A manhã do meu casamento estava ensolarada, e meu coração quase explodindo de felicidade. Era o dia que sonhei tantas vezes, o começo de uma nova fase ao lado de Draven. Embora houvesse um nervosismo natural em mim, ele se misturava com a alegria de saber que hoje me tornaria esposa do homem que tanto admirava.
Sentei-me na cadeira disposta no centro do quarto, enquanto a equipe de maquiadores e cabeleireiros trabalhava ao meu redor. Eles ajustavam pincéis e separavam instrumentos como se fossem artistas diante de uma tela em branco.
Estava vestida com um vestido simples de cetim branco, com mangas longas e delicadas rendas nos punhos, que brilhava sob a luz natural que entrava pela janela. Meu vestido de noiva estava pendurado próximo à cama, parecendo flutuar no ar. Era a peça mais linda que já vi: um corpete coberto por rendas finas e bordados em pedrarias que refletiam a luz, enquanto a saia, feita de tule em camadas suaves, parecia capturar a essência de um sonho.
— Está pronta para se tornar a noiva mais linda que já vimos? — perguntou Lanne, a cabeleireira, enquanto começava a separar minhas mechas de cabelo, me fazendo tirar os olhos do meu vestido.
— Pronta — respondi com um sorriso tímido. Mesmo com toda a preparação, ninguém está realmente pronta para um momento como este.
Enquanto Lanne trabalhava em meus cabelos, prendendo-os em um coque elegante adornado com grampos de pérolas, minha mente viajava para o que estava para acontecer. Eu me perguntava como seriam os dias ao lado de Draven. Como seria nossa rotina, o café da manhã que eu prepararia, e as pequenas coisas que aprenderíamos um sobre o outro ao longo do tempo, a bela família que formaremos e nossos filhos correndo pela nossa casa. É um sonho, meu sonho.
O perfume do spray de cabelo misturava-se ao leve aroma das flores do meu buquê, que descansava em uma mesinha ao lado. Quando Lanne terminou o penteado, a maquiadora começou a trabalhar no meu rosto.
Seus pincéis deslizaram pela minha pele com delicadeza, aplicando uma base leve, blush rosado e um batom nude que harmonizavam perfeitamente. Ela destacou meus olhos com sombras suaves e um delineado sutil, que os fazia parecer maiores e mais brilhantes.
— Você está radiante — disse a maquiadora, segurando um espelho para que eu me visse.
Observei meu reflexo e, pela primeira vez, me senti plenamente conectada com o momento. A mulher que olhava para mim no espelho era exatamente como eu imaginava que uma noiva deveria ser: confiante, elegante e radiante.
Logo, a equipe se afastou para dar espaço ao vestido. Duas funcionárias me auxiliaram a vesti-lo com cuidado, ajustando cada detalhe com mãos habilidosas. Quando finalmente fiquei pronta, elas recuaram, admirando o resultado.
— Perfeito — disseram em uníssono.
Meu pai entrou no quarto nesse momento, parando na porta com os olhos cheios de emoção.
— Você está deslumbrante, minha filha — disse ele, a voz embargada.
— Obrigada, pai — respondi, segurando levemente sua mão.
— Vamos, está na hora — minha mãe anunciou da porta, com um sorriso que não escondia sua própria emoção.
Peguei meu buquê, um arranjo delicado de rosas-brancas e lírios, e respirei fundo antes de segui-los. O tempo parecia correr mais rápido enquanto me levavam até o carro que nos conduziria à igreja.
O veículo, um modelo antigo decorado com laços brancos e pequenos arranjos florais, deslizou pelas ruas tranquilamente. Meu coração batia acelerado a cada quilômetro que nos aproximávamos da igreja.
Quando chegamos, as portas estavam abertas, revelando um corredor decorado com arranjos de flores brancas e velas em candelabros dourados. A música começou a tocar, suave e cheia de graça, criando uma atmosfera mágica que parecia envolver a todos.
Respirei fundo, ajustando o véu e segurando meu buquê com firmeza. Meu pai me ofereceu o braço, e juntos começamos a caminhar pelo corredor.
As pessoas se levantaram em seus lugares, e todas as atenções se voltaram para mim. Era um mar de rostos conhecidos e sorrisos afetuosos, mas meus olhos estavam fixos em Draven.
Ele estava no altar, imponente e elegante em seu terno preto perfeitamente ajustado. Seu rosto era uma máscara de serenidade, com aquele sorriso mínimo que ele sempre carregava, nunca um sorriso completo, mas ainda assim, significativo. Era como se ele estivesse exatamente onde deveria estar, no controle de tudo.
Meu coração acelerou ao vê-lo. Havia algo nele que sempre me deixava curiosa, algo que parecia me chamar para mais perto, mesmo que eu não soubesse exatamente o porquê.
Cada passo parecia eterno, mas, finalmente, cheguei ao altar. Meu pai entregou minha mão à de Draven, e ele a segurou com firmeza. Seu toque era frio, mãos gélidas, mas reconfortante de uma forma que eu não conseguia explicar.
— Você está linda — ele murmurou, a voz baixa para que só eu ouvisse.
— Obrigada — respondi.
O celebrante começou a cerimônia, e suas palavras ecoaram pela igreja, misturando-se com a música suave e o leve burburinho das conversas dos convidados. Meus olhos estavam fixos nos de Draven, buscando algo que parecia sempre estar fora de alcance, mas que, de alguma forma, me atraía.
Quando chegou o momento de trocar os votos, senti minha mão firme ao segurar o anel. Falei com clareza, minhas palavras vindas do coração. Draven, por sua vez, falou com uma convicção que era, ao mesmo tempo, impressionante e enigmática, como se tivesse planejado cada palavra cuidadosamente.
Coloquei a aliança em seu dedo, e após ele fez o mesmo comigo. Draven inclinou a cabeça e beijou o nó dos meus dedos. O celebrante nos declarou casados, e os aplausos ecoaram pela igreja como uma onda de emoção.
Caminhamos juntos pelo corredor, de braços dados, enquanto pétalas de flores caíam ao nosso redor. Apesar do nervosismo inicial, agora eu estava feliz, pronta para o que o futuro traria para nós dois.
— Viva os noivos — gritavam os convidados, aplaudiam e jogavam mais pétalas de rosas.
Assim que nos reunimos na festa, as mulheres se reuniram atrás de mim, e eu me preparei para jogar o buquê. Contei do 1 ao 3 de costas e me preparei para jogar o buquê para trás. E quem pegou? Uma mulher desconhecida. Não vi ela na igreja, nem no meio das mulheres quando estava me preparando para jogar o buquê, e muito menos havia convidado ela.
— Eu peguei — disse ela com um sorriso tranquilo nos lábios.
A multidão de mulheres que estavam ali para pegar o buquê, se desfizeram enquanto murmuravam baixinho, enquanto a mulher desconhecida, passou por mim, entrou em um carro e foi embora. Eu fiquei observando ela, até o seu carro finalmente desaparecer.
— Vamos! Temos nossa lua de mel. — escutei a voz de Draven atrás de mim tempo depois, me tirando dos meus devaneios.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Anonyamor
Ninguém viu isso? Não percebeu que após s mulher pegar o buquê foi embora do nada ???
O Draven todo poderoso não acha estranho essas coisas estarem acontecendo ???
2025-04-01
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Rosilene Narciso Lourenco Lourenco
pobre Luci encantada com o Draven sem saber o verdadeiro motivo desse casamento.
2025-01-16
2
claudia gomes
olha to nervosa cm essa Lua de Mel deles. essa mulher deve ser alguma vampira do passado.
2025-04-11
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