Entre a Luz e a Escuridão.

O ar no bunker era pesado, quase sufocante, enquanto Dean apertava o ferrolho de sua arma, os olhos fixos na entrada principal. O som de passos lá fora era um aviso claro: o próximo ataque estava prestes a acontecer. Ele respirou fundo, tentando ignorar a dor nos músculos e o cansaço que ameaçava derrubá-lo.

Castiel estava ao seu lado, de pé, sua expressão séria. Havia algo diferente no anjo, uma tensão que não era apenas da batalha iminente. Era como se ele estivesse segurando algo, escondendo um peso que ameaçava explodir.

“Quantos você acha que são desta vez?” Dean perguntou, sem desviar os olhos da porta.

“Mais do que antes,” Castiel respondeu, sua voz calma, mas com um tom de advertência. “E eles estão mais organizados. Estão determinados a destruir o que resta de nós.”

Dean soltou uma risada seca. “Ótimo. Porque eu estava mesmo precisando de um pouco mais de adrenalina.”

Castiel o observou por um momento, seus olhos azuis analisando cada movimento de Dean. “Você age como se isso não o afetasse,” ele disse finalmente, a voz baixa, mas firme. “Mas eu sei que afeta. Sei o quanto isso pesa.”

Dean virou a cabeça para olhar para ele, o maxilar apertado. “Não é hora pra isso, Cas.”

“Talvez seja exatamente a hora,” Castiel insistiu, dando um passo à frente. “Você acha que pode carregar tudo sozinho, que pode lutar sem sentir. Mas você não precisa fazer isso. Não comigo aqui.”

Dean abriu a boca para responder, mas o som de um estrondo vindo da porta os interrompeu. A madeira e o metal cederam, e uma horda de criaturas entrou no bunker, rugindo e avançando como uma onda negra.

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A luta foi feroz. Dean se movia com uma precisão quase brutal, seus tiros certeiros derrubando os inimigos um a um. Castiel, ao seu lado, emanava luz celestial, cada golpe de sua energia dissipando as sombras que tentavam engoli-los.

Mas eles estavam em menor número, e o cansaço começava a pesar. Dean sentiu uma garra arranhar seu braço, o sangue escorrendo, mas ele não parou. Ele não podia. Não enquanto Castiel estivesse lutando ao seu lado.

Em um momento crítico, um dos inimigos conseguiu empurrar Dean contra a parede, tirando sua arma de suas mãos. A criatura avançou, seus dentes afiados prontos para rasgar a garganta de Dean, mas antes que pudesse atacar, uma rajada de luz brilhou, e o monstro desapareceu em pó.

Dean piscou, ofegante, e olhou para cima. Castiel estava diante dele, sua mão ainda brilhando com a energia que havia usado para salvá-lo. O anjo estava ofegante, sua expressão uma mistura de preocupação e... algo mais.

“Você precisa ser mais cuidadoso,” Castiel disse, sua voz baixa, quase um sussurro.

Dean se levantou, esfregando o sangue seco em sua camisa. “E você precisa parar de ser meu maldito anjo da guarda.”

Castiel deu um passo mais perto, seus olhos fixos nos de Dean. “Eu não posso.”

A sinceridade na voz de Castiel fez Dean parar. Ele podia sentir a intensidade entre eles, algo que vinha crescendo há tanto tempo que era quase insuportável. Ele desviou o olhar, tentando recuperar o controle. “Por que você faz isso, Cas? Por que arrisca tudo por mim?”

Castiel hesitou, mas finalmente respondeu. “Porque você é importante para mim. Mais do que qualquer outra coisa.”

As palavras caíram como um trovão, o peso delas preenchendo o espaço entre os dois. Dean olhou para ele, seus olhos estreitando, como se estivesse tentando processar o que havia acabado de ouvir. Mas antes que pudesse responder, um novo ataque os atingiu.

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O segundo grupo de inimigos era ainda mais mortal. Dean e Castiel lutaram lado a lado, suas forças combinadas criando uma sinergia quase perfeita. Era como se eles estivessem conectados, cada movimento fluindo como se fossem partes de um mesmo todo.

Mas a batalha teve seu preço. Quando o último inimigo caiu, Dean estava ferido, o braço esquerdo inutilizado, e Castiel estava ajoelhado no chão, exausto, sua luz celestial diminuindo.

Dean se aproximou dele, ignorando a dor em seu próprio corpo. Ele se ajoelhou ao lado de Castiel, segurando o ombro do anjo. “Ei, você tá bem?” ele perguntou, sua voz mais suave do que pretendia.

Castiel olhou para ele, seus olhos brilhando com uma intensidade que fez o coração de Dean acelerar. “Eu estou aqui, Dean. Sempre estarei.”

Dean apertou o maxilar, tentando esconder o que sentia. Mas era impossível. Ele estendeu a mão e tocou o rosto de Castiel, seus dedos traçando a linha de sua mandíbula. “Você é um maldito idiota, sabia?” ele disse, a voz rouca. “Mas... eu preciso de você, Cas. Mais do que deveria.”

Castiel inclinou a cabeça para o toque, sua expressão suavizando. “E eu sempre estarei aqui. Por você.”

O momento foi interrompido por um som distante — um aviso de que mais estava por vir. Dean suspirou, recuando, mas não antes de apertar a mão de Castiel, um gesto rápido, mas cheio de significado.

“Vamos acabar com isso,” Dean disse, levantando-se. “Juntos.”

Castiel assentiu, levantando-se ao lado dele. A luta estava longe de terminar, mas agora, eles sabiam que enfrentariam tudo juntos. E, talvez, isso fosse tudo o que precisavam.

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