Assim que conseguiu fazer a sua irmã sair dali, tratou de se arrumar. Iria lá jantar e voltar para casa, não queria complicação para o seu lado. Ainda mais agora que todo o mundo sabia sobre os dois.
Estava cansado demais naquele dia, e não via a hora de poder se deitar. Entretanto, tinha um jantar na sua casa e precisava estar lá, afinal seria um jantar de negócios. Mas estava doido para ficar a sós com Kiara, desejava ficar ao lado dela diariamente e envolvê-la nos seus braços.
Escolher viver um amor envolvente é quase que uma escolha involuntária. Afinal, quando ele chega, se tornam tão visíveis as faíscas desse encontro, que tudo fica em chamas. No peito, uma enorme fogueira se acende, e tudo fica à flor da pele.
Por vezes, fico pensando na sorte que tive de encontrá-la. Entre a gente, tudo é muito, e nada é limitado. Toda a fresta de luz é razão de encontro e sentido, e justamente por isso seguimos juntos, vivendo e compartilhando os resquícios do que foi o encontro do nosso envolvente amor. Nada, em hipótese alguma, consegue se comparar a intensidade de um grande amor.
Assim que terminou de se arrumar pode ouvir o barulho de gente chegando, se apressou e desceu. Ficou encantado quando a viu, naquela noite ela estava incrível usando um vestido jeans de alcinha e o cabelo estava solto. Era impossível não se encantar com a simplicidade de Kiara, ela sabia deixá-lo totalmente fraco.
Sorriu quando os seus olhares se encontraram e só então viu que todos estavam observando, tratou de cumprimentar todos e seus pais que tomaram a frente oferecendo bebida, aproximou dela.
- Mudou de ideia?
- Seria indelicado deixar outro jantar novamente.
- Ficou com medo de eu aparecer por lá?
Ela sorriu.
- Eu não tenho medo de você.
- Eu sei.
O jantar foi servido em quinze minutos, os seus pais haviam cozinhado com a ajuda dele, mas não estava tão empolgado assim em ficar ali, afinal estava sendo vigiado pelos pais e por Marcello o que o deixou ainda mais constrangido.
Por sorte ocorreu tudo tranquilo e o assunto girou em torno dos negócios, depois sua mãe começou a contar sobre como sobreviverá longe dali e até da sua infância ela contou, o que foi super chato.
Depois do jantar todos foram para a sala beber enquanto conversavam, estava tudo perfeito até a sua mãe decidir abrir a boca.
- Marcello e sua mulher, o que aconteceu?
— Bem, ela faleceu quando Annabel tinha cinco anos. – Marcello contou. – Estava doente.
- Sinto muito. Ainda bem que conseguiu seguir com a vida e com certeza não deve ter sido nem um pouco fácil.
- Não foi. Mas Kiara vem me ajudando com que pode. – Ele sorriu para a filha. – Tenho muita sorte por tê-las.
- Ah sim.
- Quando nós pensamos que os nossos filhos estão criados, aí vem algo e nos mostra o contrário. – O Sr. Pellegrini falou.
Chris balançou a cabeça e franziu o cenho.
- E lá vem o senhor com isso, já basta a mamãe. — Ele resmungou.
- Querido, ninguém está a insinuar algo a você.
- E a quem se referia? A Júlia, aposto que não. — Ele disse incrédulo. – Já falei para parar de se intrometer.
- Está sendo grosseiro, Christopher. – Sua mãe disse.
- Eu? A senhora nem queria voltar para cá e agora fica aqui me repreendendo por tudo o que faço. – Ele bebeu um gole da bebida. – E eu estou sendo grosseiro da história.
- Está se exaltando, querido.
- Ah, para! Desculpa Shelby por isso..., mas para mim já deu. – Ele falou fazendo menção de sair da sala. – Acho melhor eu dar uma volta.
- Chris...
