Na cama, Niel deitou-se virado para o lado, mas logo percebeu algo diferente. Gusta não estava abraçando ele como de costume. O silêncio no quarto começou a incomodá-lo, e ele não conseguiu evitar perguntar:
— Por que você não está me abraçando?
Gusta, que estava deitado de costas, suspirou e virou a cabeça para olhar para Niel.
— Ok, vou te abraçar — disse ele, mudando de posição para puxar Niel para perto.
Porém, algo no gesto de Gusta parecia contido, e Niel percebeu isso imediatamente.
— Por que você está se segurando? — perguntou Niel, inseguro. — Eu posso fazer isso, você sabe... Sexo.
Gusta ficou em silêncio, sem responder nada, apenas mantendo o abraço mais frouxo do que o normal.
O coração de Niel começou a bater mais rápido, e uma onda de insegurança tomou conta dele. Ele mordeu o lábio, evitando olhar para Gusta. Será que ele não gosta mais de mim? Será que eu não sou o tipo dele?
A dúvida o corroía por dentro, mas ele não sabia como expressar isso.
— Gusta... — Niel chamou baixinho, com a voz trêmula. — Você está... diferente.
Gusta ainda ficou quieto por alguns segundos antes de finalmente responder:
— Não é isso, Niel. Eu só... tive um dia complicado.
A resposta não convenceu totalmente Niel, mas ele não quis insistir. Apenas se aconchegou mais no abraço, tentando ignorar a sensação de que algo estava errado.
Niel começou a se esfregar contra Gusta, provocando-o de forma sutil, mas insistente. Ele sentia o silêncio de Gusta, mas não parava, achando que isso talvez o fizesse reagir.
Porém, Gusta, com um gesto inesperado e agressivo, segurou o braço de Niel firmemente, puxando-o para si. Seu olhar parecia diferente, mais intenso, e sua voz soou mais grave:
— Eu estou me segurando porque você teve um colapso emocional hoje. Mas eu não sou de ferro.
A pressão no pulso de Niel aumentou, e ele começou a sentir dor.
— Meu braço... está doendo — disse Niel, tentando afastar a mão de Gusta.
Gusta riu, mas não de forma acolhedora. — É mesmo? E eu com isso?
Os olhos de Niel se arregalaram de medo, percebendo a mudança de tom em Gusta. Ele tentou recuar.
— Gusta, chega, eu não quero mais — disse Niel, a voz trêmula.
— Agora você não quer mais? — respondeu Gusta, mantendo o aperto no braço dele. — E se eu quiser fazer agora?
Lágrimas começaram a escorrer dos olhos de Niel. Ele tentou se afastar, mas o medo o paralisava.
— Por favor, para... tô com medo... — implorou Niel, a voz quase um sussurro.
Gusta o encarou, seu olhar ainda intenso, e disse:
— Tá com medo, é? Eu nem comecei...
Niel começou a se encolher debaixo do cobertor, os soluços escapando enquanto ele tremia. Foi só então que Gusta pareceu perceber o que estava fazendo. Ele soltou a mão de Niel imediatamente e passou a mão pelo próprio rosto, visivelmente frustrado consigo mesmo.
— Me desculpa... — disse Gusta, com um tom mais baixo, quase arrependido.
Niel virou-se, escondendo o rosto debaixo do cobertor, tentando controlar o choro.
Gusta ficou sentado na cama por um momento, esfregando a testa com força, como se estivesse tentando se acalmar. Então ele murmurou:
— Se você está assustado com apenas isso, deveria ter mais cuidado com quem faz essas brincadeiras.
Depois de um longo silêncio, Gusta suspirou e se deitou ao lado de Niel. Ele tentou abraçá-lo, mas Niel encolheu-se ainda mais debaixo do cobertor e murmurou, com a voz embargada:
— Por favor, não me abraça. Eu não quero mais.
Gusta recuou, respeitando o pedido, mas sentiu o peso das próprias ações. Virando-se de lado, ele disse com um tom de arrependimento:
— Niel, me desculpa pelo que aconteceu... Por favor. Se você não quiser me perdoar, só me diga. Eu vou embora.
Niel permaneceu em silêncio, escondido debaixo do cobertor, sem conseguir dizer uma palavra. Ele queria perdoar, mas o medo e a confusão o deixavam imóvel.
Gusta esperou por alguns segundos antes de se levantar. Ele vestiu sua camisa e sapatos com movimentos lentos, mas decididos, e começou a caminhar em direção à porta.
— Eu vou embora — disse ele, pegando na maçaneta.
As palavras ecoaram no silêncio do quarto, e Niel sentiu o coração apertar. Ele não queria ficar sozinho, ainda mais naquela situação.
