Renegada

Renegada

CAP 1

  

Acordo com minha cabeça explodindo de dor, como se mil agulhas estivessem perfurando meu crânio. A luz branca forte, quase cegante, não me permite abrir os olhos, forçando-me a mantê-los fechados. O cheiro penetrante de remédios e produtos de limpeza invade minhas narinas, trazendo uma sensação de náusea. Ao fundo, vozes indistintas ecoam pelo ambiente, cada palavra ressoando como um martelo em minha cabeça, intensificando a dor latejante. Tento me mover, mas meu corpo parece pesado, preso a um estado de torpor. A única coisa que posso fazer é esperar que essa tempestade de sensações diminua.

  Sinto como se minhas costelas estivessem todas quebradas. Respirar é uma tortura, cada inspiração é um esforço doloroso. Com muita dificuldade, forço-me a abrir os olhos. A luz é intensa e meus olhos demoram a se ajustar. Tento mover meu corpo, mas a dor é insuportável, irradiando de cada costela machucada. Cada movimento parece um desafio monumental, mas eu persisto, lutando contra a agonia que me consome.

  O que eu estou fazendo no hospital, quemerda aconteceu comigo.  Me lembro muito bem dos eventos  de ontem a noite, apenas que estava em uma festa com alguns conhecido que nao via fazia alguns anos.

  Me lembro de ter tomado  mais do que o normal também lembro que estávamos dançando, sei que subi na mesa, Tomy um rapaz do time de basqueste no ensino medio, me tirou de la e pediu um taxi para me levar para casa, depois disso nao lembro de mais nada, talvez algumas luzes fortes. Vejo meus pais proximo a janela e reviro os olhos.Lembro-me de ter bebido mais do que o normal naquela noite. Estávamos dançando, a música alta e as luzes piscando. Em um momento de euforia, subi na mesa, rindo e tentando manter o equilíbrio. Tomy, um rapaz do time de basquete do ensino médio, me viu e, preocupado, veio me tirar de lá. Ele pediu um táxi para me levar para casa. Depois disso, tudo se torna um borrão. Talvez eu tenha visto algumas luzes fortes, mas não tenho certeza.

Agora, ao abrir os olhos, vejo meus pais próximos à janela, conversando em voz baixa. Reviro os olhos, sentindo uma mistura de vergonha e arrependimento. Tento me lembrar de mais detalhes da noite passada, mas a dor de cabeça latejante torna difícil pensar com clareza.

—Mas essa garota é sempre assim! Quando será que ela vai parar com essas coisas? — ouço a voz esganiçada da minha mãe, cheia de frustração e cansaço. Seu olhar está distante, perdido em pensamentos sobre o que fazer a seguir.

— Calma, meu amor, eu resolvi tudo. Ela vai dar uma pausa com essas loucuras — diz meu pai, tentando acalmá-la com um tom suave e reconfortante. Ele se aproxima dela, segurando suas mãos entre as dele, como se quisesse transmitir um pouco de calma.

— Espero que isso realmente funcione, porque eu não aguento mais! Ela é uma vergonha para a família! — minha mãe responde, a voz tremendo de emoção. Os olhos dela brilham, entre a frustração e a tristeza, enquanto se lembra das últimas situações embaraçosas.

— Eu sei, querida. Cada vez que ela faz algo assim, sinto que estamos perdendo o controle. É como se tudo estivesse desmoronando ao nosso redor, e não sabemos mais como lidar — ela desabafa, passando a mão pelo cabelo, visivelmente angustiada.

— Eu entendo. Mas, por favor, se acalme. Sua pressão vai subir, e não queremos mais atenção do que já temos. Vamos resolver isso juntos, como sempre fazemos — meu pai insiste, colocando a mão no ombro dela, tentando transmitir segurança e apoio. Ele olha nos olhos dela, buscando acalmá-la com sua presença firme.

— Você tem razão, mas é difícil não se sentir assim. O que as pessoas vão pensar de nós? — minha mãe diz, sua voz agora um sussurro, como se o peso das expectativas externas estivesse pesando sobre ela.

—Falem baixo, minha cabeça vai explodir - digo com a garganta arranhando e as mãos na cabeça, tentando aliviar a dor latejante.

—Você quase nos matou de susto, sua imprestável! - minha mãe cospe as palavras com uma raiva fervente. - Você não consegue mesmo ficar longe de confusão. Sempre temos que arrumar uma maneira de esconder das mídias as suas merdas. Não aguento mais isso!

