continuação
Lobo narrando
Ela tenta me beijar, mas eu viro o rosto.
— Não beijo puta. — Digo seco.
Gozo, me levanto sem olhar pra trás e vou direto pro banheiro me lavar. Tiro a camisinha e jogo na privada, dando descarga. Sem perder tempo, visto minha roupa.
— Tô vazando. — Solto, sem paciência.
Ela só sorri, como se já esperasse essa atitude. Ignoro. Saio do quarto e volto pro QG. Fico um tempo trocando ideia com os meninos, mantendo a mente longe de qualquer distração. Logo depois, a loira desce, ajeitando o vestido. Nem olho pra ela, só meto o pé pra minha casa.
Lobo narrando
Tranco a porta atrás de mim e solto o ar devagar, tentando aliviar o peso na mente. Mas a paz não dura nem um segundo. Quando levanto o olhar, vejo Sofia descendo a escada.
Ela tá de babydoll, a porra de um pano fino que não esconde nada. O cabelo solto, os olhos ainda meio sonolentos, como se tivesse acabado de acordar. E o pior? Ela nem parece perceber o que isso causa em mim.
Seguro firme o queixo, respiro fundo.
— Que porra é essa? — minha voz sai mais grossa do que eu pretendia.
Ela me olha confusa, depois segue meu olhar e percebe a roupa.
— Eu só desci pra pegar água.
— Porra, Sofia. Assim? — dou um passo pra frente e vejo ela recuar um pouco. — Tu mora com homem, não pode andar assim pela casa.
— Eu esqueci que você ia chegar essa hora. — ela cruza os braços, como se isso adiantasse alguma coisa.
A merda é que eu sei que ela não tá provocando. Não tá jogando charme, não tá fazendo de propósito. Sofia é diferente dessas mulheres que ficam correndo atrás de mim. E é exatamente isso que me deixa assim.
Passo a língua nos lábios, desviando o olhar antes que faça algo que não devia.
— Sobe....agora -- digo Mais antes..
Meu corpo reage no mesmo instante. Vou pra perto dela, puxando-a pra mim, mas assim que encosto nela, ela me encara firme e se solta.
— Tava com... mulher. — Ela diz, a voz carregada.
Meu olhar trava no dela.
— Me solta agora... Me solta. — Ela repete.
Largo seu braço, mas minha expressão endurece. Que porra foi essa? Esse olhar...
— Eu tava no QG. — Digo, como se precisasse me justificar.
— Você não precisa me explicar nada. A gente não tem nada... e nunca vamos ter. — Ela rebate, sem hesitação. Me mede de cima a baixo, e solta um risinho.— Lava o pescoço, tá sujo.
A forma como ela diz isso me trava. Mas antes que ela se afaste, dou um passo atrás dela, seguindo até seu quarto. Ela acha que vai fugir dessa conversa? Não mesmo
Á estou entrando no quarto dela.
Sofia para no meio do quarto e se vira de supetão, surpresa e com raiva ao mesmo tempo.
— Tá maluco? Sai do meu quarto!
Fecho a porta atrás de mim devagar.
— Repete o que tu disse lá embaixo.
— Eu não tenho que repetir nada. Você sabe muito bem o que eu falei.
Dou um passo pra frente, e ela recua.
— Então fala olhando no meu olho, Sofia.
Ela ergue o queixo, me desafiando.
— A gente não tem nada e nunca vamos ter.
Travo a mandíbula. Minha mão coça pra pegar ela de novo, colar esse corpo no meu e tirar essa porra de frase da boca dela.
Ela me afeta. Tá mexendo comigo de um jeito que não devia, e isso me irrita pra caralho.
Mas essa guerra entre nós tá só começando.
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Atualizado até capítulo 27
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