Chris levantou-se cedo, aproveitaria aquele domingo para correr e a tarde tentaria fazer alguma coisa produtiva, o tédio de ficar sozinho estava o matando. Colocou uma roupa esportiva e pegou o celular, gostava de se exercitar escutando música, só para descontrair.
Estava correndo já uns vinte minutos quando viu Kiara saindo do chalé e indo até uma árvore, quando percebeu que estava sendo observada, parou e olhou para ele, sem deixar quieto levantou a mão e cumprimentou a que acabou fazendo um pequeno aceno.
Aproveitou que ninguém estava por ali, correu até ela, mas ao se aproximar percebeu que não deveria ter feito isso. Kiara pareceu desconfortável quando ele se aproximou, porém, tentou ser agradável.
- Bom dia!
- Bom dia.
- Levantou- se cedo num domingo?
- Não tem muito o que fazer... e você por que se levantou cedo num domingo?
Ele sorriu.
- Gosto de me exercitar...
- Eu percebi.
- Não tem muito o que fazer por aqui.
Ela deu de ombros e forçou um sorriso.
- Eu disse.
- Se quiser ir lá em casa... bater um papo. É um tédio ficar naquela casa sozinho.
- Sei.
- É sério. Parece um museu aquele lugar... não aguento ver as fotos da minha mãe quando era criança, parece que estou vendo minha irmã. – Ele contou fazendo com que ela risse. – Meu avô era um maníaco?
- Não que eu saiba.
- Quer almoçar lá em casa?
Chris sabia que não deveria ter feito aquele convite assim tão de repente, mas estava mesmo doido para ficar sozinho com ela, nem que fosse apenas para um almoço.
- Você vai cozinhar?
- Provavelmente.
Ela sorriu.
- Vai fazer Bruschetta?
- Ah... não.
- O que vai preparar?
Chris franziu as sobrancelhas.
- Não sei.
Kiara hesitou e fez menção de se afastar, mas apenas sorriu para ele e disse.
- Eu gosto muito de Ravióli.
- Quer dizer que vai almoçar comigo?
- Eu não sei. Talvez.
- Posso contar com você no almoço?
Ela deu de ombros e sorriu, mas sem responder há ele se afastou deixando a conversa no ar. Mas aquele último sorriso já dizia tudo, ela havia aceitado almoçar com ele.
Observou-se a se afastar antes de terminar sua corrida. Correu mais por alguns vinte minutos e voltou para casa onde tomou banho, e foi direto para a cozinha. Ela havia dito que gostava de Ravióli, então faria isso já que queria agradá-la pelo menos uma vez. Mesmo confuso por ela ter aceitado em vim almoçar com ele, ainda estava meio que indeciso se era isso mesmo que tinha entendido, esperava que não fosse nenhuma brincadeira dela.
Estava quase terminando de fazer o molho para o ravióli quando ouviu o barulho da porta. Havia feito a massa como sempre fazia no restaurante, pois sabia que nada melhor do que comer algo fresco.
Foi até a porta, e se surpreendeu com Kiara ali. Ela estava linda como sempre, usava um vestido floral tipo godê e os cabelos estavam soltos.
- Você veio?
Ela sorriu assentindo.
- Mudou de ideia?
- Não! – ele exclamou olhando para fora. - Entra, estou terminando de fazer o molho.
Kiara seguiu-o até a cozinha, sabia que o cheiro estava bom, pois dava para sentir lá da frente.
- Uau! O cheiro está bom.
- Achei que você não viria.
- Então, não fez comida para dois? – Ela perguntou olhando em volta.
- Sim.
Assim que ele terminou de preparar, ela ajudou o arrumar a mesa. Sabia que na hora em que ele havia convidado para ir almoçar na casa dele, achou a ideia ridícula, mas precisava saber quais eram as intenções dele, se planejava a ficar na cidade ou se iria abandonar tudo. Não era certo o que estava fazendo, mesmo sabendo que o seu maior desejo no momento era conhecer e estar nos braços dele, o que era totalmente inapropriado. Não podia se envolver com o seu chefe, mas a atração que sentia em relação há ele era imenso, desejava estar com ele, até coisas impróprias que ela já havia imaginado estar fazendo com ele.
Nem ela sabia o que estava acontecendo com ela. Nunca havia agido assim, e muito menos aceitará convites assim para somente a dois.
