Depois de um tempo relaxando juntos, em silêncio, apreciando a companhia um do outro, percebi que era hora de levá-lo até a rodoviária. Coloquei uma roupa confortável, enquanto ele terminava de se arrumar, ainda com um sorriso satisfeito no rosto. Saímos do dormitório com o mesmo cuidado de antes, chegamos até meu carro, brilhando sob a luz fraca do entardecer. O motor rugiu quando o liguei, e partimos pelas ruas movimentadas. O silêncio entre nós era confortável, preenchido pelo som suave do carro cortando o vento.
Ao chegar à rodoviária, estacionei em um local estratégico, longe do tumulto. Enquanto ele descia do carro, conferi se ele não esqueceu nada.
— Bom, está entregue no horário! E foi um enorme prazer em te ver. — digo, rindo, enquanto o olho nos
— O prazer é sempre nosso. Se seus pais souberem a metade das coisas que você faz, eles não arrumariam um marido para você; eles provavelmente te internariam! — ele responde, com um sorriso debochado.
— Pois é, por isso eles só sabem o necessário! — digo, piscando para ele. — Mas, sinceramente, acho que eles ficariam horrorizados se soubessem
— E o que seria da vida sem um pouco de emoção? — ele pergunta, se aproxima um pouco mais.
— Isso só torna tudo mais emocionante, não acha? — digo, com um sorriso maroto. — Agora, chega de conversa! Vai!
Depois de sair da rodoviária, decidi que é hora de fazer minhas compras. A adrenalina do dia ainda circulava no meu corpo, mas era preciso lidar com a rotina. Paro em um supermercado no caminho, um daqueles enormes, onde você encontra de tudo. Pego um carrinho e começo a percorrer os corredores, já com uma lista do que preciso para a semana já que não terei tempo.
Pego algumas bandejas de carnes, depois vou pegar legumes e frutas, depois massas e arroz, pão e alguns biscoitos e petiscos, e por fim as bebidas. Leite, água, sucos, e claro umas três garrafas de vinho, tem dias que apenas o vinho pode ajudar a relaxar.
Ao chegar no campus, noto que o horário de permanência já havia passado, e o lugar estava silencioso, sem sinal de ninguém pelos corredores. Mas uma das vantagens de ser da família Nam, sei que posso contar com certos privilégios. Ao estacionar no estacionamento privativo da família, vejo a monitora. Ela me avista e, com um sorriso simpático, se oferece para ajudar com as sacolas. Eu agradeço mentalmente por essa pequena sorte. Ela carrega algumas das sacolas mais pesadas enquanto eu sigo com as outras, aliviada por não ter que carregar tudo sozinha.
Depois de terminar de guardar todas as compras, respiro fundo, sentindo o cansaço bater, pego um copo de suco de laranja que comprei. O sabor doce e cítrico é revigorante, perfeito para animar o meu corpo cansado após um dia tão agitado.
Faço um ramen, aproveitando os ingredientes que comprei, como os legumes frescos e o macarrão. Enquanto o caldo ferve, pego os talheres e uma tigela para servir. O aroma se espalha pela cozinha. Assim que o ramen fica pronto, coloco tudo na tigela, admiro a apresentação e dou a primeira garfada. O sabor é reconfortante, trazendo uma sensação de felicidade que só uma comida boa pode proporcionar.
Depois de comer, vou até o sofá. Jogo-me nele, sentindo a maciez do estofado. Ligo a televisão e começo a navegar pelos filmes disponíveis. Escolho um filme qualque, para me distrair e relaxar. A história que se desenrola na tela me envolve, e rapidamente me deixo levar pela trama.
Enquanto assisto, o tempo passa sem que eu perceba. Riso aqui, um momento de tensão ali, a trama me mantém entretido. Quando olho para o relógio, vejo que já passa da meia-noite. A sensação de que o dia foi satisfatório ainda ecoa em minha mente, mas agora sinto o peso do cansaço mais forte ainda.
Levanto-me do sofá, e me arrasto até o banheiro, tomo mais um banho, aproveitando a água morna que escorre pelo meu corpo, aliviando o cansaço. Enquanto me lavo, deixo a mente vagar, pensando nos próximos trabalhos da faculdade.
Depois de vestir um pijama confortável, me deito na cama, sentindo o peso do dia se dissipar. A coberta eos lençóis envolvem meu corpo, criando um espaço aconchegante. Fecho os olhos e, em poucos instantes, eu apago.
