Assim que saiu daquela sala, Kiara desceu a escada e sem se importar com ninguém e muito menos com o trabalho, foi embora para casa. Preferia enfrentar milhares de cobras do que a Sra. Pellegrini.
Nunca imaginaria que seria tratada daquele jeito. Apostava que todo mundo daquele barracão já havia comentado sobre a sua aproximação com Marcus.
Sentia falta daquele velho, e, ao mesmo tempo, sentia raiva por tê-la deixado sozinha naquele lugar onde todos a condenavam por ser a querida do Sr. Mancini.
Chegou em casa e se trancou no quarto, não estava a fim de falar ou ver alguém, aproveitou e manteve- se ocupada arrumando o seu quarto, pelo menos achou que estava dando uma ajeitada nele.
O seu pai a chamara a dizer ter visita, mas não quis receber, pois sabia ser Chris e no momento não estava mesmo querendo ver ninguém, nem mesmo ele, apesar do seu coração pular de alegria só de ouvir o nome dele.
No dia seguinte, ela ficou sem vontade de ir trabalhar, não estava muito pronta para enfrentar aquela mulher novamente, porém, ela precisava fazer isso, não poderia mostrar ser fraca e muito menos aceitaria que alguém a rebaixar da maneira que a Sra. Pellegrini a tratou na frente do filho.
Respirou fundo ao sair de casa, ficou toda nervosa conforme foi se aproximando do barracão e para sua sorte não encontrou nenhum deles e foi direto para onde ficava as suas coisas, pegou a sua prancheta e foi ver a sua turma de trabalho. Estava tão ocupada a dar uma olhada em algumas coisas que não viram Chris se aproximar.
— Bom dia!
— Bom dia!
Chris a encarava, e mesmo que ela tentava disfarçar não olhar para ele, sentiu o seu coração acelerar e as suas mãos agora suavam.
- Tudo bem?
- Sim.
— Certeza?
Ela suspirou e o fitou.
— O que você acha?
— Sinto muito.
- Não deveria. Pensa o mesmo que todo o mundo por aqui e a sua mãe com certeza está lhe protegendo.
— Protegendo de quê? De você? – ele deu uma risadinha sarcástica. — Ela não precisa me proteger... e eu sei que você não gostou de saber que recebi tudo isso, mas sei também que... – ele deu uma olhada para ver se não tinha ninguém por perto, continuou. – Que o que houve entre a gente não pode acabar assim.
— Não vai haver nada mais entre a gente, foi um momento de insensatez.
— Ah, qual é? — ele falou ao ver que ela fez menção de sair dali. — Kiara, por favor.
— Não posso conversar agora, chefe. Tenho trabalho e preciso colocar as coisas em ordem.
Chris balançou a cabeça e concordou, e antes de se afastar disse há ela.
- Depois quero você na minha sala, por favor.
Kiara observou o se afastar, só então viu que os caras das máquinas agora estavam a olhar para ela.
— Voltem ao trabalho.
Kiara tentou se manter ocupada para não ter que ir à sala dele tão cedo, depois do almoço a Sra. Pellegrini veio falar com ela, o que achou muito estranho.
— Podemos conversar?
— Ah... estou ocupada.
— Só vim pedir desculpas. Fui inconveniente, e que eu não tenho nada a ver com que vocês dois estão se metendo.
Kiara ficou sem graça ao ver que os caras ali estavam escutando tudo.
— Não precisava...
— Ah! desculpa, não sabia ser segredo. – A Sra. Pellegrini falou ao observar o seu nervosismo. — Bem, espero que não fique chateada com isso e só para que fiquemos em paz, farei um jantar amanhã e convidei o seu pai e a sua irmã, e claro agora você para ir lá em casa. — Ela deu uma piscada. — Oferta de paz.
- Ah... obrigada.
Observou- a se afastar e teve vontade de gritar para aquela mulher parar de ficar a perseguindo. E pensar que ela não fosse assim tão chata, não tinha nada que parecesse ser filha do Sr. Mancini.
Manteve o seu tempo mais do que ocupada, até que viu Chris sair do escritório, por um impulso ela do nada se escondeu atrás de uma máquina, contou uns cinco minutos até que deu apenas uma espiada e viu que Pedro a olhava a balançar a cabeça, para em seguida se afastar inconformado.
Depois disso, certeza que o seu melhor amigo não iria mais ter contato com ela. Agora ele sabia que estava a haver algo entre ela e Chris, sem contar os outros caras que escutaram a conversa dela com a Sra. Pellegrini.
Ficou ali por alguns minutos até que decidiu precisar encarar aquilo de frente, e estava a agir como uma mulher fraca novamente. Ela era forte e determinada, e desde que Chris entrará na sua vida, estava a ser uma completa estúpida.
Não demorou muito para ela notar que Pedro havia voltado e estava se aproximando dela.
- Oi!
- Oi.
— Está tudo bem?
— Sim.
— Aconteceu algo?
— Não.
— Porque a Sra. Pellegrini está sempre atrás de você?