Assim que ambos terminaram de ajeitar a mesa, ele serviu a entrada que foi abobrinha recheada, o que estava maravilhoso, depois se surpreendeu quando ele apareceu com os raviólis.
Ela sorriu.
- Você disse que gostava.
- Sim. Mas não imaginei que faria mesmo.
- Eu preparo qualquer coisa que você goste. – Ele respondeu sem tirar os olhos de cima dela. – Quer vinho?
- Não... sou fã de vinhos.
- Tem medo de beber muito?
- Na verdade, nunca cheguei a tomar vinho.
Ele arregalou os olhos surpreso.
- Sério?
- Sim.
- Por quê?
- Não acho que precise beber algo assim...
- Você é italiana. Não há nenhum italiano nesse mundo que não goste de beber vinho. – Ele falou.
- Sou uma italiana rara.
- Você é esquisita isso sim.
Kiara o fuzilou, incrédula.
- Você já reparou que também é esquisito? – indagou, olhando para ele. – Você corre de manhã, e usa roupas nada legal.
Chris hesitou confuso e sorriu.
- Isso não é ser esquisito. Eu corro para manter a forma e fazer bem para a saúde. E minhas roupas são normais, qualquer um usa isso.
- Só se for em Londres.
- Para vai. Não arrume mais desculpas para sua esquisitice.
Ela riu.
- Você é muito chato.
- E você continua sendo esquisita. – Ele disse, enchendo o copo dela de vinho. – Toma um golinho para adoçar a sua esquisitice.
- Não vou tomar isso.
- Experimenta apenas um gole. Não vai morrer se beber um gole de vinho.
Ela fez careta e por fim tomou um gole da bebida. Não era ruim, mas também não era algo necessário beber. Ela nunca experimentará bebida não por ninguém oferecer, era por opção mesmo. Sua mãe havia adoecido após ter tomado tanto bebida alcoólica e desde então decidiu que não iria beber algo que tinha álcool.
- Então, o que achou?
- Não é tão ruim.
- Viu, não é tão ruim.
- Quem ensinou você falar o italiano tão bem? – Ela perguntou mudando de assunto.
- Meus pais. Meus pais saíram daqui, mas não abandonaram suas raízes. – Ele contou. – Eu e minha irmã crescemos aprendendo tudo em italiano.
- Seus pais não vão vir para cá?
- Eu não sei.
Ele a encarou, só então notou que estava bebendo vinho mais do que deveria.
- Até que não é ruim beber vinho e comer ravióli de outra pessoa é melhor ainda.
- Que bom que gostou.
- Você já viu a adega do Marcus?
- Tem uma adega aqui?
- Sim.
Kiara levantou-se sorrindo e Chris a seguiu. Ela pegou a chave dentro de algo que tinha em cima da lareira e mostrou há ele, antes de seguir em frente. Foram pelo corredor no andar de baixo mesmo e no fim do correr, ela deu um suspiro e disse quando estavam de frente um para o outro.
- Marcus não deixava ninguém entrar aqui. Eu era a única que sabia onde estava a chave.
- E você já entrou aí?
- Não.
Ele sorriu.
- Viu, você é esquisita.
- Eu vou dar um soco na sua cara se continuar me chamando de esquisita. – Ela disse colocando a chave na fechadura.
- Esquisita e bonita.
Kiara fez cara de deboche e finalmente abriu a porta. Realmente era um lugar encantador, e o cheiro não era muito agradável, já que fazia semanas que aquele lugar não era aberto. Mas pelo menos sabiam que estava tudo em seu devido lugar.
- Uau! O que é isso? – Chris indagou olhando em volta. – Sempre quis saber o que havia atrás dessa porta.
- Eu sempre quis entrar aqui... – ela comentou dando uma olhada numa garrafa.
- Isso é incrível!
- Sim.
Ambos se encararam sorrindo, pareciam duas crianças descobrindo um lugar secreto. A paixão estava estampada no rosto másculo de traços marcantes. Os olhos brilhavam, mas Chris não parecia se importar e se aproximou dela e os lábios estavam próximos, mas ele parou antes para não os tocar.
- Gostaria muito de beijá-la.
Chris olhou para a mulher perto de si. Havia desejado beijá-la toda. Quase fora dominado pela urgência de provar novamente o sabor de seus lábios. Ela não iria resistir. Vira o desejo brilhando em seus olhos da última vez. Então o que o fizera recuar?
