Depois daquele beijo inesperado com Kim, eu me afastei dele, sentindo uma mistura de emoções tumultuadas dentro de mim. A necessidade de reorganizar meus pensamentos me levou direto para o banho.
Após o banho, voltei para o quarto e me deitei na cama, permitindo que meus pensamentos vagassem. Lembrei da expressão furiosa de Park ao ver aquele momento íntimo entre mim e Kim. Eu adorava aquela ideia de vê-lo tão irritado, que uma parte de mim achava divertida, enquanto a outra se debatia contra a crescente confusão de sentimentos que se formava em meu peito. O beijo de Kim, me atormentava.
De repente, a cama se afundou ao meu lado e senti o corpo quente de Kim se aproximar. A presença dele era inquietante. A proximidade do seu corpo provocava uma onda de calor que se espalhava pela minha pele, fazendo meu coração acelerar de maneira incontrolável. Cada movimento parecia deliberado, como se ele estivesse consciente do efeito que tinha sobre mim.
Kim se deitou ao meu lado, e a atmosfera no quarto mudou instantaneamente. O ar parecia mais denso, carregado de eletricidade, enquanto nossos olhares se encontravam. Eu tentei ignorar a todo custo.
Ele inclinou a cabeça para me observar melhor, seu sorriso travesso fazendo meu estômago se revirar. Aquela mistura de despreocupação e charme era algo que eu não conseguia resistir, mesmo sabendo que deveríamos manter distância. A lembrança do beijo que compartilhamos anteriormente me atormentava. Tinha que ser por eu estar bêbado.
— O que você está pensando? — Kim disse, sua voz suave como seda, quebrando o silêncio tenso que havia se formado entre nós.
Eu hesitei, as palavras se aglomerarem na minha garganta. O que eu deveria responder? A verdade era que eu estava pensando em como ele poderia despertar algo dentro de mim que eu mal compreendia. Era um desejo que misturava o ódio que sentia por ele com uma atração inegável. Eu me perguntava se ele também sentia essa tensão, ou se era apenas eu perdendo em pensamentos.
— Nada demais — respondi, tentando manter a casualidade na minha voz, embora meu coração disparasse. Mas ele não parecia ter acreditado.
Kim se aproximou ainda mais, o calor do seu corpo irradiando e tornando o espaço entre nós ainda mais pequeno. A ideia de nos afastarmos parecia cada vez mais absurda. Era como se uma força invisível nos puxasse um para o outro, desafiando toda a lógica e racionalidade.
— Eu não acreditei em "nada demais" — ele disse, sua expressão séria, mas com um leve sorriso nos lábios. — Tem algo em sua mente que quer compartilhar.
Senti um arrepio percorrendo minha coluna. A forma como ele me encarava, com aquela intensidade, me fazia sentir exposta, como se estivesse nu diante dele. Eu sabia que eu deveria desviar o foco da conversa, mas algo dentro de mim queria se abrir. Era confuso, como se um campo de batalha estivesse se formando entre meu desejo e meu senso de autocontrole.
— Apenas... coisas normais — murmurei, tentando desviar uma conversa. — A faculdade, as aulas...
Kim balançou a cabeça, um sorriso brincando em seus lábios. Ele parecia se divertir com minha tentativa de esconder a verdade.
— Isso não é o que você realmente quer falar. Há algo mais — insistiu, seus olhos penetrando os meus.
Por um momento, fiquei em silêncio, lutando contra a tentativa de me abrir para ele. Eu poderia realmente confiar nele? Eu poderia me permitir explorar essa nova dinâmica entre nós?
A presença dele era irresistível, e percebi que estava em uma encruzilhada. Por um lado, havia o desejo de manter a distância, mas, por outro, havia uma atração inegável que me chamava. E, naquele momento, tudo o que eu realmente queria era saber até onde aquela conexão poderia nos levar.
Maldita falta de sexo misturada com bebida, por sorte ele mudou de assunto
— Amanhã vamos almoçar juntos. À noite, voltamos para o dormitório — disse ele, com a voz baixa e um tom de certeza.
— Ok — respondi, segurando a respiração, uma parte de mim hesitante sobre o que isso fez.
— Temos que passar o dia longe deles — ele disse, como se pudesse ler minha mente.
— Podemos voltar na segunda. Vamos chegar juntos na faculdade, isso vai chamar bastante atenção — sugeri, tentando sorrir para esconder a ansiedade que sentia.
— Sim — Kim respondeu.
O domingo passou, e acabamos praticamente dormindo a maior parte do dia. À noite, decidimos ir ao shopping, onde aproveitei para comprar algumas roupas novas.
Na segunda-feira, a manhã chegou rapidamente. Nos arrumamos e seguimos para a faculdade. Kim estacionou seu Masserati super chamativo, um modelo que sempre atraía olhares. Ele abriu a porta para mim descer, e ao sairmos, entrelaçamos nossas mãos, fingindo manter uma conversa animada.
Ele me acompanhou até minha sala, onde me deu um selinho rápido, um gesto que chamou a atenção de muitos.
— Espera por mim no intervalo — disse ele antes de sair, e eu simplesmente acenei, ainda com um sorriso no rosto.
Sentei no fundo da sala, mas logo percebi que não vi nem Bo Ra nem Yoko. Sem a companhia delas, as aulas se arrastaram como se o tempo estivesse se arrastando. Finalmente, o intervalo chegou, e eu estava guardando minhas coisas quando Kim entrou na sala, sempre arrogante. As meninas ficaram babando por ele, e ele veio diretamente até mim, me dando outro selinho, como se estivéssemos em um mundo só nosso.
— precisamos incentivar a fofoca — Kim sussurrou em meu ouvido, e não consegui evitar uma risada.
— Claro — respondi, revirando os olhos .
Fomos juntos para o refeitório. Ele passou o braço em meu ombro, enquanto eu coloquei meu braço em sua cintura, e juntos fingimos estar super relaxados, rindo e conversando como um casal normal.
Ao entrarmos no refeitório, todos os olhares se voltaram para nós. Era como se todos tivessem apenas focados em observar nossa interação. Tentamos agir naturalmente enquanto pegávamos nosso almoço e nos sentávamos com os meninos.
— Você pode explicar o que está acontecendo? — Meu irmão, Nam, perguntou, claramente curioso e confuso.
— Desculpa, Nam, eu deveria ter te contado. Estou namorando sua irmã — Kim respondeu, passando a mão na nuca de forma despreocupada.
Nam começou a rir, como se fosse a melhor piada do ano.
— Melhor piada do ano! Para de mentir! Vocês se odeiam desde sempre! — Ji, riu, balançando a cabeça em negativa.
— Mas é verdade — digo, tentando manter a normalidade enquanto continuava a comer.
— Toma isso que eu sei que você gosta — Kim disse, colocando brócolis do prato dele no meu. — Odeio isso.
— Você é muito chato para comer — eu o encarei, a aprimorado começando com um sorriso involuntário.
— Não sou chato não, sua pirralha — ele disse, me abraçando e me dando um selinho.
— Se você me chamar assim de novo, vou te obrigar a comer brócolis pela semana toda — eu disse, fazendo uma careta.
— Parei, amor — Kim disse, e eu ri, achando graça.
Enquanto isso, os meninos observavam a cena, incrédulos. Park estava com um olhar de ódio, e eu podia sentir uma tensão crescendo entre nós.
Depois do almoço, Kim me acompanhou de volta para a sala, e eu percebi que estava me divertindo, mesmo que uma parte de mim estivesse preocupada com algo não normal dentro de mim.
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Atualizado até capítulo 38
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