POV Terry
A todo momento a minha vontade de estrangular minha ex-mulher, só aumenta. Pensar que estou sendo cruel em obrigá-la a lavar banheiros, não é a verdade, não condiz com a minha verdadeira vontade.
De pé, enquanto olho para a cidade através da parede de vidro do meu escritório, Domingos aparece.
— Você ainda está se recuperando, Terry, lembre-se.
— Não me aborreça.
— Como está indo o plano?
— Não está como eu imaginava.
— Você não pode acertar sempre sobre as pessoas. Aliás, os últimos acontecimentos mostram que você é bom com números e não com pessoas.
— Mas eu esperava ter acertado dessa vez. Ela morava nas ruas e me tirou daquele carro em chamas. Esperava que ela fosse forte e briguenta. Que fizesse da vida de Priscila um inferno, enquanto eu estivesse fora.
— Esperava que ela se corrompesse com seu dinheiro.
— Estou errado em esperar? Mas não é o que tenho visto. Em menos de 24h, Priscila já conseguiu dar um tapa na cara dela e ainda derrubou suco na roupa dela por maldade. Priscila tem me mostrado que ela não é apenas uma traidora, ela também é uma mulher maldosa. Já Emília, parece assustada, parece mais que ela quer fugir da minha casa do que tomar posse do poder que estou dando a ela.
Domingos sorriu e balançou a cabeça em negativo. Parecia estar se divertindo com a minha situação.
— Você pagou por uma borralheira e ganhou uma princesa. Ironias da vida, meu amigo.
— Ela não é uma princesa, mas temo que não tenha sido a minha melhor escolha. Eu estava olhando pelas câmeras e Priscila tomou as jóias dela e ela permitiu. Que ódio dessa mulher!
— Talvez seja melhor trocar de esposa, escolha alguém de algum outro lugar. Uma prostituta, quem sabe?
Eu e Domingos, nos encaramos por alguns segundos e após pensar, declinei de sua proposta.
— Vamos lá, Terry. Eu não acho que essa garota seja fraca, eu fiquei pensando sobre isso e na verdade pensei que ela é muito esperta. Se eu fosse uma garota em situação de rua, também me vestiria como ela estava e ficaria o mais repugnante possível para que ninguém com más intenções se aproximasse de mim. Eu penso que ela tem muito potencial, só me parece perdida. Talvez até o destino te deu uma chance para recomeçar, só precisa ser paciente com ela e não estragar tudo.
— O que você está falando, Domingos? Eu não vou me casar com uma moradora de rua.
— Legalmente você já se casou com uma.
— Isso é temporário.
— Veremos… porém, eu penso que existe uma outra solução para o seu plano. A sua mãe.
— Ah, isso não… A minha mãe não vai só tornar a vida de Priscila um inferno, ela vai tornar a minha também.
— Só porque ela vai dizer para você que esteve certa o tempo todo sobre Priscila?
— Domingos, você é meu amigo ou não é? Vamos, vamos comigo comprar uma coisa.
Eu estava pensativo sobre os meus próximos passos, as coisas não estavam saindo como eu queria.
Após ir a loja de eletrônicos, fui direto para casa. Encontrei Emília sentada no banco embaixo da árvore do jardim. Ela olhava para o nada, com o seu olhar perdido. Talvez Domingos tenha razão, ela me parece estar muito perdida.
— Se quiser, eu chamo a senhora Emília. — disse o motorista, enquanto estávamos parados apenas a olhando de longe.
— Deixe, eu mesmo faço isso. — digo e saio do carro, na cadeira motorizada vou até ela.
— O que está fazendo aqui?! Não tem nada dentro da casa que te interesse?
— Ah, oi Terry. — ela diz, surpresa ao me ver — Eu gosto daqui, eu gosto desse lugar. Pensar me distrai.
— Certo. Você já almoçou?
Ela acena em negativo, algo que me incomoda um pouco.
— Ninguém te ofereceu almoço? Onde está Priscila?
— Ah! Não se importe com isso, eu como pouco e estou bem. Não brigue com a Priscila novamente. Não a machuque por minha causa.
Engoli em seco, um pouco desgostoso. Eu não sou o vilão dessa história, mas ela falou como se eu parecesse o vilão.
