Plano infernal

Passaram-se dois meses, Izabel melhorou seu estado e voltou a dar

aulas enquanto continua com as consultas psicológicas. Erick se

aproximou cada vez mais, desde o dia em que enviou as flores

ele continuou a frequentar a casa de Izabel para saber se estava bem, trocaram número de telefone e passaram a conversar por mensagem, se encontravam para tomar um sorvete ou conversar na área de sua

casa.

Atualmente, Izabel sente que seus sentimentos estão mudando cada

vez mais, a cada visita do rapaz seu coração fica mais acelerado que o

normal. Ele é educado e conversa tranquilamente com seus pais, é muito

maduro apesar da idade e já não mora mais com os pais que insistem

em fazê-lo aceitar o relacionamento com a filha de um grande

empresário, mas o rapaz se recusa a isso, está no terceiro semestre da

faculdade e trabalha como consultor de vendas na empresa dos pais.

Izabel ficará um mês com a casa dos pais toda para si, pois os mesmos receberam um

chamado da empresa no Exterior devido a problemas com empresas parceiras, mas por ainda estar receosa em ficar sozinha, chama Ana

para ficar consigo durante esse tempo.

As duas se encontram jogadas no sofá depois de limpar a cozinha e

Izabel fala sobre seus sentimentos que parecem estar mudando pelo

jovem.

- Acho que estou gostando dele.

- Acha ou tem certeza?

- Talvez... Eu esteja receosa em afirmar alguma coisa.

- Do que tem receio?

- De não dar certo. Eu soube por meus pais do namoro que pais

dele querem para ele. E se eu estragar algo muito bom, por um

egoísmo meu?

- Egoísmo? Estragar alguma coisa? Você está com febre? Até onde eu

sei, ele não quer esse relacionamento.

- Porque está na intenção de mim.

- Exato. Ele gosta de você. Acha que ele vai ser feliz indo contra o seu

coração?

Izabel não responde.

- Pare de pensar e se dê uma chance.

Eles nunca estiveram a sós, sempre que vai visitá-la se senta no

sofá e conversa com seus pais, até os dois irem para a cozinha preparar um

lanche e voltam para a sala. Embora saiam para conversar, ainda assim, tem algumas vizinhas curiosas que observam ao longe os dois. Ana pensa que esse é o momento perfeito para ela ter o seu momento

a sós com o jovem.

- Tá, tudo bem. Vou pensar.

- Pense bem, você agora tem uma casa inteira só para você.

- Por acaso está me subordinando?

- De forma alguma.

Logo Ana recebe uma mensagem de Lucas avisando que chegará em

breve para irem ao cinema, a sessão começa às sete horas da noite. as

duas se preparam e esperam o rapaz. Ao ver Lucas, Ana paralisa.

Ele está esplêndido, calça jeans e sapatênis pretos, camisa branca com uma jaqueta de

couro preta e cabelos perfeitamente penteados. Até mesmo Izabel paralisou ao vê-lo.

- Ana, tem certeza que é seu namorado?

- Absoluta - diz com um sorriso de orelha a orelha.

- Cara, acho melhor eu não sair em algum tabloide sobre, a segura vela de seu Astro favorito.

Lucas acha graça e beija Ana.

- Você não corre esse risco Izabel - diz ele.

- Eu vou, mas tem uma condição.

Os dois a olham intrigados.

- Parem de ser melosos, pelo amor de Deus!

Ana cutuca sua amiga, tenta se segurar devido às cócegas.

- Meninas, vamos nos atrasar. Vamos!

Ao chegar no local, as garotas escolhem o que querem comprar e

Lucas ajuda a levar os lanches. O filme os fez rir e deixou um gostinho de

quero mais, a tempos não assistiam algo tão bom.

Ao voltar, o rapaz deixou as garotas em casa e ao chegar no apartamento a campainha tocou alguns minutos depois. Ao abrir a

porta teve uma surpresa, Regina segura seu notebook dizendo que está

com o mesmo problema anterior. Ele a olha e a contragosto permite sua entrada para analisar o problema, tem em mente que essa será a última vez que a ajuda.

