Ecos na Escuridão.

O som do alarme reverberava pelo bunker, ecoando como um presságio de algo sombrio. Dean e Castiel chegaram à sala principal, onde o mapa na mesa brilhava em um vermelho pulsante, projetando uma marca que eles não reconheciam.

"Mais um quebra-cabeça? Isso tá ficando ridículo," Dean murmurou, com a arma em mãos.

Castiel inclinou-se sobre o mapa, analisando o símbolo. Seu olhar ficou sombrio. "É um chamado. Algo—ou alguém—está tentando nos atrair para este local."

"Ótimo. E você aposta que é uma armadilha ou só outra chance de a gente morrer?"

"Ambas as opções parecem prováveis," Castiel respondeu com a sinceridade que só ele conseguia demonstrar.

Dean suspirou, guardando a arma. "Bom, então vamos logo. Não tô a fim de ficar esperando o próximo monstro bater à porta."

A Jornada à Fenda

A localização marcada no mapa os levou a uma floresta densa e enevoada, onde a luz do sol parecia incapaz de penetrar. Árvores antigas se erguiam como guardiãs de um segredo perdido, e o silêncio era interrompido apenas pelo som de seus passos sobre o chão de folhas.

"Isso tá muito quieto," Dean disse, olhando ao redor.

"Silêncio assim geralmente antecede algo grande," Castiel respondeu.

Dean parou, apontando para um círculo de pedras no centro da clareira. No meio, havia um pedestal com um objeto que parecia um cristal negro pulsante.

"Se isso não grita 'armadilha', eu não sei o que grita," Dean disse, estreitando os olhos.

"É uma âncora dimensional," Castiel explicou, avançando com cautela. "Ela conecta este plano a outros. Destruí-la pode selar a fenda que foi aberta."

"Você diz 'destruir' como se fosse algo simples," Dean murmurou, sacando sua faca.

Antes que pudessem se aproximar, o ar ao redor deles mudou. Uma presença opressora os envolveu, e figuras emergiram das sombras. Eram criaturas que pareciam feitas de escuridão sólida, com olhos vermelhos brilhantes e movimentos ágeis como vento.

"Claro. Não podia ser só apertar um botão," Dean disse, sacando a arma.

As criaturas atacaram com ferocidade. Dean e Castiel lutaram lado a lado, cada golpe e movimento coordenado em uma dança de sobrevivência.

"Dean, segure-as! Eu preciso alcançar o pedestal!" Castiel gritou, desviando de um ataque.

"Segurar? Tá brincando? Elas são rápidas pra caramba!"

Mesmo assim, Dean segurou sua posição, disparando contra as criaturas e derrubando-as uma por uma. Castiel correu até o pedestal, mas, ao tocar no cristal, um grito ensurdecedor ecoou pela clareira.

A Escolha Inesperada

Castiel foi jogado para trás, caindo no chão com força. Dean correu até ele, ajudando-o a levantar.

"Cas, você tá bem?"

"Eu estou... bem," ele respondeu, ofegante. "Mas aquilo... não é só uma âncora. É uma prisão."

"Uma prisão?" Dean perguntou, olhando para o cristal.

"Algo está preso lá dentro. Algo que está tentando sair," Castiel explicou, olhando para o cristal com cautela.

Antes que pudessem reagir, uma voz grave e assustadora ecoou ao redor deles.

"Vocês vieram até aqui para selar a fenda, mas tudo o que fizeram foi abrir caminho para mim."

Uma forma começou a se manifestar ao redor do cristal, ganhando forma e solidez. Era uma figura imponente, com asas negras que se espalhavam como sombras vivas. Seus olhos brilhavam em um vermelho intenso, e sua presença era sufocante.

"Quem é você?" Dean perguntou, apontando sua arma.

"Eu sou Asmodai, o portador do Caos," ele respondeu, sua voz ressoando como trovão.

"Ótimo. Outro figurão com nome chique," Dean murmurou.

Asmodai riu, um som que fez a floresta inteira vibrar. "Vocês não têm ideia do que enfrentam. Mas estou disposto a conceder uma escolha."

Dean revirou os olhos. "De novo essa merda de escolha? Sério, qual é o problema de vocês?"

"Silêncio!" Asmodai rugiu, fazendo o chão tremer. "Escolham: libertem-me completamente e eu os pouparei... ou tentem me selar novamente e morram aqui e agora."

Dean olhou para Castiel. "O que você acha, Cas? Algum plano genial?"

"Se o libertarmos, o caos que ele trará será incalculável," Castiel respondeu. "Mas selá-lo não será fácil."

Dean apertou os punhos, olhando para Asmodai. "Eu voto por fazer o que sempre fazemos: chutamos a bunda dele."

Asmodai riu novamente. "Então escolhem a morte."

O Confronto Final

Asmodai avançou, e a luta começou. Ele era mais poderoso do que qualquer coisa que já enfrentaram. Cada ataque que lançavam parecia apenas irritá-lo.

"Dean! O cristal! É a chave!" Castiel gritou, desviando de um golpe das asas de Asmodai.

Dean correu até o pedestal, mas Asmodai bloqueou seu caminho, lançando-o no chão com um movimento rápido.

"Você não é páreo para mim, mortal," Asmodai declarou, avançando para acabar com Dean.

Antes que pudesse atacar, Castiel surgiu, colocando-se entre eles. "Se você quiser acabar com ele, terá que passar por mim primeiro."

Asmodai hesitou por um momento, sua expressão mudando para algo quase... curioso.

"Você arriscaria sua existência por ele?"

"Sem dúvida," Castiel respondeu, sua voz firme.

Essa distração foi suficiente para Dean se levantar e correr até o cristal. Ele ergueu sua faca e, com todas as forças, golpeou o objeto.

O cristal explodiu em uma luz brilhante, e Asmodai soltou um grito de fúria antes de ser puxado para dentro da fenda, que começou a se fechar.

Quando tudo terminou, o silêncio voltou à floresta.

A Conexão Inabalável

Dean ajudou Castiel a se levantar, ambos ofegantes.

"Cas... Você realmente arriscou tudo por mim?" Dean perguntou, tentando esconder a emoção em sua voz.

"Eu faria isso de novo," Castiel respondeu, olhando diretamente nos olhos dele.

Dean engoliu em seco, desviando o olhar. "Você é impossível, sabia?"

Castiel apenas deu um leve sorriso.

Eles voltaram para o Impala, exaustos, mas vivos. Apesar de tudo, sabiam que ainda havia muito por vir. Mas,naquele momento, haviam provado que,juntos,podiam enfrentar qualquer coisa.

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