— Não vai... — disse Niel, com a voz fraca, ainda debaixo do cobertor. — Por favor, fica comigo. Não me deixe sozinho. Eu tô com medo...
Gusta parou por um momento, mas não olhou para trás.
— Tenho que resolver algo urgente — disse ele, sem emoção na voz.
A porta se abriu, e Niel ouviu os passos de Gusta se afastando. Ele tirou o cobertor de cima de si, com o rosto marcado pelas lágrimas, e gritou desesperado:
— Por favor, não vá!
Mas a porta se fechou antes que ele pudesse alcançar Gusta. O som ecoou pelo quarto, deixando apenas o silêncio e a escuridão. Niel ficou parado ali, olhando para a porta fechada, enquanto um nó apertava cada vez mais seu peito.
Sentou-se no chão, abraçando os joelhos, e sussurrou para si mesmo:
— Por que ele foi embora? Por que eu sempre acabo sozinho?
As lágrimas voltaram a cair, enquanto a solidão e o medo tomavam conta dele mais uma vez.
Niel, desesperado, pegou o celular com as mãos tremendo e tentou ligar para Gusta. O som de chamada tocava repetidamente, mas nenhuma resposta vinha do outro lado. Ele insistiu mais uma vez, mas nada mudou. Com um soluço, deixou o celular cair no chão, o barulho ecoando pelo quarto vazio.
As lágrimas escorriam livremente por seu rosto enquanto ele sentia o desespero de estar sozinho. Ele abraçou o próprio corpo, buscando algum conforto, mas foi interrompido por uma batida na porta.
Esperança acendeu em seu peito, e ele correu até a porta, com a certeza de que era Gusta voltando. Abriu a porta rapidamente, mas, para sua surpresa, lá estava Deymon, com sua roupa de academia, visivelmente suado, mas com um sorriso no rosto.
— Niel, sua casa é muito longe... — começou Deymon, mas antes que pudesse terminar a frase, Niel o agarrou pela camisa.
Sem pensar, Niel se jogou no colo de Deymon, segurando-o firmemente, e o beijou com intensidade. Deymon, surpreso no início, logo aceitou o gesto, correspondendo ao beijo com a mesma paixão.
Os dois ficaram ali, na entrada da casa, envolvidos no calor do momento. Deymon segurava Niel pela cintura, enquanto o beijo se tornava mais profundo e intenso.
Quando finalmente pararam para respirar, Deymon olhou nos olhos de Niel, ainda surpreso, mas com um sorriso no rosto.
— Não que eu esteja reclamando, mas o que foi isso? — perguntou ele, ainda segurando Niel no colo.
Niel colocou um dedo nos lábios de Deymon e sussurrou, ainda ofegante:
— Fique quieto...
Sem esperar resposta, ele voltou a beijá-lo, mais intensamente dessa vez. Deymon se deixou levar pelo momento, fechando a porta com o pé enquanto segurava Niel pela cintura. Eles se moviam com urgência, como se cada toque e cada beijo fossem necessários para aliviar a tensão que ambos carregavam.
Niel o guiou para o quarto, e os dois caíram na cama, ainda entrelaçados. As mãos de Deymon exploravam as costas de Niel, enquanto ele respondia com carícias igualmente intensas. Eles se perderam no momento, cada movimento sincronizado como se fossem feitos um para o outro.
A respiração ficou mais pesada à medida que os toques se tornavam mais ousados, mas ainda respeitavam a linha de desejo e consentimento. Deymon olhou para Niel por um momento, sorrindo.
— Você é incrível — murmurou, antes de voltar a beijá-lo com fervor.
Niel fechou os olhos, permitindo-se esquecer tudo por um breve instante. Era como se, naquele momento, o mundo lá fora não existisse, e tudo o que importava fosse a conexão que sentia.
Eles passaram a noite juntos, explorando aquela nova intensidade entre eles, descobrindo-se de uma forma que nenhum dos dois havia experimentado antes. Foi um momento de entrega mútua, onde a paixão falou mais alto do que as palavras.
Quando tudo terminou, ambos ficaram deitados lado a lado, ofegantes e em silêncio, apenas olhando para o teto. O peso de tudo o que aconteceu finalmente começava a cair sobre Niel.
Continua....
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Bk Ms
q fofo ele está com medo/Smile/
2025-01-07
2
Luck-adoro bl❤️🖤🌹
pqp agr quem tá chorando só eu 😭😭😭😭
2024-12-31
1
Luck-adoro bl❤️🖤🌹
ihhhh vai começar
2024-12-31
1