- Eu não sei o que há com esse notebook, sem tem um defeito.

- Deveria trocar.

- Vou providenciar isso. Você tem suco? Gostaria de tomar algo.

- Sim, na geladeira.

- Se importa se eu pegar um pouco?

- Pode pegar.

Ela vai até a cozinha, pega a jarra de suco e põe um pouco no copo.

Inesperadamente, retira do bolso uma pequena cápsula derramando o

conteúdo dentro do copo.

- Lucas, acho que o suco está ruim. Ela diz, fazendo uma careta, como se tivesse tomado um gole.

- Impossível, foi feito hoje.

Ele toma um pequeno gole e diz estar bom.

- Você deve ter sentido o gosto errado.

- Sim, acho que sim – seu plano deu certo.

Minutos depois, Regina o observa ficar sonolento, ela sorri

maliciosamente enquanto ele luta para ficar desperto.

- O que está acontecendo?

- O que foi? Sente alguma coisa?

- Não sei, estou... estou... Lentamente ele caiu no sofá e permaneceu imóvel.

A quantidade que ela colocou foi o bastante para que ele perdesse um

pouco de suas forças devido a sonolência. Regina começa a beijá-lo e

retira sua camisa, o conduz à sua cama jogando o rapaz enquanto

retira sua própria roupa, Lucas está apenas com sua calça enquanto

Regina está completamente nua.

Observando isso, imediatamente retira todas as peças do rapaz.

"Então é tudo isso que aquela sem sal tem? Agora pertencerá à mim"

Desejando fazer tudo o que sempre quis com esse homem que todas

desejam. Poder tocar seu corpo, sentir sua pele. Ela ouve resmungos de Lucas e vê que ele está em transe. Então

aproveita para fazê-lo obedecer o que quer que faça consigo, direciona

os lábios do jovem para as partes mais perigosas de seu corpo. Ela

começa a sussurrar no ouvido do rapaz, afirmando ser Ana e que ele

poderia fazer o que tivesse vontade naquele momento.

O rapaz resmunga frases desconexas e por um momento repete o

nome de Ana. Regina o beija intensamente, sentando-se em cima do rapaz fazendo

com que vagarosamente o despertasse. Ela continua incansavelmente

e deseja aquele homem por inteiro. Um celular já estava filmando toda a cena e Regina fazia questão de

sorrir para a câmera, fazendo movimentos violentos em cima do rapaz. Lucas por um momento abriu seus olhos e viu Regina em cima de si.

- Você pode me ouvir? Você está me fazendo delirar. Eu disse que

você iria gostar. Você está tão animado, desse jeito vou ter um filho

seu.

Seu coração disparou, mas não podia fazer nada, estava sem força e

um pouco dormente. Apenas sentiu ser beijado com muita fúria.

Os raios de sol entram vagamente no quarto e Lucas sente um peso

extra em seu peito. Ele estranha, pois ao que se recorda, deixou Ana

com Izabel. Ao olhar para baixo, vê um cabelo longo, ruivo e brilhoso em

seu peito, então a cena de Regina sobre si vem em sua mente como um borrão amaldiçoado.

Imediatamente a empurra e nota que os dois estão completamente nus. O desespero toma conta do seu corpo. Regina levanta lentamente e o olha com desejo, focando em sua parte

íntima.

- Eu tinha uma ideia de que você era grande, só não imaginei que

fosse tanto.

- SAIA DA MINHA CAMA – Lucas grita, soltando todo o ar de seus

pulmões.

- Agora quer que eu saia? Até onde lembro, foi você quem não me

deixava sair de cima, você foi tão quente. E quando ficou por cima, achei que iria me quebrar ao meio. Você é sempre assim? Quero mais.

Ela tenta se aproximar, mas ele pega sua mão e afasta.

- Saia da minha casa, agora.

- Acho engraçado que para levar alguém para a cama são muito ágeis, mas quando a bomba realmente estoura, sobra para nós mulheres.