Sua mãe o chamou, mas não deu muita atenção e saiu assim mesmo. Pode ouvir a conversa um pouco mais não se importou de ir lá e acabar com toda aquela palhaçada. Seus pais desde do dia em que ele e kiara tinham sido pegos fazendo coisas inusitadas na cozinha que não pararam de falar na cabeça dele todos os dias e para deixar claro já estava perdendo a paciência com aquela história toda, por isso não via a hora de poder assumir para todo mundo que ambos sentiam algo um pelo outro, pelo menos da parte dele sim.
Todo o encontro de um amor é de tirar o fôlego. Sentir a intensidade chegando aos poucos, mas se tornando muito. Sentir o corpo mudar ao lado desse alguém, e observar a mente voando para longe, rodeada de mil pensamentos de amor e de paixão.
Kiara reacende em mim todas as qualidades que tinha e não lembrava. Ou tinha e não acreditava. Fico impressionado com a sua capacidade amorosa, de reconhecer diariamente a luz que adentro de mim. É preciso muita sensibilidade e amor envolvente, para saber enxergar com carinho a entrega do outro, e por fim, entregar-se em conjunto.
Viver um amor é sentir disposto. É encarar o que não agrada com empatia e carinho, pois existem características do outro que são colocadas à prova paranós podermoss trabalhar internamente. O amor é uma imensa troca, e somente os casais mais corajosos, não se deixam assustar por essas descobertas.
Acendeu um cigarro ao ir até à área de lazer que nem usada por ele ainda tinha. E nem tinha vontade de usar, pelo menos não agora.
Contemplou as estrelas e imaginou se estivesse em Londres a uma hora dessa, com certeza estaria a trabalhar como sempre fizera, apesar da mudança de rotina que tinha ali, gostaria de voltar a fazer o que mais gostava. Cozinhar. Mesmo que cozinhasse ali, não era a mesma coisa. Tinha vontade de abandonar tudo aquilo e voltar a ter a sua vida de volta, mais lembrava de kiara e tudo o que vinha na sua cabeça ia embora e não poderia simplesmente fugir e esquecer que estava envolvido com uma mulher incrível que entrara como um furacão, mudou tudo de lugar quando chegou com esse amor envolvente. E eu, desprovido de tudo, me senti atingido pela sua intensidade. Intenso que sou, compartilhei desse mesmo sentimento, que nos trouxe hoje até aqui vários anos depois.
Ao dar uma tragada, notou que não estava mais sozinho. Ela estava ali parada olhando para ele sem sinal de preocupação.
- Oi.
- Oi. Como conseguiu sair de lá sem... que fizessem perguntas?
- Disse que iria embora para casa.
Ele sorriu.
- Sabe sempre pensei que você era um cara chato da porra e hoje não tive a menor dúvida. – Ela comentou deixando-o sem jeito. – Deveria ter ficado de boca calada.
- Pelo jeito você não se importa.
- Eu me importo muito com a minha reputação. Já que sua mãe faz questão de que todos saibam disso todos os dias. – Ela falou se aproximando dele.
- Só há um jeito de acabar com isso. Podemos dar um fim nisso tudo é um ir para o seu canto.
Chris forçou um sorriso e suspirou ao passar a palma da mão pelo rosto dela.
- Não me peça para se afastar... – ele aproximou os lábios dos dela sem encostar. – Por favor...
Chris a beijou com uma intensidade e paixão, no começo foi um beijo suave. Kiara gemeu ao sentir a mão dele acariciar os seus seios por sobre o vestido, ele enlouquecia e sabia que não faria nada que impedisse aquele contato entre ambos.
- Diz que me quer, Kiara? – pediu ele um sussurro.
- Chris...
- Diz que o que sentimos não pode acabar assim.
- Se sabe que não podemos...
- Acho que é tarde para dizer isso.
Ela sorriu.
- Chris...
- Kiara...
Sem se importarem com quem aparecesse, ficaram ali batendo papo enquanto trocavam caricias e beijos sentados na beira da piscina, passaram horas ali falando sobre o jantar e depois perceberam que tinham mais coisas em comum do que parecia. Por fim, ao invés de cada um ir para o seu canto, conseguira convencê-la em ir para o quarto dele e brincarem um pouco.
