Capítulo 16

Chegou o sábado e Jeremy terminava de se arrumar para sair. Ronald ainda estava no banheiro, como sempre, ajeitando o cabelo que ele fazia questão de estar impecável.

- Ronald! Pelo amor de Deus sai desse banheiro! Os caras já estão lá esperando e encheram de mensagens no grupo. Disse enfezado. – O Ryan já está enroscado com uma caloura.

Ele saiu do banheiro colocando a jaqueta por cima da blusa de lã, estava frio lá fora. Na realidade ele nem queria ir, precisava estudar, precisava ligar para os pais, mas também precisava relaxar.

- Estou pronto!

- A vaca lambeu seu cabelo? Jeremy gargalhou enquanto Ronald olhava sério.

- Preciso cortar e admita, até com o cabelo lambido eu fico bem! Deu um sorriso maroto.

Jeremy continuou rindo.

- Cara, tá para nascer alguém tão convencido. Ria sem parar.

- Não estava com pressa? Vamos logo! Abriu a porta e saiu para o corredor.

Os dois chegaram e de longe viram Anna esperando, apertava as mãos nitidamente com frio.

- Não acredito que ela está esperando! Jeremy olhou com pena apertando o passo. Assim que chegou, automaticamente tirou o cachecol do pescoço e passou no dela.

- O que está fazendo? Ela olhou estranhando.

- Você está com frio! Não devia estar aqui fora, vamos entrar pegou na mão dela que soltou em seguida.

Ele não olhou para trás, estava envergonhando do comportamento, estava perdendo o controle e precisava de foco para continuar disfarçando.

- Oi, Anna! Não devia ter ficado aqui fora, cadê as suas amigas? Ronald olhou para os lados.

- Já entraram, estão perto das mesas de sinuca. Estava esperando vocês, eu fico tímida nesses lugares. Sorriu.

Ronald revirou os olhos sem paciência, definitivamente ela precisava de freios.

- Vem logo! Ela pegou na mão dele puxando. Ele não acreditou e tentou soltar, mas ela apertou enquanto passavam em frente das calouras.

- Por que fez isso? Ronald perguntou ríspido puxando a mão. – Certo, Anna! Fechou os olhos apertando a ponta do nariz se controlando. – Já te expliquei, somos amigos. Amigos, e isso não vai mudar! Sugiro que olhe para os lados, tem outras pessoas interessadas. Deixou ela ali com cara de tacho.

Saiu rumo às mesas de sinuca para encontrar os outros dois amigos, Ryan que fazia engenharia e Connor que estava cursando medicina. Como Jeremy disse, Ryan estava enroscado com uma caloura e o outro estava preparando o bote.

- Boa noite! Cumprimentou os amigos e acenou para as meninas.

- Oi! Uma delas respondeu com uma voz esganiçada.

Jeremy que chegou depois tapou a boca rindo.

- Cadê suas amigas? Ryan perguntou colocando o cabelo dela de lado, liberando seu ombro.

- Estão na outra mesa! Meninas! Gritou. – Venham aqui! Virou olhando para Ronald e Jeremy.

Duas loiras muito bonitas, chegaram meio oferecidas, sabendo o que queriam. Para as calouras era uma vantagem dormir com veteranos, o primeiro ano servia como uma espécie de competição entre elas.

- Vai ficar com qual? Jeremy virou de costas perguntando para Ronald que deu uma gargalhada.

- Com a da direita, tem os peitos maiores! Sabe que prefiro! Piscou para o amigo.

- Vou deixar para você, a outra é bem gostosa também! Foi em direção da mulher.

Ronald olhou para a outra que o fitava provocante e virou indo para o bar. Sabia que ela viria atrás, gostava disso, uma pequena caça.

A mulher chegou logo depois ficando ao seu lado.

- O que vai beber? Perguntou para a loira falsa, mas muito bonita.

- Cerveja! Sorriu mordendo os lábios, isso não passou despercebido por Ronald.

- Duas cervejas, por favor! Pediu para o barman. Esticou uma para a mulher e ela o puxou de propósito para perto.

- Tudo bem, gato?

Ronald olhou e por pouco não riu.

- Melhor agora. Deu um longo gole na cerveja. – Vai fazer o que quando sair daqui?

- Vou para o meu dormitório? Por quê?

- Posso te acompanhar? Disse safado, grudando o corpo da mulher ao seu.

Ela arfou e o encarou nos olhos.

- Direto você, né? Sorriu tomando um gole da cerveja e passando a língua no bico da garrafa.

Aquela imagem foi direto para o p@u de Ronald.

- E aí?

- Com certeza. Bebeu mais cerveja e continuou rodeando o bico com a língua.

- Está bem chato aqui, o que acha de irmos? Ele falou perto do ouvido da mulher beliscando o lóbulo da orelha com os dentes.

A mulher colocou a cerveja no balcão e virou de costas puxando ele pela mão. Ele acompanhou dando acenando um tchauzinho de longe para os amigos.

- Esse cara é inacreditável! Não faz nem meia hora que chegamos. Connor gargalhou.

- Vem, Connor jogar sinuca comigo! Uma das meninas chamou com voz manhosa.

- Claro, linda! Chegou junto garantindo a noite.

Fora do bar Anna estava encostada em um carro estacionado, saiu do bar assim que viu Ronald no bar com a mulher. Tremia de raiva, precisava se acalmar para entrar no lugar de novo, mas sua vontade era ir dormir.

Ergueu a cabeça olhando para o céu, tentando acalmar a respiração quando viu Ronald saindo de mãos dadas com a mulher. Os dois rindo alegres caminhando rumo aos dormitórios femininos.

- Não é possível! Disse bufando de raiva. – Ele não pode fazer isso comigo, que ódio! Sua vontade era de gritar. – Estou cansada, Ronald, cansada disso! Dizia alto. – Que ódio! Começou a chorar. – Agora é guerra! Você vai pagar cada gota de lágrima que eu derramei por você! Limpou o rosto.

Olhava com o injetado de raiva.

– Você vai ficar comigo ou não vai ficar com ninguém. Saiu andando pisando firme para o outro lado.

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Boa tarde, meninas!

Quero saber o que acharam dos capítulos. Me escrevam nos comentários, por favor! Amo ler vocês!

A Anna não é tão pacata como costuma ser com Ronald e os outros. O Ronald que se cuide.

E dona Helena se mostrando um bagre ensaboado, o que será que ela esconde? Estou vendo algumas teorias, continuem investigando, às vezes, o que parece não é! 😉

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Amanhã tem mais, amadinhas! 😘

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