CAP 17

Já faz um mês desde que terminei com o Park.

É estranho como o tempo passa rápido e, ao mesmo tempo, parece se arrastar. Sinto falta dele, disso não posso negar. Sinto falta das conversas, dos momentos juntos, da companhia. Mas sinto mais falta da pessoa que eu achei que ele fosse, não de quem ele realmente mostrou ser. Essas lembranças me assombram, mas hoje é sábado, dia de festa. Um bom motivo para tirar um pouco esse peso dos ombros. Combinei com as meninas de nos encontrarmos na frente do dormitório, e já decidimos: vamos de táxi. Vamos beber até cair, literalmente. Precisamos disso.

Escolho meu look com cuidado. Opto por uma calça preta de couro que valoriza minhas curvas e uma camisa branca transparente, deixando à mostra uma lingerie perfeita — aquela que eu guardo para ocasiões especiais. Deixo alguns botões abertos para dar um toque provocante, estou pronta para me divertir.

Quando chegamos à festa, a música e as luzes trazem uma completa sensação de monotonia no ar. Olho em volta e vejo meu irmão com os amigos, todos eles em um canto, cercados por garrafas de bebida. Decidimos nos sentar perto deles, e, ao fitar as meninas, percebo que estão tão entediadas quanto eu. Nada parece estar à altura da noite que prometia.

— Nossa, que festa sem graça. Não concorda? — A voz de Kim corta o som ao meu lado. Ele me encara com aquele ar presunçoso. — Você poderia dar um jeito, já que é a rainha das festas.

Dou um sorriso de canto.

— E eu poderia mesmo, mas acho que as pessoas aqui não saberiam aproveitar como nós. — Me aproximo um pouco mais dele, sussurrando como se fosse um segredo.

— Realmente — kim concorda, com um meio sorriso debochado

Antes que eu pudesse responder, a voz de Park corta o ar como uma lâmina

—Delinquentes e sem nenhuma noção de responsabilidade são só vocês mesmo..

— Park, você ainda não está sabendo? — Kim diz casualmente, tomando um gole de seu whisky.

— O que há para saber? — Park pergunta, com uma mistura de desdém e curiosidade.

Kim se ajeita na cadeira com um movimento calculado, como se soubesse que todos os olhares estavam sobre ele. A camisa vermelha que ele vestia parecia feita sob medida, moldando-se perfeitamente ao seu corpo musculoso, destacando cada contorno. O tecido fino revelava sutilmente a força de seus braços, enquanto o colarinho aberto deixava à mostra a ponta de sua tatuagem, uma obra de linhas e sombras que começava em seu pulso esquerdo e se estendia por todo o braço, subindo até o pescoço. O desenho, embora parcialmente oculto, exalava uma mistura de mistério e perigo, como se cada traço contasse uma história que poucos ousavam perguntar.

Kim lança um olhar vitorioso à sua volta, os olhos brilhando com uma confiança que me fazia segurar a respiração. Era o tipo de olhar que fazia com que as pessoas à sua volta se sentissem pequenas, insignificantes. Mas que por algum motivo inexplicável estava fazendo meu núcleo esquentar e se liquifazer. Havia algo de intenso em seu semblante, como se ele estivesse sempre no controle, sempre um passo à frente. E ele sabia disso, e eu também.

A maneira como ele se posicionava, o modo como os lábios se curvavam num sorriso quase imperceptível, que prendia meu olhar, sugeriam que já tinha a vitória garantida, muito antes de qualquer palavra ser dita. O silêncio que antecedeu sua resposta parecia mais uma manobra, um jogo mental para reforçar sua superioridade. Quando finalmente falou, sua voz grave era calma, firme, mas carregada de uma arrogância velada, como se cada sílaba tivesse sido cuidadosamente escolhida para mostrar que, ali, quem ditava as regras era ele.

— Eu sou o CEO das empresas da minha família. Assumi todos os negócios. É por isso que estou de volta.

O choque no rosto de Park é evidente, mesmo que ele tente disfarçar. Eu quase posso sentir o gosto da vitória no ar, e a expressão triunfante de Kim só aumenta isso.

— Mas... seu avô nem passou nada para seu pai ainda. — Park rebate, tentando manter sua compostura.

Kim dá uma risada curta.

— Verdade, ele passou direto para mim. Não sou mais apenas o filho de um CEO, eu sou o CEO.

A arrogância no tom de Kim é inegável, mas, de alguma forma, isso só o torna mais atraente. Não consigo evitar um sorriso ao ver a cara de Park — ele tentou menosprezar Kim, mas levou um belo tapa de luva. Decido entrar no jogo.

— Então, senhor chaebol, acho que está na hora de eu fazer umas ligações e apimentar essa festa. — Digo, com um sorriso malicioso.

— Faça isso — Kim diz, piscando para mim, com aquele sorriso que me tira o fôlego. — Você tem meu total respaldo. Sei que você é ótima nisso... e em outras coisas também.

O ar entre nós fica denso, quase palpável. Será que Kim está me usando para atingir Park? Talvez, mas o próprio kim foi quem disse que não me ajudaria, que odiava minha presença. Se ele está desconfortável, isso não é mais problema meu. Olho para Kim e dou uma piscadela provocativa.

— Que bom que você não esqueceu. — Minha voz sai mais suave, quase brincalhona mas sexy.

— Impossível te esquecer, Areum. — Kim responde, sua voz baixa e rouca, enviando um arrepio pela minha espinha.

Espera. Como ele conseguiu fazer meu nome soar tão... sexy? Isso me pega desprevenida, e por um momento, me perco nesse jogo perigoso. Mas, logo me recomponho. Olho para Park e vejo a raiva cintilando em seus olhos. Ele está furioso, e quer saber? Eu adorei. Melhor ainda é ver Nari, sua namorada, percebendo o ciúme estampado na cara dele. E eu? Bem, eu só posso sorrir diante dessa cena.

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Comments

Adriane Alvarenga

Adriane Alvarenga

É Park perdeu....kkkkkk

2025-02-28

0

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