Resolvo ir para o quarto e guardar minhas coisas para me preparar para quando o Terry chegar e me mandar embora.
Porém, me dou conta que eu não tinha nada. Mesmo assim resolvo fazer algo, guardar as roupas de Priscila no lugar onde estavam.
Surpreendendo-me Terry aparece.
— O que está fazendo?
— Estou arrumando as coisas da Priscila.
— Porque?
— Não quero que pareça que roubei algo.
Ele ficou em silêncio, me olhando com os braços cruzados.
— Olha Terry, sei que veio me buscar para me levar embora. Então resolvi organizar tudo para que não me acusem de nada. Só peço que me deixe ficar com o laptop quebrado, pois assim eu posso tentar levar para alguém que conserte para mim.
— Certo, vem comigo! — ele diz, se vira e eu o acompanho.
Ao chegar perto do meu laptop quebrado ele pega e diz:
— Está vendo isso aqui?! Isso é lixo! — Terry joga o que restou do equipamento na lixeira, algo que me dá vontade de chorar. Eu sei que entrei aqui sem nada e sair sem nada era esperado, mas eu não pedi nada, somente um laptop quebrado.
Até enxuguei uma lágrima, que insistiu em brotar no canto do meu olho. Mas enxuguei e levantei meu queixo, não iria sair daqui derrotada. Essa casa é um inferno e saindo daqui, mesmo morando na rua eu teria paz.
Terry se virou foi até a porta e me olhou, indicando que era para eu o seguir.
Fomos para o elevador e ao descer, fomos para porta de entrada. Do lado de fora o carro já estava no esperando.
Entrei e o Terry entrou, e o motorista seguiu com o carro. Ficamos em silêncio o tempo todo e olhando para os meus dedos eu estava tentando imaginar o que eu faria agora para descobrir tudo sobre meu passado.
De repente olhei pela janela, e vi que estávamos nos aproximando da rodovia, onde eu costumava me abrigar na manilha que ficava ao lado da estrada.
— Aqui! Pode parar aqui! — digo para o motorista, que me olhou confuso do banco da frente.
— A senhora tem alguma coisa para fazer aqui? Mas aqui não tem nada. — diz o motorista.
— Sim, não tem. Mas eu vou ficar por aqui. É melhor para mim.
O motorista olha para Terry, que revira os olhos e diz:
— Não ouça o que ela diz e continue o seu caminho.
— Mas Terry, se ele não parar aqui, o próximo acostamento fica muito longe e eu vou ter que andar muito. — digo, já me desesperando.
— Você bebeu vinho hoje? — ele pergunta e pega em meu queixo, aperta fazendo minha boca abrir e após se aproxima para sentir o cheiro do meu hálito.
Isso faz minhas bochechas queimarem e involuntariamente esfrego minhas pernas uma nas outras.
Ele me solta e eu não consigo dizer mais nada e o motorista passa do local que deveria parar. Passamos pelo próximo acostamento e por outro e por outro… eu já estava nervosa, me perguntando se Terry iria se vingar de mim de alguma forma.
Entramos em uma rua comercial, mas não era uma rua comum, tinha carros conversíveis, estátuas, chafarizes e palmeiras. O carro para em frente a uma grande loja, onde assim que saímos, eu, Terry e o motorista dele, alguém apareceu e levou o carro.
— Vá! Pode entrar! — Terry disse, olhando para mim.
— Mas… que lugar é esse? — pergunto, com curiosidade.
— Essa é uma loja de departamentos de luxo. Todas as grandes marcas tem aqui. Pensei que estava certa, não é bom que fique usando roupas de outra pessoa, você merece se vestir com o estilo que gosta. Então entre e escolha tudo o que gostar.
— Mas… mas você não iria acabar com o nosso contrato?
— Entre, Emília. Entre e pegue o que quiser. Essa loja é minha, então não vai precisar pagar por nada.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Andréa Debossan
Ele tem que olhar as câmeras e ver que ela reagiu ele vai ficar mais apaixonado ainda por ela porque ele tá apaixonado só não sabe
2025-03-19
5
Jucileide Gonçalves
Eu acho que talvez por ela ser uma pessoa de um bom coração fizeram ela de boba e se aproveitaram disso, só não sei de que e porque.
2025-03-27
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Creuza De Jesus Oliveira Alves
coitada a bichinha tá perdida ele tem que tira as dois de lá
2025-02-16
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