As férias chegaram ao fim, estou de volta ao meu eu normal. Meu pai e minha mãe, que sempre foram os melhores pais do mundo, " contém ironia " estão agora mais envolvidos do que nunca. Eles demonstraram uma preocupação profunda com o Park. Ele foi quem me traiu, e a dor dessa traição ainda ressoa em mim, mas, ironicamente, acabei me tornando a vilã dessa história.
Ao terminar tudo, inclusive o maldito noivado que meus pais insistiram em inventar, a culpa foi toda jogada sobre mim. Eu já imaginava que o fim desse relacionamento poderia desencadear uma onda de desapontamento e críticas, principalmente vindo dos meus pais. Eu queria que meus pais se preocupassem com o meu bem-estar emocional, mas, em vez disso, percebi que o foco deles estava se meu irmão estava bem depois da briga. Afinal, ele apenas socou Park, um ato que foi visto como impulsivo, mas que eu interpreto como um sinal de amor e proteção.
Essa situação toda me leva a refletir sobre o papel que desempenho dentro da minha própria família. Sou a filha que, não consegue manter um relacionamento saudável, a que causou conflito entre amigos e familiares. As críticas implícitas estão sempre presentes. A relação que tenho com meus pais sempre foi conturbada, e neste momento parece que a guerra estourou e estamos em um campo de batalha, onde eles tem seu ponto de vista e não fazem a menor questão de ouvir o lado.
Kim voltou com nós das férias, e a vida mudou drasticamente. A família dele reassumiu o poder na Coreia, e não é surpresa que Kim esteja na linha de frente de tudo isso. Seu pai se casou com uma japonesa, mas não é uma qualquer; ela é a filha do chefe da triade mais poderosa da Yakuza. Kim se tornou CEO das empresas da família, com um poder e uma riqueza que ofuscam qualquer um na nossa roda de amigos. Pode juntar a riqueza dos Park, Nam e Ji que não dá a dele.
A verdade é que, com o retorno dele, minha vida universitária tornou-se uma merda. Não sou mais parte do F4. Ele ocupou meu lugar, e isso é algo que eu estava ciente que aconteceria. Por um lado, posso entender que ele tenha a vantagem de um dos membros antigo e o sobrenome poderoso, mas, por outro lado, me sinto descartada.
Agora, sou apenas a irmã caçula do Nam. E o que mais me irrita é que, mesmo sabendo do seu comportamento insuportável, não consigo escapar da sua presença. Frequentamos os mesmos lugares, temos os mesmos amigos e, por consequência, somos forçados a conviver. Ele parece se divertir com isso, sempre com aquele sorriso arrogante, sabendo que me incomoda.
Cheguei na faculdade e, sem muita animação, fui direto para a minha sala. Escolhi o último lugar da fileira, próxima a janela, sentei e abaixei a cabeça, tentando passar despercebida. No entanto, senti alguém me cutucar. Levantei o olhar e, para minha surpresa, era Park Bo Ra. Nós não éramos exatamente melhores amigas, mas sempre nos demos bem. Nossas personalidades se assemelhavam, o que tornava a convivência fácil.
— Mulher, estamos na mesma sala! Isso vai ser ótimo! — disse Bo Ra com aquele sorriso divertido que ela sempre tinha.
— Até que enfim alguém igual a mim! — respondi, também rindo. Eu realmente precisava de uma companhia que entendesse meu jeito de ser.
Enquanto conversávamos sobre trivialidades, senti que essa proximidade poderia se transformar numa amizade sólida. Bo Ra tinha esse jeito descomplicado, e era fácil estar ao redor dela. Nossa conversa fluiu naturalmente, e o primeiro dia de aula estava ficando menos tedioso.
Foi então que uma garota japonesa entrou na sala e escolheu sentar-se perto de nós. O jeito dela me chamou atenção de imediato. Ela parecia compartilhar do mesmo estilo que eu e Bo Ra, algo mais nós, que fugia um pouco do padrão esperado na nossa faculdade.
— Bem-vinda a... — olhei em volta tentando achar um adjetivo adequado para descrever aquele ambiente, mas desisti e completei com uma expressão de tédio — a esse lugar.
Ela riu levemente, e eu me apresentei.
— Sou Nam Areun.
— Park Bo Ra, prazer! — disse Bo Ra de forma calorosa, sempre mais extrovertida que eu.
— Yoko Yamashida, o prazer é meu. — respondeu a garota, estendendo a mão.
Logo começamos a conversar sobre tudo: música, filmes, moda... Era como se Yoko já fizesse parte do nosso pequeno círculo. Eu podia sentir que essa nova amizade tinha potencial.
Mas então veio a pergunta inevitável, o assunto que sempre acabava surgindo:
— Vocês conhecem esse tal de F4? — Yoko perguntou, curiosa. Era quase impossível frequentar a nossa faculdade e não ouvir falar sobre eles.
Suspirei, já esperando essa pergunta, e respondi:
— Sim, eu sou a irmã caçula do Nam Joo Hyuk, e a Bo Ra é prima do Park Hyung. — fiz uma careta, mostrando o quanto eu não gostava de ser associada a eles.
— Infelizmente... — Bo Ra completou, revirando os olhos.
Yoko, por outro lado, parecia refletir sobre algo antes de compartilhar um detalhe interessante sobre sua própria vida:
— Eu... bem, minha mãe é casada com o pai do Kim Soo Hyun.
Bo Ra e eu nos entreolhamos, surpresas. Isso certamente não era algo que esperávamos.
— Não! Você é muito legal para ser irmã daquele babaca! — exclamei, fingindo um drama exagerado e rindo.
Yoko sorriu, mas parecia surpresa:
— Espera, você conhece ele? — perguntou, como se isso fosse algo fora do comum.
— Se eu conheço? Mais do que eu gostaria. Cresci com esses idiotas, eles são amigos de infância. — respondi, com um tom de cansaço.
— Uau, vocês realmente não parecem com aquelas típicas meninas riquinhas. — disse Yoko, parecendo realmente genuína.
— Obrigada por notar. — respondeu Bo Ra, lançando um olhar cúmplice para mim. Nós sempre tentávamos nos distanciar dessa imagem estereotipada, apesar das nossas famílias.
A conversa fluiu naturalmente, e em pouco tempo estávamos falando sobre planos mais interessantes.
— Então, onde podemos encontrar uma boa boate para ir? — Yoko perguntou com um brilho de expectativa nos olhos.
Eu sorri, já prevendo que Yoko se encaixaria perfeitamente no nosso grupo.
— Minha querida, bem-vinda ao nosso mundo. Vai ser um prazer ser sua guia nessa jornada. — disse, dando um sorriso largo e malicioso.
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Atualizado até capítulo 38
Comments
Adriane Alvarenga
Misericórdia desses pais dela....será que ela é realmente filha deles???? Torcendo para que Auren fique com Kim....e que Park morra de ciúmes.... kkkkkk
2025-02-28
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Amanda
ameiii faz o ex dela se humilhar pra caramba e ela ficar com mas lindo e rico ah mandar os pais ficarem bem quietinhos perderem a mordomia e se rastejar pedindo ajuda dela /Angry//Angry//Angry//Angry/coloca fogo nesse parquinho adorooooo
2024-11-21
1
Maria Oliveira Poranga
Trio formado para loucuras kkkkkk
2024-11-21
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