A semana está se arrastando, mas pelo menos tenho três insuportáveis para me distrair. Ao passar perto delas, Hana, com um sorriso travesso, me atinge com um copo de suco. O líquido espirra, e minha blusa rapidamente fica encharcada e transparente.
Nesse momento, um leve frio percorre meu corpo, mas, ao olhar para o espelho, percebo que estou usando um sutiã lindo por baixo, o que me dá mais confiança. A situação se transforma em uma mistura de risadas e olhares curiosos, enquanto as meninas não controlam a risada.
— Ai, me desculpa! Eu não te vi! — diz Hana, com um tom de deboche, mal conseguindo conter o riso.
— É, esses insetos são realmente impossíveis de notar! — Jinah acrescenta, rindo e fazendo gestos como se estivesse tentando espantar algo invisível. Eu reviro os olhos, tentando manter a compostura.
— Olha, meninas, eu preciso agradecer a vocês! Agora, tenho uma ótima estratégia para chamar a atenção do professor gato. Sério, com meu sutiã aparecendo desse jeito, duvido que ele consiga tirar os olhos de mim! — digo, sorrindo de maneira provocante.
— Se eu fosse você não ficaria muito animada não, porque vai acabar chamando a atenção de todo mundo! — Hana responde, piscando para mim.
— Ah, mas isso é parte do plano! — eu brinco, piscando de volta . — Obrigada, meninas! Vou arrasar na aula!
Depois da aula, sigo para a reitoria, mas descubro que meu tio, que é o reitor , está viajando com o time e ainda não voltou. Eu fico chateado, porque estou com saudades dele.
Com isso, volto para o meu dormitório, onde a mesa está cheia de livros e anotações, uma verdadeira prova do quanto minha carga de trabalho é intensa. A quantidade de tarefas parece infinita, mas estou determinada a não deixar isso me abater. Respiro fundo e começo a organizar meus materiais, criando uma lista do que preciso fazer.
Enquanto me concentro, meu celular vibra, e uma mensagem de um amigo dos Estados Unidos aparece na tela. É sempre bom ouvir notícias dele; nossa amizade é uma das coisas que mais valorizo, mesmo à distância. Começamos a conversar e, em poucos minutos, estamos atualizando um ao outro sobre tudo que está acontecendo em nossas vidas. Falar sobre as fofocas do campus, sobre a nova professora que todos comentam ou até mesmo sobre as festas que estão rolando.
Após alguns minutos de conversa animada, olho para a tela e vejo que o tempo voou. O relógio na parede me lembra que eu ainda tenho muito o que fazer. Me despeço e volto a me concentrar nos meus trabalhos.
Posso até ser considerada louca por todos, mas minhas notas são excepcionais, e isso não acontece à toa. Cada tarefa completada e cada noite em claro vale a pena quando olho para o meu histórico acadêmico, é apenas reflexo do meu esforço que coloco nos estudos.
Olho o relógio e percebo que já são quase 10 da noite. Minha barriga começa a roncar, lembrando-me de que não comi desde a tarde. A fome se torna insuportável, então decidi ir até a cozinha preparar algo rápido. Opto por um ramen, pois é simples e sempre satisfatório.
Depois de preparar o prato, me sirvo generosamente e me acomodo no sofá para assistir um pouco de TV. Essa é a minha hora de relaxar, um momento sagrado após um longo dia de estudos e tarefas. O calor do ramen e o sabor do suco trazem conforto, e me perco em um episódio de minha série favorita.
Ao terminar, coloco as coisas na pia. Tenho a sorte de contar com uma faxineira que vem todos os dias, o que me alivia a carga de tarefas domésticas. Recentemente, negociei com a monitora da residência. Ela aceitou trabalhar para mim, limpando o espaço e até deixando comida pronta em dias mais corridos. Essa nova ajuda me permite ter mais tempo para me concentrar nos meus estudos e relaxar.
Depois de jantar, sinto a necessidade de um banho, calor da água me relaxa e, enquanto me ensaboa, deixo a tensão do dia escorregar pelo ralo. Após o banho, coloco um pijama confortável, e finalmente, vou me deitar, ajeitando os travesseiros e me enfiando entre os lençóis macios. Enquanto fecho os olhos, agradeço por ter conseguido organizar minha rotina de estudo.
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Atualizado até capítulo 38
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