- A única coisa que sei é que sempre quis distância de você e depois, lembro de me sentir mal ontem a noite Regina.

- Você estava cheio de tesão, duro feito uma pedra.

- Eu estava drogado. O que colocou no suco? FALA LOGO – ele nota

algumas manchas roxas no pescoço da mulher.

- Assuma sua responsabilidade, seja homem. Admita que sempre quis

me levar pra cama. E ainda fez sem camisinha.

- O que?

O choque em seus olhos, assim que percebeu o que ela havia dito, foi gritante.

- Isso mesmo que você ouviu, olhe em volta, vê alguma camisinha por

aqui? Olhe na lixeira se preferir.

Lucas ficou estarrecido. Desolado. E agora? E Ana? Isso não pode

estar acontecendo.

- Bem, devo ir embora, obrigada pelo sexo selvagem, agora entendo

porque Ana quer tanto você.

Sua risada maléfica traz as piores sensações. Ela arruma suas coisas e vai embora, o jovem por outro lado, não se

move. Até que nota resquícios de sêmen na cama e se odeia por isso. O quarto é preenchido pelo choro sofrido, ele realmente está perdido.

Algumas horas haviam passado, o fim da tarde aclama a beleza da natureza que por ali, é genuinamente magnífica, mas, de acordo com as diretrizes da vida, a natureza acompanha o estado de cada ser. Então, o que dizer da atmosfera incumbida na sala de Lucas neste momento, quando o ambiente é preenchido pelo estalo do tapa que Ana dá no rosto de Lucas?

- Como você pôde fazer isso comigo?

- Amor, acredite em mim, por favor. Eu não estava em minha

consciência.

- Naquele vídeo mostra claramente você agarrando aquela mulher de

maneira muito consciente.

A dor na sua voz, faz o coração de Lucas afundar.

- Ana eu tenho certeza que fui drogado, eu nunca trairia você. Por favor, acredite em mim.

- Como? Há provas, esse vídeo – ela soluça – estou tão decepcionada

com você. Acreditei em você. Amei você. Me entreguei à você.

- Amor, por favor.

- NÃO. Se você tem o mínimo de respeito por mim, me deixe em paz.

- Ana...

- Odeio você. Nunca mais ouse olhar para mim.

- Não fale assim, eu te amo mais que tudo.

- Eu cheguei a acreditar nisso - ela sorri sem humor.

- Olhe para mim.

Ela não o faz.

- Olhe para mim uma última vez.

Recebendo o olhar de Ana, ele percebe que que sua dor é tão profunda quanto a sua e tão palpável quanto seu próprio corpo.

- Olhe bem nos meus olhos, olhe bem para nossa história, olhe bem cada momento que estive com você e diga que prefere acreditar em tudo isso e me odiar, como acabou de dizer.

- Não me ponha contra a parede desta forma, eu sou a vítima aqui. Me diga uma coisa você, se fosse eu a ser gravada transando com outro homem, o que faria?

Lucas não responde.

- Viu só?

- Ana, eu peço a você que acredite no meu amor e em meu caráter que mostrei a você todo este tempo.

- Será mesmo que mostrou? Porque neste momento Lucas, tenho minhas dúvidas.

- Ana, espere, ANA.

A porta foi fechada de forma que as paredes ao redor estremeceram. Fora do condomínio, Izabel se aproxima de Ana e a abraça sem dizer nada, elas vão embora e o caminho segue em silêncio.

Ao chegar em

casa, Ana vai para o quarto enquanto Izabel prepara um chá de

camomila para as duas. Minutos depois, já de banho tomado, Ana se dirige para a cozinha e

encontra Izabel fazendo alguns biscoitos, seus olhos estão inchados e constata que

não irá parar de chorar tão cedo. Sua amiga lhe abraça e passa a noite

entre comer alguma besteira, enxugar as lágrimas de Ana e conversar

sobre o ocorrido.