—O que eu fiz agora? - pergunto, sentindo a confusão e o desespero crescerem dentro de mim.

—Areun, sua sonsa, você está desacordada há três dias! - ela diz, a raiva evidente em cada palavra.

—Mas o que aconteceu? - pergunto, realmente assustada com a notícia, sentindo meu coração acelerar

—Areun, você sofreu um acidente de carro - meu pai diz, chamando minha atenção para ele.

—Um acidente de carro? - repito, tentando processar a informação. - Como isso aconteceu?

—Você estava dirigindo tarde da noite, e parece que perdeu o controle do carro - minha mãe continua, a voz ainda carregada de frustração. - Foi um milagre você ter sobrevivido.

—Mas não era eu que estava ao volante! Eu me lembro de ter ido embora de táxi, justamente por não ter condições de dirigir - minha voz treme enquanto tento explicar. Minha cabeça começa a girar e, por um instante, parece que vou apagar.

—Eu estava no banco de trás, muito bêbada, por isso chamei um táxi - explico, tentando manter a calma. - Então, não foi minha culpa. Claro, agora sei qual o problema… eu não morri! - solto uma risada nervosa.

—Você chamou um táxi? - minha mãe pergunta, surpresa. - Tem certeza disso, Areun?

—Sim, mãe. Eu sabia que não podia dirigir naquele estado. Chamei um táxi para ir embora - respondo, tentando manter a clareza enquanto a sala parece rodar ao meu redor.

—Relaxem, eu não quero nada mesmo. Já sei que tudo é do meu irmão, e eu só vou receber uma mesada por mês. Desculpem, mas eu vi seu testamento e achei ótimo receber os 30% dos lucros sem ter que trabalhar. — digo, tentando soar indiferente, mas a frustração brota em meu tom.

— Você irá se casar — meu pai afirma, com a firmeza de quem não aceita contestação.

— Não vou, não! — respondo, a indignação tomando conta de mim. — Essa ideia é absurda!

— O Park Hyun é um garoto excelente e vocês se conhecem desde pequenos — ele insiste, como se isso fosse um argumento convincente. — Ele é um bom partido, Areun.

— E isso faz alguma diferença para mim? — pergunto, cruzando os braços. — Não quero ser forçada a me casar com alguém só porque vocês acham que é o que devo fazer. Minha vida não é um negócio!

— Não se trata de negócios, mas de construção de um futuro — meu pai diz, com paciência. — O casamento pode trazer segurança e estabilidade, coisas que você pode precisar.

— Segurança e estabilidade? — replico, quase rindo. — Como se casar com alguém que eu não amo fosse me dar isso? O que eu preciso é de liberdade para seguir meus próprios caminhos!

— Areun, nós só queremos o melhor para você — minha mãe intercede, com uma expressão preocupada. — O mundo é complicado, e ter alguém ao seu lado pode fazer a diferença.

— Mas isso não significa que eu deva abrir mão da minha vida! — protesto, a revolta pulsando em meu peito. — Eu posso ser feliz e realizada sem um marido.

— O que você está dizendo não é fácil de entender — meu pai diz, tentando encontrar um ponto de equilíbrio. — O que temos em mente é o que muitos jovens desejam.

— Eu não sou "muitos jovens"! — exclamo, a frustração está crescendo. — Eu sou eu, e quero decidir meu próprio destino.

— Cheguei, família! Ei, irmãzinha, não me assusta assim mais não! — meu irmão entra na sala com um sorriso brincalhão, quebrando um pouco a tensão.

— Ai, Joo, eles querem que eu me case com o Park Hyun, aquele idiota! — digo, sentindo a frustração transbordar.

— Fiquei sabendo — ele responde, a expressão mudando para uma mistura de preocupação e diversão. — Relaxa, vai ser bom ter ele de cunhado.

— Bom? Como assim? — pergunto, levantando uma sobrancelha. — Ele é insuportável!

— Olha, ele vem de uma família poderosa. Você vai ser muito bem tratada morando com eles — meu pai intervém, com um tom otimista. — Pense no futuro, Areun.

— Futuro? Isso é o que importa? — rebato, a indignação crescendo. — mesmo que eu o odeie?

— Mas pense nas oportunidades que isso pode trazer — meu pai insiste, tentando fazer valer seu ponto. — Uma conexão forte pode abrir portas.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!