POV Terry
Era 9h da manhã quando cheguei a cidade e imediatamente me dirigi ao apartamento de Bruno, estava adiando essa conversa, mas deveria conversar seriamente com aquele rapaz. Entendo que ele quer curtir a vida, mas já está na hora de ele tomar algumas responsabilidades.
Bato na porta dele e após esperar algum tempo, finalmente sou atendido.
— Terry, o que está fazendo aqui sem avisar? — disse Bruno ao abrir a porta, agindo de forma suspeita.
— Bem, voltei de viagem antes do previsto e resolvi vir te visitar. Está ocupado? — digo, tentando olhar para dentro, curioso sobre o que ele estava escondendo.
— Hamm, não estou ocupado… é claro que pode entrar. — ele disse e me deu espaço para passar.
Coloquei as mãos no bolso e olhei em volta, após olhei para Bruno que estava usando apenas uma toalha enrolada na cintura.
— Esse apartamento está nojento, não está recebendo visitas da faxineira? — digo, chutando uma lata de cerveja que estava no chão.
— Sabe como é, irmão?! Tive uma festinha na noite passada, logo a faxineira aparece para limpar.
— É exatamente sobre isso que eu queria conversar. Os vizinhos andam reclamando do barulho do seu apartamento.
— Ah, irmão, é sério que veio me falar disso?! Esses vizinhos estão com inveja das gostosas que entram aqui. O que eu posso fazer?
Meu irmão, Bruno, tinha uma fama em toda cidade, a cada noite era visto com mulheres diferentes, sem contar as festas que já davam o que falar. Nunca me meti nisso, porém, essas atitudes dele estavam começando a me incomodar.
— Sabe o que é? Você já tem 25 anos e já está na hora de parar de agir como um adolescente.
— Ei, cara?! Você vai começar a me dar lição de moral agora? Você não é o meu pai.
Ele veio em minha direção e me encarou, algo que não me agradou. Vim ter uma conversa de homem com ele e ele continua agindo como um moleque.
— Não sou o seu pai, mas sou eu que pago as contas das suas merdas. No dia em que você começar a pagar as próprias contas, vai conseguir fazer o que quiser sem que eu me meta.
— Humpf! Vai começar a dar uma bundão de agora, Terry? Todo mundo sabe que você é super rico, não precisa jogar na minha cara não. Está se preocupando demais com a minha vida, quando deveria estar se preocupando com sua esposa, sabe-se lá o que ela anda fazendo enquanto você está fora.
Imediatamente sinto meu sangue esquentar, pego no pescoço dele e aponto o dedo para sua cara.
— Moleque insolente! Respeita a minha esposa, escutou?
— Mande ela vir aqui que eu vou saber bem como cuidar da sua esposinha.
Minha visão ficou vermelha e as veias de minhas têmporas dilataram. Fechei meu punho tão forte que os nós dos meus dedos ficaram brancos, acertei o nariz daquele moleque desgraçado fazendo ele cair no chão e derrubar tudo em seu caminho.
— Hahahaha! — ele ficou rindo enquanto limpava o sangue de seu nariz.
Apontei para o meu irmão mais novo e disse:
— Um ano, Bruno! Você tem um ano para se formar e começar a pagar as próprias contas. Não vou mais te bancar!
Eu estava com tanta raiva, que poderia matar aquele moleque, mas como eu iria explicar isso para nossa mãe? Respirei fundo e pensei que o melhor era ir embora.
Me virei de costas e me dirigi a porta, quando de repente, olhei para o lado e atrás do sofá, vi uma lingerie jogada. Não era uma lingerie qualquer, era uma Fantasy Bra, uma lingerie exclusiva da Victoria Secret, única no mundo, a qual eu mesmo comprei para presentear minha esposa.
Aquilo foi como um baque, fiquei atordoado. Fechei a porta e fui andando, uma parte da minha mente dizia que aquela lingerie poderia ser só um copia da original e outra parte me dizia que era impossível existir uma cópia daquela peça.
Entrei no meu carro e saí do condomínio, imediatamente ouvi um som de notificação do meu celular, olhei e era uma mensagem da minha esposa, Priscila:
“Amor, fui no shopping, mas está tão chato sem você. Quando vai voltar?”
Um nó se instalou em minha garganta, sentia a raiva e a desconfiança cada vez mais me dominando.
Com as mãos trêmulas, digitei:
“Voltei de viagem e já estou indo para casa. Estou louco para te encontrar.”
Nesse momento, virei o carro bruscamente e voltei para o condomínio do meu irmão. Estacionei o carro, no meio de outros carros que estavam estacionados próximo ao prédio em que ele morava, em um local que me dava uma visão privilegiada da portaria do condomínio.
Fiquei observando, com o meu rosto retorcido, parecia que dentro de mim eu já sabia o que iria acontecer. Vi Priscila saindo da portaria correndo, ainda abotoando a sua camisa e Bruno estava atrás dela. Eles se beijaram intensamente, com ele apertando a bunda dela e fazendo ela sorrir como uma hiena desgraçada e após se despedirem, ela entrou no carro e logo partiu.
Pisei no acelerador e fui atrás. Eu nem conseguia ver nada na minha frente, só conseguia sentir raiva, rancor, eu queria matar aquela desgraçada!
Ela também acelerava, é claro, ela queria chegar logo em casa para enganar o merda do seu marido.
Eu pisava cada vez mais fundo no acelerador, estava descontrolado, ignorando tudo ao meu redor e esse foi o meu erro, pois quando me dei conta, meu carro estava girando no ar.
Tudo zumbia, o barulho de ferro se retorcendo, vidro quebrando e meu corpo sendo jogado para todos os lados, me causava um caos que não era tão grande quanto o caos que estava em meu coração.
Quando parou, eu mal sentia o meu corpo, o cheiro forte de gasolina misturado com o cheiro metálico de sangue, embrulhava meu estômago.
O carro tinha parado de capotar, mas minha cabeça girava e girava, impedindo-me de me concentrar.
Tonto e quase apagando, de repente senti uma pequena mão me tocando. De primeira, pensei que poderia ser um anjo vindo buscar minha alma, mas a escuridão do meu coração fez eu me revoltar, empurrei a mão do anjo, eu não podia ir para o céu, eu queria me vingar.
Ele voltou a pegar em meu braço e quando eu ia o empurrar, dei de cara com uma criatura monstruosa. Seu rosto estava preto de lama, ela estava tão suja que a única coisa limpa em seu rosto, eram os seus grandes olhos azuis expressivos.
Ela dizia alguma coisa, sua boca se mexia, eu não conseguia ouvir, só ouvia o zumbido em meu ouvido. Ela entrou no carro e com um caco de vidro cortou o meu cinto.
Não sei como ela conseguiu, mas ela puxou o meu corpo de dentro do veículo e enquanto me arrastava, eu via labaredas de fogo tomando conta do carro, e a partir daquele momento, percebi que aquele anjo sujo e maltrapilho, acabou de salvar minha vida.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Sandra Regina
Mais na hora do desespero a gente nem pensa o que está falando
2025-03-12
9
Marineia Araujo
como essa leza usa uma lingerie que é esclusiva e presente do marido, mas é burra mesmo 😃😂
2025-03-20
0
Marineia Araujo
como essa leza usa uma lingerie que é esclusiva e presente do marido, mas é burra mesmo,sem noção 😃😂
2025-03-20
1