Izabel tem certeza que aquela mulher planejou tudo isso para separar

os dois, resta saber como conseguiu isso.

Ana

não consegue apagar as cenas que vou horas atrás. Tudo estava tão bem, quando de repente a notificação lhe avisou uma mensagem de Regina e ao abrir... Suas forças foram embora, não sabia como reagir àquilo, demorou um dia inteiro para encarar Lucas e ter a certeza de que sairia viva diante de tamanha decepção.

Ela jamais poderia imaginar seu amado se deitando com outra mulher. Seu coração dói tanto como nunca sentiu antes, ela não sabe o que

pensar ao certo. Izabel tenta fazê-la dormir um pouco e minutos

depois Ana cai no sono.

Algumas horas depois, Lucas vê algumas mensagens de Izabel. Ela pede para

encontrá-lo em uma lanchonete próxima à sua casa e o rapaz vai

imediatamente tomar um café forte, toma um banho e sai em direção à

lanchonete.

Ao chegar, vê a moça sentada na mesa e a cumprimenta, ele está

desconcertado e confuso.

- Eu sei que você é inocente.

- Eu nunca faria Ana sofrer.

- Sim, eu sei. É por isso que estou aqui. Me diga o que aconteceu, com detalhes.

Após Lucas lhe dizer tudo, ela afirma.

- Isso é estranho, tem alguma coisa aí. Ainda está lá o copo que você

bebeu?

- Eu não vi, mas acredito que ela tenha descartado.

- Veja se ela jogou, se lavou. Qualquer resquício serve. Vou mandar

analisar.

No mesmo instante, Lucas recebe a ligação de seu pai que percebe

uma frustração em sua voz e o chama para sua casa, ele se despede de

Izabel e vai embora.

Ela retorna e encontra Ana com um copo de suco de maçã, uma

Pêra e alguns biscoitos.

- A tia já sabe?

- Ainda não.

Izabel a abraça e faz algo para comer, já que não comeu nada na

lanchonete.

- Para onde foi?

- Me encontrei com Lucas.

- ...

- Olha, eu tenho certeza de isso foi uma armação. E ele nem lembra de muita coisa.

- Izabel tem vídeo.

- Você não achou nada estranho naquele vídeo? Ao meu ver, Lucas

não estava muito ciente do que estava acontecendo.

- Eu vi ele abraçando ela, pelo amor de Deus.

- Ana, respire. Você ficou nervosa na hora, talvez tenha visto demais.

Ao assistir o vídeo, Izabel sentiu seu estômago embrulhar. Mas, uma coisa ela tinha certeza, ele não estava plenamente consciente.

Ana fica mais confusa com essa informação e vai para o quarto, pensar um pouco. Toda essa confusão a deixou enjoada.

Longe dali, Lucas chora como uma criança no colo de sua mãe, ter ficado tão vulnerável a alguém repugnante como Regina e ainda

não saber o que Ana está pensando disso tudo, está o deixando louco. Ele lhes diz sobre o ódio de Ana e só por falar isso, lhe consome por inteiro.

Seus pais se preocupam com a possibilidade de uma gravidez, pois se

isso acontecer, com certeza Lucas não terá coragem de deixar seu

filho nas mãos de uma delinquente dessas. Essa também é a

preocupação de Lucas, um filho que apesar de ser uma benção, é uma

ligação eterna e a última coisa que ele queria, é ter essa ligação com

alguém que despreza, como Regina.

- Mãe, se ela engravidar? O que eu faço? Eu não quero isso. Não quero

aquela mulher na minha vida.

- Filho, hoje em dia, filho não prende ninguém, podemos

simplesmente pedir a guarda, se você quiser.

- Eu não confio nessa mulher, ela pode simplesmente tentar contra a

própria gravidez – diz seu pai sério – de qualquer forma, será nosso neto.

- Parem de se atormentar, ela não vai engravidar - diz Fernanda, com seu sangue fervendo.

- Irmão, quem é essa mulher?

- Trabalha na mesma empresa. Regina.