No dia seguinte de sábado, kiara levantou-se cedo e saiu antes que qualquer um daquela casa há visse por ali, pode se despedir de Chris e combinaram de saírem juntos depois do trabalho.
Em um decimo de segundo já é capaz de processar uma primeira impressão de alguém. Quando eu o vi bastou esse decimo para perceber que Chris tinha o sorriso mais bonito e o olhar mais encantador, bastou essa fração de segundo para que o meu coração se apaixonasse perdidamente e se entregasse a esse amor.
Achamos que o amor é o tipo de coisa que acontece em um parque, na fila da padaria ou na porta de casa, mas não, o amor acontece quando menos esperamos e da maneira mais improvável. Foi assim, durante um jantar, que nossos lábios embriagados se encontraram pela segunda vez e como um filosofo que encontra um sentido para a vida, meu coração encontrou o seu e o amor brotou, cresceu, criou raiz e nos mantem juntos.
Quando chegou em casa, subiu direto para o seu quarto e trocou de roupa o mais rápido que pode e estava chegando no galpão quando Pedro estacionou a moto dele e veio ao seu encontro.
- Bom dia!
- Bom dia.
- Ei, eu e uns amigos vamos sair hoje a noite. Quer vir comigo se não tiver ocupada? – ele a convidou.
- Ah, eu não sei.
- Entendi.
- Estou cansada... e preciso dar um jeito no meu quarto.
Ele fez careta.
- Ainda deixa o seu quarto uma zona?
- Sim. Hábitos que nunca morrem.
Ambos riram, mas Pedro parou ao ver que Chris parava o carro ao lado da moto dele.
- Bem, preciso ir trabalhar.
- Certo.
Kiara sorriu quando seus olhares se encontraram e qualquer um que os vissem agora não duvidariam que ambos estavam tendo mesmo um caso.
- Bom dia!
- Bom dia, chefe.
Chris sorriu e olhou em volta antes de se aproximar dela, sussurrou.
- Podemos conversar... em particular.
- Ah claro.
Assim que ficaram as sós na sala, Chris a beijou. Estavam quase se entregando a paixão quando foram interrompidos por uma batida na porta, se recompor antes de Chris abrir a porta. Era a mãe dele para variar.
- Ah você está aqui. – A mãe dele falou com desdém. – Bem, preciso falar de negócios se vocês não se importam.
- Claro.
Kiara saiu da sala deixando os a sós, o dia passou tranquilo e pelo jeito a Shelby ainda estava ali e mesmo que quisesse manter longe de qualquer um por ali, foi pega olhando para Chris que falava ao celular.
- Fez uma boa escolha.
Kiara deu uma olhada de relance para Shelby que sorria.
- Não sei do que está falando?
- Não seja boba. Sei que há alguma coisa entre vocês, vi isso no jantar. – Shelby suspirou. – Os olhares eram mesmo intenso.
- Seu noivo não se incomoda de você viajar sem ele?
- Não. Viagens a negócios nunca incomoda um ao outro.
- Que bom para você.
- Não deixe nada e nem ninguém atrapalhar isso... – Shelby fez um gesto com a mão. – Chris é um ótimo homem e tenho certeza que será feliz se escolher ficar com ele.
Kiara observou-a se afastar. Voltou ao seu serviço e por incrível que pareça a hora passou rápido, o bom era que só trabalhavam até o almoço. Estava saindo quando Chris aproximou dela e ofereceu carona, que acabou aceitando, mais só percebeu que estavam sendo observados por Pedro quando ambos entraram dentro do carro e trocaram um beijo.
Sabia que não deveria mostrar aquele tipo de coisa ainda ali no serviço e mesmo que dentro do carro, havia esquecido que poderiam ser pegos, e quando Chris fez a manobra para sair, Pedro estava sério.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Graça Lobo Sales
esse Pedro também não tem nada que se envolver ele não é namorado dela
2025-01-08
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Cecilia geralda Geralda ramos
sai fora Pedro não atrapalha os adolescentes de mais de 21 anos por favor 😂
2025-01-01
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Neide Lima
esse Pedro vai dar problema 🤔
2024-12-28
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