O Domínio do Mestre...
O amanhecer chegou.
Os raios de sol invadiram o quarto, fazendo Satoru abrir os olhos lentamente.
Ele olhou para Mary, ainda dormindo em seu braço.
— Bom dia.
Mary, no entanto, não respondeu—apenas se aconchegou mais em seu peito, fingindo dormir.
Satoru sorriu de canto e beijou sua testa.
— Mimada… Vamos levantar, temos trabalho.
Mary abriu um dos olhos e resmungou baixinho:
— Mestre… tô com preguiça…
Satoru riu baixo.
Ele levantou da cama, segurando-a no colo.
— Eu também… Mas temos um dia corrido.
Antes que Mary pudesse protestar, a porta foi aberta com força.
Bia entrou bufando.
— O que você fez?! Eu não consegui dormir ontem à noite!
Satoru olhou para ela calmamente.
— Bom dia, Bia.
Bia cerrava os dentes, irritada.
— Você estava certo. A guerra já começou na fronteira!
Seu tom era de alarme, de desespero contido.
Ela esperava que Satoru reagisse, mas ele apenas colocou Mary no chão e ajustou sua roupa.
— Tá tudo bem, Bia. Já tenho algumas ideias.
Bia suspirou, impaciente.
— Você não vai fazer nada?! Você é o único que pode salvar a gente!
Satoru sorriu de canto.
— Eu nunca disse que não ia fazer nada.
Ele olhou para o lado.
— Você trouxe roupas?
Bia cruzou os braços.
— Trouxe. Eu ia entregar ontem à noite, mas achei melhor vir pela manhã.
Satoru tocou o ombro dela com leveza.
— Não seja assim, tá parecendo uma velha.
Bia arqueou uma sobrancelha.
— Hã?!
Satoru riu.
— Como uma ex-soldada do Império, você sabe que atirar no escuro não resolve nada. Primeiro, vamos comer alguma coisa.
Bia respirou fundo e olhou para ele com atenção.
Algo estava diferente.
Ela olhou de relance para a sombra de Satoru…
...mas não havia nada de anormal nela.
— Se sua sombra não tá alterada, então acho que não tem problema… Vamos.
Satoru olhou de canto para Mary.
— Se vista. Vou estar esperando você.
Mary assentiu.
— Sim, mestre.
Enquanto ele e Bia saíam, Mary foi até a banheira, onde viu o uniforme de empregada separado para ela.
Havia roupas íntimas novas, um shortinho de renda delicada…
Mary sorriu sozinha.
— O mestre é demais…
Ela se vestiu rapidamente, arrumou o cabelo e se olhou no espelho.
Então, seu olhar ficou sério.
Ela murmurou para si mesma:
— O mestre vai domar uma Demi-humana…
Seu olhar se estreitou.
— Se ela causar problemas… eu quebro ela.
Só de pensar em Satoru fazendo carinho em outra, seu corpo inteiro ferveu.
O Café da Manhã
Satoru já estava trocado e sentado com Bia à mesa.
Eles tomavam café da manhã tranquilamente…
Até que Mary apareceu.
— Estou pronta, mestre.
Satoru arredou a cadeira ao lado dele.
— Vem cá.
Quando Mary se aproximou, ele a puxou para o colo.
Ela ficou vermelha na hora.
— Mestre…?!
Satoru apertou o abraço em sua cintura e esfregou o rosto no dela.
— Você está muito fofa.
Mary sentiu seu coração disparar.
— Tô… fofa?!
Bia revirou os olhos.
— Não acha que tá mimando muito ela, garoto?!
Satoru piscou para Bia.
— Tá tudo bem, Bia. Eu te abraço depois.
Bia cruzou os braços e sorriu.
— Não precisa.
Satoru olhou para Mary.
— Tá usando o shortinho? O sutiã tá confortável? Sua coluna não pode ficar torta.
Mary engoliu em seco, envergonhada.
— Estou usando o shortinho… E o sutiã não está desconfortável… Minha coluna está ótima, parece mais leve…
Bia observou a cena.
Ela conhecia a sombra de Satoru.
Já tinha visto o monstro dentro dele.
Mas ali…
Ela via bondade também.
Satoru colocou Mary na cadeira ao lado dele.
— Vamos, Bia. Precisamos dar uma olhada na vila.
Ele olhou para Mary.
— E você, tome um café reforçado. Não quero ninguém tonta de fome.
Mary sorriu sem jeito, olhando para a mesa cheia de pães e frutas.
— Sim, mestre.
A Praça de Bay
Quando Satoru saiu do restaurante, uma multidão já o esperava.
Os moradores estavam preocupados, alguns até com medo.
Satoru respirou fundo e seguiu até a praça principal.
Então, falou alto e claro:
— Povo de Bay, eu tenho um anúncio.
A praça ficou em silêncio.
Todos prenderam a respiração.
— Estamos em guerra.
As pessoas se entreolharam, assustadas.
— Como viram na noite passada, fomos atacados.
A tensão crescia no ar.
— Agora, declaro que a vila está fechada.
Os murmúrios começaram.
— Ninguém entra. Ninguém sai.
O choque se espalhou pelo povo.
Eles sabiam o que isso significava.
Fome.
Satoru levantou a mão.
— Mas vocês não precisam se preocupar.
Ele olhou diretamente para os guardas.
— Vamos começar racionando tudo.
Os guardas se alinharam rapidamente.
— Protejam as entradas.
Satoru então olhou para Mary.
— Caso eu esteja fora, Mary assume o controle.
Os guardas se encolheram ao ouvir isso.
Eles se lembravam muito bem da noite anterior.
Mas, sem discutir, assentiram e começaram a se mover.
Foi quando os comerciantes começaram a protestar.
— Moleque, tá querendo falir nossos negócios?!
Bia sentiu na hora.
A pressão aumentou.
A sombra de Satoru se distorceu.
Ele sorriu.
Mas não era um sorriso comum.
Era um sorriso psicopata.
— Interessante.
Os comerciantes sentiram um arrepio na espinha.
Satoru desapareceu.
E reapareceu segurando um dos comerciantes pelo pescoço.
Seus olhos vermelhos brilhavam de fúria.
— Acho que vocês não entenderam.
Ele apertou o aperto.
— Eu não estou preso aqui com vocês.
Seu tom gelado e cruel fez o homem tremer.
— Vocês é que estão presos comigo.
CRACK!
Satoru jogou o comerciante contra o chão.
O impacto criou uma cratera profunda.
Morte instantânea.
O povo percebeu a verdade.
Aquele não era mais o mesmo Ananias, filho de Matias.
Ele era brutal.
Ele era absoluto.
E assim…
A vila se ajoelhou diante do Dominador.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
PS Romântico
bom...
2025-03-18
1