As dúvidas e o medo de perder Ana o consome e sua mãe o aconselha

a procurá-la antes de voltar para casa, ele concorda, mas fica um

pouco mais em seus braços, enquanto seu pai o consola lhe dizendo

que ficará tudo bem.

Na volta, vai para a casa de Izabel falar com Ana, a mesma vê o carro

de Lucas estacionado em frente à casa e sua amiga que vem ao seu encontro lhe

dizer que irá encontrar Erick para deixá-los mais à vontade.

- Por favor, ouça o que ele tem a dizer. Acredite em mim, ele é inocente nessa história.

Ela concorda e abre a porta para o rapaz, Izabel lhe dá um tapinha no

ombro e sai.

Seriamente, Ana pede-lhe para entrar e o faz sentar no

sofá. São três horas da tarde de um domingo ensolarado, o clima está

agradável propício para uma praia. Seria o destino do casal se não tivesse acontecido tudo isso, mas o

universo permitiu que as coisas se tornassem complicadas.

Eles se olham desconcertados e Lucas toma a palavra.

- Estive com Izabel mais cedo.

- Eu sei.

- Ela também acha que fui drogado.

Ana não responde.

- Ana, olhe para mim.

Ao vê-lo, nota uma aparência cansada, olhos inchados e um olhar

tão devastado quanto o seu.

- Você acha que eu seria capaz disso?

Ela começa a chorar e a única coisa que deseja é que isso seja apenas

um pesadelo. Lentamente o rapaz se aproxima e ajoelha-se diante de sua amada com

os olhos cheios de lágrimas, pega suas mãos e a faz olhar para si. Entre lágrimas ela diz:

- Porque isso aconteceu? Porque com a gente?

Lucas a abraça forte e a embala em seus braços por um longo tempo. Ela olha para seu amado lhe dizendo:

- Eu acredito em você. Não tenho ideia do que você sentiu e está

sentindo. Me perdoe pelas coisas que lhe disse.

Então, o beija ternamente e esconde seu rosto no pescoço da pessoa

que mais ama. Eles ficam assim até Izabel chegar com o rapaz por volta das cinco e

meia da tarde. Eles observam que o casal adormeceu naquela posição e se

dirigem para a cozinha sem fazer barulho e preparam algo gostoso

para comer.

Ao terminar o lanche e lavar a louça, virando-se Izabel recebe um

beijo inesperado, o rapaz a prende entre ele e o balcão abraçando-a

com força, Izabel não lembra a última vez que recebeu um beijo

assim, ela envolve o pescoço do rapaz que é bem mais alto, ele a pega

no colo e a deposita sobre o balcão, enquanto Izabel envolve a cintura

alheia com suas pernas e joga sua cabeça para trás dando passagem

para que o jovem lhe distribua beijos na extensão de seu pescoço.

Por praticar lutas, seu corpo é bem definido e sua força é

desproporcional. Já faz um tempo que Izabel tirou de sua cabeça que

ser mais velha é um problema, ela com vinte e sete e ele com

dezenove anos.

Eles literalmente esquecem que há duas pessoas na mesma casa e

podem acordar a qualquer momento, ninguém está preocupado com

isso, esse beijo foi muito esperado por ambos, mais pelo jovem que

desde o tempo em que investia na professora e ela o rejeitava,

imaginava como seus lábios deviam ser macios e o quanto queria

prová-los.

O dia em que viu aquele ser deplorável tocando-a, a raiva foi tamanha

que quando se deu conta já estava com as mãos ensanguentadas com o

sangue daquele mausoléu. Ficou todo este tempo cuidando direta e

indiretamente da moça, sempre procurando saber como ela estava e

enviando presentes. O cuidado e proteção do rapaz fez Izabel se dar conta de que não

havia porque adiar mais o que estava sentindo por este jovem e

decidiu se entregar a ele esta noite.

Eles se separam por falta de ar e se

olham intensamente, um dos braços do rapaz está em torno de sua cintura, segurando-a com força e a outra mão segurando firmemente

sua coxa levantando-a para ter mais contato consigo.

