Depois de fazer algumas ligações e transformar a festa monótona em algo mais animado, comecei a observar o ambiente com mais atenção. Não demorou muito para notar Bo Ra e Yoko se agarrando com alguns garotos, e eu sabia exatamente onde aquilo iria terminar — e dito e feito. Logo depois, meu irmão também foi embora, e eu me vi cercada apenas pela galera mais chata da festa. Até mesmo Ji se despediu, e com isso, percebi que já era a minha hora de ir embora também.
Enquanto me preparava para sair, notei que Park ainda me observava de longe. Ele não tirava os olhos de mim, e por mais que eu quisesse que ele tomasse alguma iniciativa e viesse até mim, claro que isso não aconteceu. E então, do outro lado, estava Kim, sentado próximo a mim, sem fazer muito além de beber e parecer completamente alheio ao que se passava ao redor.
— Bom, eu já vou. — digo, pegando minha bolsa enquanto sinto minha cabeça girar um pouco. O álcool começava a fazer efeito.
— Vai pela sombra. — Kim responde, soltando uma risada sarcástica.
— Hahaha, tão brega. — reviro os olhos, mostrando o dedo para ele.
Enquanto isso, Park continuava me olhando fixamente de longe, e por mais que eu desejasse secretamente que ele tomasse uma atitude, ele permaneceu parado no mesmo lugar. Senti aquela frustração habitual crescer em mim, mas resolvi não insistir. Saí da festa e chamei um táxi, mas, como se o universo estivesse conspirando contra mim, o motorista cancelou a corrida no último minuto. Lá estava eu, parada na frente da casa, esperando pelo próximo carro, quando Kim parou o carro dele bem ao meu lado.
Ele desceu e, sem cerimônia, abriu a porta do passageiro. Seu hálito forte de uísque chegava até mim enquanto ele falava:
— Entra logo, temos negócios para resolver. E aproveita, o Park está nos olhando. — disse com um sorriso debochado.
Eu hesitei por um momento, mas a ideia de deixar Park mais desconfortável, ou quem sabe até com ciúmes, me pareceu tentadora. E além disso, não tinha muitas opções no momento.
— Ok, mas só porque isso pode ser útil. — murmurei, entrando no carro.
Fomos em silêncio pela maior parte do caminho, até que, do nada, Kim falou novamente:
— Ele ainda está nos seguindo. — disse, olhando pelo retrovisor.
— Quem? — perguntei, confusa.
— Garota lerda, — ele riu, balançando a cabeça em descrença — o Park está nos seguindo. Vamos descer no hotel e entrar de mãos dadas, vai ser divertido.
Eu cruzei os braços e o encarei com desconfiança.
— E por que eu deveria fazer isso? Você me disse, não faz muito tempo, que jamais me ajudaria com qualquer coisa.
Kim deu de ombros, ainda com aquele ar despreocupado de sempre.
— Mudei de ideia. — ele disse, como se fosse a coisa mais normal do mundo — Park é meu amigo, mas hoje ele foi um completo babaca comigo, tentando me humilhar por causa de tudo que aconteceu com minha família. Então, se irritá-lo te beneficia, estamos no mesmo time por enquanto.
Eu o encarei por um momento, refletindo sobre a situação. Se Kim realmente estava disposto a colaborar, por que não aproveitar?
— Ok, — concordei, decidindo entrar no jogo — mas nós vamos fazer isso do meu jeito. Você desce primeiro, abre a porta para mim, e quando eu sair, você a fecha e me encosta no carro. Depois disso, você me beija, mas não um beijo qualquer. Quero que seja algo dramático, só para irritá-lo ainda mais. Entendido?
Kim riu, claramente achando graça da situação.
— Até que você não é burra. Gostei da ideia. — ele respondeu, me dando um peteleco na testa de brincadeira.
E assim ele fez exatamente como eu disse. Ele desceu do carro com um ar confiante, abriu a porta para mim e, ao sair, ele me encostou suavemente contra o carro. O momento parecia ter sido cuidadosamente ensaiado, uma coreografia perfeita para provocar Park. No entanto, foi exatamente nesse instante que o plano começou a sair um pouco dos trilhos. O que deveria ser um simples beijo, uma encenação para provocar ciúmes, rapidamente se transformou em algo muito mais intenso.
Kim me beijou devagar, seus lábios se movendo com uma intensidade inesperada, como se estivesse saboreando cada segundo daquele momento. Era um beijo lento, sensual, e, ao mesmo tempo, poderoso. Ele parecia ter a intenção de me absorver por completo. O mundo ao nosso redor desapareceu, e tudo que importava eram nós dois. A tensão entre nós era palpável, uma eletricidade que iluminava o ar.
Eu poderia sentir meu coração acelerando, e uma onda de sensações tomou conta de mim. A suavidade de seus lábios contrastava com a firmeza de suas mãos, que agora se apoiavam em minha cintura e apertava, puxando-me mais perto. Era como se ele estivesse me dizendo que aquele momento deveríamos aproveitá-lo ao máximo. Eu hesitei por um breve instante, mas a verdade era que não conseguia pensar em mais nada além de Kim e da forma como ele me fazia sentir.
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Atualizado até capítulo 38
Comments
Adriane Alvarenga
Uau... que tudo.....amei....😍😍😍😍😍
2025-02-28
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