Kiara fitou o seu amigo.
- Ah, eu não sei.
— Ok. Só para você lembrar que perdeu a aposta que fizemos.
- Ohh... ele pode ir embora a qualquer momento.
— Não se você ficar do lado dele.
Kiara franziu o cenho, totalmente confusa.
— Eu não estou do lado dele e só para constar não há nada entre a gente.
— Não acusei de estar a haver algo.
— Então por que está a citar a aposta?
— Que aposta?
Kiara ficou sem graça ao ver que Chris havia se aproximado e agora olhava para um e para o outro como se esperasse que um abrisse a boca e contasse o que estava a acontecer.
- Bem, eu tenho que trabalhar... — Pedro disse e se afastou deixando -a sozinha com Chris.
— Então... será que podemos conversar lá na minha sala? — ele perguntou sem tirar os olhos de cima dela.
— Agora?
— Você evitou-me o dia todo, Kiara.
— Estava ocupada.
— Isso é papo furado. Vamos conversar. — Ele pegou-a pelo braço, aquele toque a fez tremer toda e os olhares do pessoal também não deixaram de observar ambos.
Quando estavam finalmente a sós no escritório, Chris a encarava.
— Que aposta é essa?
— Não sei que está a falar.
- Você e Pedro fizeram alguma aposta?
Ela deu de ombros.
— Não lembro.
— Kiara... por favor. Seja honesta comigo.
Kiara engoliu em seco e não sabia o que dizer há ele sobre a aposta idiota que havia feito alguns dias atrás.
— Não foi nada de mais. Nem há prémio nisso... – ela gaguejou. – Só queria que você fosse embora. Mas eu perdi, pois você ainda está aqui.
- Vocês deram-me tempo aqui?
- Sim. E você fez-me perder a aposta. – Ela contou emborrada.
Ele balançou a cabeça.
— Ainda quer que eu vá embora?
— Eu não mando em você.
Chris hesitou e a encarou.
— Vai jantar lá em casa hoje?
— Não sei.
— Não vou deixar a minha mãe perturbar-lhe.
— Não tenho medo da sua mãe.
— Eu sei.
— Foi para isso que me chamou ate aqui, para falar isso?
Ele sorriu e aproximou-se dela.
— Eu não sei o que acontece comigo, mas... quero... — ele aproximou os lábios nos dela. — Eu quero isso... — beijou—a. — O tempo todo.
- Chris...
Sem se conter entregou aquela sensação maravilhosa de estar nos braços dele. Entreabriu os lábios e aprofundou o beijo fazendo—a abraçá-la mais e gemeu de excitação.
Em segundo Chris colocou-a em cima da mesa sentada e sem parar de beijá-la na boca, pescoço, orelha, acariciava o seu corpo de formas perfeitas. Deem suportar as carícias dele que a estava a deixar -a louca de desejo, pôs a acariciá-lo, estava a ponto de tirar a camisa dele e mãos grandes a impediu de continuar.
Kiara abriu os olhos e a fitou.
- Por que parou?
— Não.
— Não o quê?
— Não quero fazer amor com você numa mesa de escritório... é tentador, mas não é sensato. — Ele sorriu a ajeitar uma mecha do cabelo dela e beijou—a. — Não contou sobre a gente para o seu... ex né?
- A minha vida pessoal não é da conta de ninguém.
Ele sorriu.
- Vai jantar lá em casa?
— Não sei.
— Seria ótimo. Assim poderia ficar lá e terminar isso que começamos.
— Não acho uma boa ideia.
- Ah qual é. Depois de a gente ser pego seminús na cozinha vai mudar algo.
— Sua mãe está de olho em mim.
— E você importa-se com isso.
- Sim. Não sou interesseira, Chris.
- Eu sei disso. E não seria muito ficarmos juntos e aproveitar isso que temos. — Ele disse e a beijou. – Posso morrer amanhã... sem poder aproveitar o sexo.
— Não diga bobagens. Não vai morrer amanhã.
Chris riu.
— Ok. Mas a oferta ainda está de pé.
— Vou pensar sobre isso.
Depois daquela conversa, Kiara saiu da sala e viu que a maioria agora estava olhando para ela. Sem se importar com isso, voltou a fazer o seu serviço.
Assim que deu a hora de ir embora, ela guardou as suas coisas e estava de saída, quando se encontrou com Pedro.
— Quer uma carona para casa?
- Não. Eu vou andar, mas obrigada.
— Ok, até amanhã Kiara.
Estava a chegar em casa quando ouviu um carro parar, era Chris. Ele buzinou e parou.
— Porque não me esperou, eu dava uma carona.
— Não precisava.
Foi quando Pedro passou com a sua moto e passou a olhar para ela, pareceu estar bravo quando notou que ela estava a dar moral para o patrão.
— Bem, até daqui a pouco.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Cecilia geralda Geralda ramos
muito boa kiara e Cris espero que se casem
2024-12-31
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Neide Lima
🤣🤣🤣🤣🤣🤣
2024-12-28
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