doido por ela

Lobo narrando

Eu não aguento mais. Pego na cintura dela e puxo pra mim. O cheiro dela, esse corpo, tudo nela me deixa fora de mim. Não sei mais o que estou fazendo, não sei mais o que quero. Tudo que eu consigo pensar agora é nela, nesse toque, nessa proximidade.

— Eu tô ficando doido já... — murmurando, mais pra mim mesmo do que pra ela. Mas é a verdade. Eu sinto uma necessidade dela que eu nunca senti por ninguém. Ela me prende de um jeito que eu não consigo mais controlar.

Quero ela. Eu preciso dela. Não sei por quê, mas é mais forte do que qualquer coisa que já senti. Não me importo mais com as consequências. Vou fazer o que for preciso, nem que depois eu me arrependa.

A distância entre nós some, e o que sobra é só o desejo. A raiva que eu sinto por ela, o controle que eu tento manter... tudo se dissolve nesse momento. Só existe ela e eu. Eu vou ter ela, nem que seja no meu jeito torto e destrutivo.

E, no fundo, algo dentro de mim sabe que, no fim, vou me arrepender. Mas isso não importa agora. O que importa é que ela está aqui, na minha frente, e eu não posso mais ignorar o que sinto.

A cada segundo que passa, o desejo dentro de mim fica mais difícil de controlar. A tensão no ar me sufoca. A raiva, a vontade, tudo misturado. Eu não devia sentir isso, não deveria estar tão mexido com alguém. Mas Sofia… ela é diferente.

É como se fosse um daqueles raros momentos em que a frieza que sempre foi minha proteção perdesse um pouco da sua força.

Eu a vejo se afastando de mim, e é como se o mundo perdesse um pouco de cor. Eu sei que tenho que ficar longe, mas não consigo. Eu a puxo de volta, meu corpo fala mais alto do que qualquer lógica que eu tente usar para me proteger.

— Eu sei o que você quer. — Minha voz sai mais grave do que o normal, carregada de tensão.

Ela me encara, mas não diz nada.

— Não tem volta agora. — Sussurro para mim mesmo, tentando me convencer de que não posso me arrepender. Não posso.

Eu a puxo mais perto, meu corpo quente contra o dela. O cheiro da pele dela me invade, e algo dentro de mim quebra. Eu não posso mais me segurar. Olho nos olhos dela, e vejo algo que não sei definir. Talvez medo, talvez desejo, talvez os dois.

— Não foge de mim, Sofia. Não

agora. — Minha voz sai mais rouca, mais baixa. Eu sei que estou indo longe demais, mas não consigo parar.

Ela tenta se afastar, mas é fraca a resistência. Eu aperto mais forte a cintura dela, sentindo o calor do corpo dela contra o meu. Cada movimento meu é impulsionado por um desejo que eu não entendo.

Sofia está tensa, e é como se ela soubesse o que está acontecendo, mas ainda não soubesse como lidar com isso. Ela quer dizer algo, mas o que ela vai dizer? Será que vai me empurrar? Me rejeitar? Ou será que ela vai ceder?

— Me deixa. — Ela sussurra, mas não com tanta força, e isso só me faz querer mais.

Eu me inclino para mais perto, meu rosto quase tocando o dela.

— Você não quer que eu te deixe. — Respondo com um sorriso torto, mais por orgulho do que por certeza.

Ela fecha os olhos por um segundo, como se estivesse tentando se lembrar de quem é, como se tentasse se reconectar com uma parte dela mesma que eu estou fazendo questão de ignorar.

Mas, no fundo, eu sei o que ela está pensando. Ela não está mais só com medo de mim, ela também está com medo de si mesma. E isso só me faz querer tomar mais controle sobre a situação, sobre ela.

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