POV Emília
Voltei as buscas e rapidamente me vi mergulhada nas informações.
“Anne Marie, famosa chefe de culinária francesa. Ela chegou a cozinhar para celebridades e até para membros da realeza.”
Me senti animada ao descobrir que minha mãe era uma pessoa tão importante assim.
“Há dez anos, Anne Marie desapareceu misteriosamente, ela embarcou em um navio com destino a França, mas não desembarcou no país quando o navio atracou no país. Depois de muitos anos de busca, Anne Marie foi dada como morta. Uma perda para a culinária francesa de uma chefe tão talentosa. Anne Marie se foi deixando pesar para a família, seu marido Antoine e sua filha Angélique.”
Fiquei um pouco perdida, e eu? Onde está meu nome? Eu tenho uma irmã?
Fiquei ansiosa, aquelas informações me trouxeram mais dúvidas do que respostas.
Comecei a pesquisar imediatamente pelo meu pai, mas encontrei apenas duas menções, uma foram em fotos de uma empresa que organiza festas de casamento, do casamento de meu pai, Antoine com outra mulher, Valentine Lavigne.
De repente, minha cabeça começou a doer. Doeu muito forte ao ouvir esse nome, senti uma angústia que quase me sufocou. Olhei bem a foto do casamento e o rosto daquela mulher, era como se tivéssemos alguma questão mal resolvida.
Vasculhei todas as fotos e só tinham meu pai e a noiva, mas não vi a tal Angélique ou foto de alguém que se pareça comigo. Faz 10 anos que minha mãe foi dada como morta e foi há seis anos esse casamento, apenas um ano antes da perda das minhas memórias.
Me perguntei se essa mulher tinha algo a ver com a perda da minha memória e a minha internação no sanatório.
Porém, forçando minha lembrança agora, tento voltar ao dia que acordei no hospital sem memórias. Essa mulher não estava lá e na verdade, nem o meu pai. Não lembro de reconhecer nenhum desses rostos, só me lembro de um homem desconhecido que afirmava que eu não estava dizendo coisas coerentes.
“E o que eu estava dizendo mesmo?”, minha cabeça dói, dói muito.
Sinto vontade de vomitar, meu estômago se contrai. Mas ainda assim continuo a pesquisar.
Abro a segunda menção ao meu pai na pesquisa e a segunda menção dizia que ele morreu há dois anos atrás. Que ele deixou sua esposa, Valentine e uma filha, Angélique.
Não tinham fotos senti uma sensação ruim em peito e uma vontade de chorar. Meu pai morreu e eu nem me lembrava dele, e eu nem pude me despedir. O que aconteceu comigo, meu Deus?! O que aconteceu?
Estava até difícil de respirar, eu me sentia triste e ao mesmo tempo frustrada por não conseguir me lembrar de nada.
Comecei a pesquisar sobre a tal Valentine, possivelmente minha madrasta. Além das mesmas menções onde encontrei sobre o meu pai, encontrei uma em que mencionava que Valentine era irmã de minha mãe e outra menção que ela era diretora de um orfanato. Não havia mais nada.
Nesse momento minhas dúvidas estavam mais aguçadas, eu já não ouvia ou via nada em minha volta. Perguntas iam e vinham a todo tempo e eu estava mais perdida do que antes.
“Angélique Amorim”, digitei na pesquisa e aparecia apenas algumas fotos dela quando criança ao lado de minha mãe. Senti uma semelhança assustadora entre nossas aparências.
Em uma menção dizia que Angélique largou a faculdade de artes plásticas para viajar o mundo após o desaparecimento de sua mãe.
Muitos mistérios apareceram agora e eu percebi que para descobrir eu não conseguiria apenas pesquisando na internet, talvez eu tivesse que encontrar essas pessoas e perguntar o porquê ninguém sentiu a minha falta. Por que não tem nenhuma menção que alguém estava me procurando?
Será que eu era uma pessoa ruim?
Lentamente fui digitando, letra por letra: Clínica Psiquiátrica Coração de Maria.
Apareceu imediatamente a página e lá tinha um aviso: “Procura-se paciente Emília Amorim. Ela é dócil e não apresenta perigo, pedimos que se você tenha visto essa mulher, entre em contato com nossa clínica. Ela apresenta confusão mental e traços de esquisofrenia, mas repetimos, não é violenta, só precisa de tratamento para o bem estar dela.”
Embaixo do aviso havia uma foto minha na clínica psiquiátrica, algo que me assustou de repente.
Eu não quero voltar para lá e esse diagnóstico está errado. Eu não tenho essas coisas e só estou confusa por ter perdido minhas memórias.
Imediatamente me sinto paranóica, me perguntando se já sabem que estou aqui com o Terry. E as fotos que ele tirou, será que poderiam me reconhecer por aquelas fotos?
Me levantei abruptamente e corri, para entrar em casa.
Eu estava assustada e não queria que me encontrassem antes que toda a verdade fosse revelada.
Fiquei olhando para trás a todo momento, até que de repente bato em Priscila e meu laptop cai no chão.
— Priscila, o que houve com o seu cabelo? — pergunto, impressionada por ver o cabelo dela picotado, com um corte irregular e bizarro.
— Emília! Foi um acidente! — ela diz aterrorizada — Eu não derrubei o seu laptop por querer, por favor não conte ao Terry! — ela implora e se ajoelha, pegando meu laptop.
Eu fico impressionada com o corte de seu cabelo, até que de repente percebo que ela estava lendo o que estava na tela. Imediatamente tomo o laptop de suas mãos e nós duas nos encaramos.
Meu coração bate forte e me pergunto se fui rápida o suficiente para impedi-la de ler o que estava escrito na tela.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Maria Silva
autora por favor não deixe que Priscilla tenha lido alguma coisa e que ela conte tudo pra ele e pedir pra ele investigar a vida dela pra descobrir logo a verdade antes de acharem ela pois Priscilla vai entregar ela por favor não deixe que nada aconteça com ela
2025-03-18
5
Dora Silva
pronto agora Emília está ferrada devia ter fechado antes sua idiota com certeza a Priscila vai usar isso e sua tia com certeza é a culpada de tudo
2025-01-04
0
Ellyn
eu acho que ela devia pedir ao Terry pra ajudar ela,e contar tudo pela ele,com certeza ele não vai negar ajuda,ainda mais que ele já está com os 5 pneus arriados por ela🤭🤭
2024-11-25
3