- Vamos para o quarto – diz Izabel. Ao passar pelo casal veem que ainda dormem, entram no quarto e

trancando a porta iniciam uma sessão de beijos, retirando

rapidamente suas roupas, o rapaz se senta na cama fazendo Izabel

sentar-se em seu colo, ambos estão apenas com peças íntimas e Erick

explora cada parte do corpo da moça, seus seios são fartos e seus

quadris largos, ele tira a peça superior e se delicia naquela região

enquanto ouve Izabel gemer seu nome.

Erick deita-a delicadamente na cama e retira as últimas peças de

roupas, põe o preservativo e a possui intensamente, pôde fazer tudo o

que sempre quis com a mulher que sempre desejou, ele já teve outras

experiências, mas ter Izabel agora, é algo que vai além do sexo.

O que

sente agora, nunca sentiu com mulher alguma. Após Izabel chegar ao ápice, ele se derrama e um gemido alto de

ambos ecoam no quarto. O rapaz lhe dá um beijo rápido, deita-se ao seu

lado e a puxa para si colocando-a sobre o seu peito.

- Durma aqui – diz Izabel.

- Tudo bem. Quero ficar com você – ele beija sua bochecha – Izabel?

- Hum?

- Quer namorar comigo?

Aquilo a pegou de surpresa. Devido a demora da resposta o jovem se apressou em dizer:

- Tudo bem se não quiser, eu...

- Eu aceito.

Ele sorri e a beija apaixonadamente. Em pouco tempo estavam se

conectando novamente até que, depois de tudo, ela o abraça e acabam

dormindo por exaustão.

Na sala o casal lentamente abre os olhos e veem que já é um pouco

tarde, Ana o abraça mais forte e pede para que passe aquela noite com

ela, Lucas diz não ter roupa para o dia seguinte e a moça decide ir com

ele para o apartamento. Vai ao quarto prepara sua pequena mala e

tranca a porta com a chave extra. Seguem para o apartamento e tem uma longa noite de amor, das vezes

que já fizeram essa foi a mais longa e apaixonante que tiveram, indo dormir às quatro horas

da manhã.

No dia seguinte não iriam trabalhar pois é feriado, logo não há

necessidade em se preocupar com horários.

Lucas acorda com um

peso em seu peito e vê sua amada dormindo tranquilamente, ele sorri e

com cuidado a coloca sobre a cama, seguindo para o banheiro fazer

sua higiene matinal. Prepara o café da manhã e levando para o quarto

vê sua Ana sentada esfregando os olhos com um biquinho fofo nos

lábios.

Aproximando-se, deposita um selinho, Ana sorri e lembra que

seu hálito não está dos melhores e corre para o banheiro, fazendo

Lucas rir de sua reação.

- Amor, quanta comida gostosa – ela o beija.

- Coma bem, iremos passar o dia inteiro juntos.

Ana lê as mensagens de sua amiga e lhe diz que resolveu ficar com

Lucas em seu apartamento encerrando a conversa. Lucas a abraça por

trás e inspira o perfume de Ana.

- Adoro o seu cheiro, sua pele, seu sorriso - ele faz com que ela lhe encare - Adoro você.

De repente o telefone toca, é o pai de Lucas perguntando como estão

as coisas, ele lhe diz que está tudo bem e Ana está consigo, conversam

um pouco mais, encerrando a chamada pouco tempo depois. Ana

vendo que não tem alguns ingredientes decide ir ao mercado, mas vai

em um distante dali para não ter a má sorte de encontrar Regina. Ela

compra o necessário e volta para casa. Eles preparam a macarronada, a

salada, os sucos de laranja e maracujá e o bife acebolado. O dia passa

tranquilo. Até faz esquecer os últimos acontecimentos, momentaneamente. Decidindo dormir cedo, para não acordar cansados no dia seguinte.

Na empresa, Regina não aparece e é melhor assim. Ana põe a caixinha

para tocar e prossegue com seu trabalho.

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