— Venha para dentro de casa comigo, vou pedir para fazerem hambúrgueres para você.
Ela ficou parada, me observando e após algum tempo, acenou brevemente.
Seguimos em silêncio e enquanto preparavam os hambúrgueres dela, pedi que fosse comigo ao meu escritório.
O motorista já havia deixado o pacote na mesa e pedi para ela se aproximar.
— Comprei algo para você. — digo e entrego a ela.
Ela fica um pouco sem jeito e após diz:
— Posso perguntar o que é?
— Abra.
Um pouco hesitante, ela abriu e observou o laptop novo.
— Me dê aqui, vou te ensinar a mexer. — digo e ela vem até mim e coloca o laptop na minha frente. — Você tem um e-mail? — pergunto e ela acena em negativo, abaixando e olhando a tela com curiosidade. Seu rosto estava muito próximo ao meu e o cheiro de seus cabelos faziam cócegas em meu nariz.
Fiz as configurações que precisava e após, comecei a lhe mostrar algumas funções básicas.
— Você entendeu como funciona? — pergunto, olhando para o rosto dela, que estava muito próximo ao meu. Seus olhos grandes olharam de volta para mim e graciosamente suas bochechas viraram. Involuntariamente senti meu corpo relaxar um pouco, era como se só com o olhar ela conseguisse me acalmar.
— Eu acho que sei usar, posso tentar? — ela diz parecendo um pouco animada, algo que me fez respirar fundo, pela primeira vez ela parecia feliz com alguma coisa.
Ela jogou os cabelos para o lado, fazendo-os bater na minha cara. Um pouco atrapalhado tirei seus cabelos do meu rosto, vendo-a mexer no laptop.
Seus dedos digitando eram rápidos e ela não parecia que acabou de mexer em um laptop agora.
— Eu aprendi! Foi fácil, está vendo? — ela comemorou e sorriu. Deus, era o sorriso mais encantador que já vi na vida, fiquei até sem palavras.
— É… eu acho que aprendeu rápido demais... — digo, um pouco desconcertado. — Você disse que queria se lembrar de alguém ou algo assim… Enfim, não me interessa. Mas prometi te ajudar, então você pode encontrar o que quer na internet, sabe…
— Sim! É verdade! Eu posso sim! Muito obrigada! — me surpreendendo, ela pulou em meu pescoço para me abraçar, a cadeira não estava travada e as rodas giraram para trás, ela se desequilibrou e caiu em cima de mim. E por impulso a segurei, sem ver onde minha mão estava.
Só vi que o rosto daquela mulher estava vermelho como um pimentão e ela escondeu seu rosto em meu pescoço. Nesse momento percebi que estava apertando algo macio e firme e acho que essa não era a hora de estar apertando a bunda dela.
Respirei fundo e devagar, até dizer:
— Ei, assim você vai me provocar. Não coloquei no contrato que eu não posso ficar…
Ela voltou a olhar em meu rosto, com curiosidade.
Nossos rostos estavam tão próximos e ela não parecia saber o que eu estava dizendo.
— Lembre-se sobre o contrato, você não pode me obrigar a exercer minhas obrigações como marido.
— Humm?! — ela grunhe, ainda confusa.
— Você está me obrigando a ser seu marido, agora. — digo e um pouco atrevido, aperto a sua bunda, onde minha mão já estava. Imediatamente ela pula de meu colo e acho que entendeu bem o que eu queria falar.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Maria Silva
se ele quer usar ela pra se vingar da ex ele tem que falar pra ela como deve se comportar e reagir toda vez que a ex provocar ela e ela tem que falar pra ele que não vai usar roupas da ex usadas e que não sabe o que essas roupas tem e ela tem que pedir pra ele investigar a vida dela pra saber o que aconteceu com ela
2025-03-18
6
Andréa Debossan
tbmm acho que ele tem que explicar a ela que quer que ela seja forte e rebata td que fizerem com ela
2025-03-19
0
Cleide Almeida
Terry vc tem q ensinar a Emília ser mais confiante cm ela mesma e ñ se deixar ser humilhada por ninguém
2024-11-19
4