disparar.

— Tô… fofa?!

Bia revirou os olhos.

— Não acha que tá mimando muito ela, garoto?!

Satoru piscou para Bia.

— Tá tudo bem, Bia. Eu te abraço depois.

Bia cruzou os braços e sorriu.

— Não precisa.

Satoru olhou para Mary.

— Tá usando o shortinho? O sutiã tá confortável? Sua coluna não pode ficar torta.

Mary engoliu em seco, envergonhada.

— Estou usando o shortinho… E o sutiã não está desconfortável… Minha coluna está ótima, parece mais leve…

Bia observou a cena.

Ela conhecia a sombra de Satoru.

Já tinha visto o monstro dentro dele.

Mas ali…

Ela via bondade também.

Satoru colocou Mary na cadeira ao lado dele.

— Vamos, Bia. Precisamos dar uma olhada na vila.

Ele olhou para Mary.

— E você, tome um café reforçado. Não quero ninguém tonta de fome.

Mary sorriu sem jeito, olhando para a mesa cheia de pães e frutas.

— Sim, mestre.

 

A Praça de Bay

Quando Satoru saiu do restaurante, uma multidão já o esperava.

Os moradores estavam preocupados, alguns até com medo.

Satoru respirou fundo e seguiu até a praça principal.

Então, falou alto e claro:

— Povo de Bay, eu tenho um anúncio.

A praça ficou em silêncio.

Todos prenderam a respiração.

— Estamos em guerra.

As pessoas se entreolharam, assustadas.

— Como viram na noite passada, fomos atacados.

A tensão crescia no ar.

— Agora, declaro que a vila está fechada.

Os murmúrios começaram.

— Ninguém entra. Ninguém sai.

O choque se espalhou pelo povo.

Eles sabiam o que isso significava.

Fome.

Satoru levantou a mão.

— Mas vocês não precisam se preocupar.

Ele olhou diretamente para os guardas.

— Vamos começar racionando tudo.

Os guardas se alinharam rapidamente.

— Protejam as entradas.

Satoru então olhou para Mary.

— Caso eu esteja fora, Mary assume o controle.

Os guardas se encolheram ao ouvir isso.

Eles se lembravam muito bem da noite anterior.

Mas, sem discutir, assentiram e começaram a se mover.

Foi quando os comerciantes começaram a protestar.

— Moleque, tá querendo falir nossos negócios?!

Bia sentiu na hora.

A pressão aumentou.

A sombra de Satoru se distorceu.

Ele sorriu.

Mas não era um sorriso comum.

Era um sorriso psicopata.

— Interessante.

Os comerciantes sentiram um arrepio na espinha.

Satoru desapareceu.

E reapareceu segurando um dos comerciantes pelo pescoço.

Seus olhos vermelhos brilhavam de fúria.

— Acho que vocês não entenderam.

Ele apertou o aperto.

— Eu não estou preso aqui com vocês.

Seu tom gelado e cruel fez o homem tremer.

— Vocês é que estão presos comigo.

CRACK!

Satoru jogou o comerciante contra o chão.

O impacto criou uma cratera profunda.

Morte instantânea.

O povo percebeu a verdade.

Aquele não era mais o mesmo Ananias, filho de Matias.

Ele era brutal.

Ele era absoluto.

E assim…

A vila se ajoelhou diante do Dominador.

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Comments

PS Romântico

PS Romântico

bom...

2025-03-18

1

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