Capítulo 19

POV Emília 

Imaginei que o terror de um cafajeste era pagar pensão para os próprios filhos, homens desse tipo inventam qualquer desculpa para não assumir suas responsabilidades, mas o irmão do Terry não vai ter como fugir.

Enquanto Bruno era massacrado pelas mães e pelas crianças, instintivamente me afastei e sentei na perna de Terry, adorando a confusão, ele merce isso e muito mais.

— Está satisfeita com o caos que você causou? — Terry pergunta, segurando em minha cintura.

— Estou quase satisfeita, só vou ficar totalmente quando o seu irmão perceber que vai ter que trabalhar muito mais para pagar as pensões. Ele não vai ter tempo nem de olhar para outras mulheres e espero que isso cause um trauma nele.

— Nossa, você é cruel. — Terry diz isso, mas seu rosto estava com uma expressão divertida.

Me viro para ele e observo seus lindos olhos castanhos, de repente os sons de gritos somem e eu me perco observando o seu lindo rosto.

— Terry… eu penso que eu sou muito melhor planejando vinganças do que você. Prefiro ver em seu rosto diversão do que seu olhar de rancor. Você fica muito mais bonito quando me olha assim.

— Então você pensa que eu sou bonito?

Ele pergunta e beija minha mão, me fazendo desviar o olhar. Eu não queria dizer isso exatamente, foram palavras que saíram naturalmente.

— Então eu sou feio?

— Não! Eu só nada não queria dizer isso tão na cara, sabe? Eu fico com um pouco de vergonha.

— Pois eu acho que você tem estado com muito menos vergonha. Começou a falar muito, sorrir muito e olha, eu te abracei e você não quis fugir. Talvez você não seja tão envergonhada assim. — ele diz, levantando uma sobrancelha.

— Pensa que eu fingi o tempo todo?

— Bem, não, mas… será que não está recuperando suas memórias?

Levei um baque de repente. Nesses dias, pela primeira vez na vida não pensei muito em minhas memórias, foquei em me divertir e não no meu medo de descobrir o que tem no passado. Será que naturalmente estou recobrando minhas memórias?

— Você chegou a pedir ao Domingos ajuda sobre isso? Ou só pensou em pedir ajuda para armar sua travessura?

— Eu…  — fico pensativa por alguns instantes, até que lembro — Sim, eu cheguei a mencionar e ele me disse que não deveria me preocupar já que ele conhece uma terapeuta excelente.

Terry me olha com espanto e junta as sobrancelhas, algo que me deixa curiosa sobre o que está passando pela sua cabeça.

Imediatamente ele, dirige a cadeira, e saímos da confusão do escritório e vamos para o quarto, lá, Terry pega o celular liga para o Domingos, colocando o aparelho no viva-voz.

— Domingos, Emília me disse que você vai trazer uma terapeuta para ela. Por favor, não me diga que é quem estou pensando.

— É a melhor terapeuta que conheço.

Domingos diz e eu fico muito curiosa sobre quem eles estavam falando.

— Pode cancelar! Não vai dar certo se ela vir para cá!

— Você não me dá ordens mais, esqueceu, Terry? Agora quem manda é Emília e só ela pode pedir para cancelar.

— Emília está aqui, ouvindo tudo. Ela vai querer que cancele a terapeuta.

— E você fala agora por ela? Não sabia que Emília está em um relacionamento abusivo. Olhe Terry, em um tribunal eu defendo Emília e você vai ter que se virar sozinho.

— O-o quê?! Desde quando você levou meu amigo para o seu lado, Emília?

Eu fico confusa com aquela conversa e apenas dou de ombros.

— Olha, Domingos, Emília está ouvindo tudo, você está no viva-voz.

— Ah, oi Emília! Como está o seu dia hoje, querida?! — Domingos diz, de forma educada e gentil, mudando o tom que estava usando com Terry.

— Eu estou muito bem, que bom que perguntou! Meu dia está ótimo!

— Deu tudo certo no seu plano? Está satisfeita com o que consegui?

— Não poderia ter sido melhor, você é incrível, Domingos! — respondo, animada.

— Olha, não mude de assunto, Domingos. Cancele a terapeuta, Emília está de acordo, não é? — Terry diz, nos interrompendo.

— Não, eu quero saber quem é essa mulher! Quem é essa pessoa, Terry?!

— Alguém que vai confundir mais a sua mente do que ajudar.

Logo ouvimos a voz de Domingos saindo do aparelho celular: 

— Emília, não ouve o ranzinza do seu marido, acredite, você vai gostar da terapeuta. E a verdade é que, mesmo que o Terry recuse, ela vai aparecer uma hora ou outra para conhecer a nova esposa do filho dela.

— O quê?! — pergunto espantada.

— Ah, eu vou desligar! Não chame ela, Domingos! Não agora.

Terry desliga o aparelho e olho para ele, aguardando uma explicação.

— Porque ela não pode vir? Porque tem tanto medo? — pergunto, muito curiosa sobre tudo.

— Por que ela não gosta de noras, entende? Ela vai confundir sua cabeça e a minha também. Esse não é o momento para recebermos a visita da minha mãe.

Me encolho um pouco, tentando imaginar como ela era, se ela era malvada e tentaria nos separar.

Sinto Terry me apertando em seus braços e beijando meu pescoço, aos poucos minhas preocupações vão se dissipando e me vejo sorrindo como uma boba.

— Você gosta dos meus beijos? — ele pergunta, enquanto continua a me beijar.

Só consigo acenar em positivo e logo em seguida Terry toma os meus lábios em um beijo envolvente. Seus lábios se movem lentamente grudados aos meus, me seduzindo e me fazendo sentir sensações diferentes em meu abdômen.

Me contorço em seus braços, sentindo meu fôlego faltar. Sinto sua barba, fazendo cócegas na minha pele e fazendo meus dedos dos pés de contorcerem.

— Terry, para. Por favor. — digo, com minha respiração entrecortada e meus batimentos acelerados.

— Humm, você é tão cheirosa, macia e tão sexy. Por Deus, é muito difícil resistir a você! — ele diz, passando o nariz pelo meu pescoço e confesso senti-lo assim é muito gostoso, mas eu…

— E se eu não gostar se continuarmos?

— Você vai gostar. Você vai amar. — ele diz e aperta a minha bunda com vontade, até eu sentir uma ardência no local.

— Não! — me levanto imediatamente, ciente que essa era a minha única chance de resistir, meu corpo estava cedendo aos poucos, a um desejo que ainda era desconhecido para mim — Deixe-me recuperar minha memória primeiro, está bem? — digo, me afastando dele. Até o seu olhar, percorrendo o meu corpo, me fazia sentir arrepios — Eu não sei se devo fazer isso… Terry, você já imaginou que se eu recuperar minha memória, talvez eu descubra que meu coração pertence a outra pessoa?

— Humpf! Não importo com isso. Se o seu coração pertencer a outro, eu roubo ele para mim.

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Comments

Bia_ Maia

Bia_ Maia

tô amando esse personagem, não é nada clichê.
ele é bom pra quem é do bem e é um demônio pra quem atravessa seu caminho,nem família nem mulheres fazem ele de besta.
👏👏👏👏👏👏👏 parabéns autora pela excelente história e pelos personagens maravilhosos

2025-03-27

1

Neyde Alves

Neyde Alves

amando sua história autora, vc é maravilhosa, parabéns

2025-02-09

0

Erlete Rodrigues

Erlete Rodrigues

como será a mãe dele ⁉️⁉️⁉️😱😱😱

2024-11-30

3

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