A resposta era simples. Ficara chocado com a força das próprias emoções. Sem esperar por mais um minuto, beijou-a. não que estivesse preocupado com que aconteceria depois que acabasse aquele beijo, tratou de aproveitar aquele momento alucinante.
O ajuste de bocas era perfeito do que imaginava. Ah, como era um tolo deixar isso para trás.
Por um momento ela ainda tentou resistir, mas foi um esforço inútil, como se o corpo reconhecesse e aceitasse o que a mente rejeitava. Com os mais fascinantes suspiros, ela entreabriu os lábios para recebê-los. As mãos tocaram sua cintura sob o vestido e deslizaram pelas costas, puxando-a para mais perto.
Não soube quando tempo durou aquele beijo, mas fez com encerrasse o beijo tentando não demonstrar o espanto causado pela revelação da mulher sensual e vibrante. De sua parte, o destino de ambos acabará de ser selado.
A eletricidade entre os dois era surpreendente. Kiara o desejava por inteiro. Entretanto, havia algo mais aterrorizante do que desejo.
Afastou-se um pouco, mantendo o olhar fixo no dela que mantinha os olhos semicerrados como se todas as coisas estivessem nelas.
- O que acha de... bebermos um desses? – ele sussurrou sem tirar os olhos de cima dela.
- Será que podemos?
- Ei vovô... será que podemos beber só uma garrafa dessa sua coleção? – ele gritou olhando para o teto fazendo a sorrir, e a fitou. – Ele não respondeu, então... podemos.
- Você é mesmo igual a ele.
- Sério?
- Sim, a diferença é que ele era um velho chato e você é... convencido chato.
Ele sorriu e pegou uma garrafa de vinho.
- Vamos encher a cara?
- Só se você quiser. – Chris deu de ombros e levantou a garrafa e disse. – Vamos ser quem quisermos hoje... sem arrependimentos.
Kiara assentiu e quando estava fechando a porta, viu que Chris não tirava os olhos de cima dela. Seus olhares incendiaram com paixão, e sem pensar novamente ambos se beijaram.
Sem protestar, Kiara deixou ser levada para o quarto daquele homem que despertara o seu desejo. Naquele dia ela se entregaria há ele, somente há ele.
Mal entraram no quarto, ela agarrou-o pela nuca e beijou-o com ardor. Afinal, não era santo e cedeu de pronto, beijando-a como desejara beijá-la desde que a vira pela primeira vez, kiara era tentação irresistível e era pura perca de tempo lutar contra a atração que o impedia para ela.
Com todo cuidado, Chris avaliou suas próprias ações e reações de kiara. Queria beijá-la inteira. Provaria ser merecedor de confiança dela, um homem no controle de si mesmo, mesmo que tivesse que morrer por isso.
Seus gemidos se misturaram, até ser impossível distinguir qual dos dois os emitia. Os ecos eróticos enchiam o quarto. Queria aquela mulher, tanto ou mais do que ela desejava.
Chris sem pressa, pôs a tirar a camiseta lentamente, ao mesmo tempo em que acariciava-a. mas kiara parecia ter a urgência de saciar o prazer muito rápido, ela tirou o próprio vestido jogando-o para longe e puxou-o para a cama e pode apreciar a beleza da pele clara, da curva tentadora dos seios contidos pelo sutiã provocante. Deitou-se sobre ela, encaixando os quadris entre as coxas afastadas de kiara, apoiando-se nos cotovelos. Sem pressa, dedicou-se a acariciar-lhe os seios com os lábios e a ponta da língua, em toques suaves e passageiros.
- Está planejando me deixar... louca?
Depois de mordiscá-la de leve, ele respondeu:
- Sim.
Suas carícias tornavam-se mais ousadas, mais intimas, enquanto Chris concentrava-se em dar a ela todo o prazer do mundo. Em segundos, kiara estava completamente nua.
Kiara fechou os olhos, correspondendo ao beijo, enlouquecida. Quando se deu conta, Chris estava entre suas coxas afastadas, também estava nu.
Chris movimentou devagar entre as pernas de kiara em um ritmo sensual e ela gemeu de prazer, entregando-se naquele contato sedutor. Então a pressão do movimento aumentou, e Chris a penetrou devagar.
Kiara gritou o nome dele. Chris voltou a beijá-la, em seguida a penetrou por completo, deixando-a fascinada pelas sensações que ela jamais experimentara antes.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 20
Comments