Bom dia professora!!
- Bom dia gente, preparados para a prova hoje?
- NÃO! – Todos disseram.
- Isso fere minha pedagoga interior.
Todos riram enquanto dava início à chamada.
- Provas entregues, boa sorte a todos. Quero um 10 e no mínimo um 9,5. Não me decepcionem.
- Professora, sem expectativas, por favor. Não queremos vê-la chorar
– a primeira da fila contagiou a sala.
- Quanto otimismo. Vamos lá, comecem.
A turma entrou em silêncio total. As horas passaram e todas as provas
foram entregues. Guardando suas coisas, Izabel pensou em ir à um bar
temático, próximo à faculdade, ela já havia ido outras vezes. Embora,
ache um saco o fato de uma cara, bem mais velho por sinal, tente
aproximar-se todas as vezes.
Mas, isso não poderia tirar sua liberdade e prazer de ir à um lugar que
gosta. Caso tente algo... poderia chamar o carinha bonitão, não?
“o que estou pensando?” – sacudindo a cabeça, ela pega suas coisas e
vai até a porta, quando para ao ver a pessoa encostada na mesma.
- O que está fazendo aqui?
- Os corredores estão escuros, quer que eu faça companhia?
“Caramba, ele é bem incisivo no que quer”
- Bem, não há porque negar.
Os dois seguiram em direção à porta de saída e se despediram.
- Boa noite... fora da faculdade posso chamá-la apenas de Izabel?
- ...Sim, claro. Pode sim – o que há comigo? Sinto minhas bochechas
queimarem.
- Então boa noite Izabel.
O rapaz ia se distanciar, quando ela o lembra.
- Espere, eu não sei seu nome.
Ele estendeu a mão e lhe dá um sorriso brilhante.
- Prazer, sou Erick.
Sua voz, seu olhar, seu perfume, seu sorriso, seu nome, sua mão macia
e grande, reprimindo um aperto maior. A fez ter uma noção do porquê
ele era tão falado e competido naquela faculdade.
Ela está muito ferrada.
- O prazer é meu – literalmente.
“o que é isso escorrendo? DROGA”
- E.. eu preciso ir, tenha uma boa noite, bons estudos, até”
Quando se trata de fugir, ela é expert.
- Boa noite – diz baixinho acompanhando-a com o olhar, sorrindo do
seu jeito todo atrapalhado.
“O bar está cheio hoje”
- Olá, senhorita, o mesmo de sempre?
- O de sempre, por favor.
O bartender rapidamente preparou o seu drink e Izabel agradeceu por
finalmente sentir esse gostinho, depois de parecer ridícula na frente do
boyzinho sarado. Que mico.
Ela deita sua testa no balcão e de repente sente uma presença ao seu
lado. Pelo perfume enjoado, já sabe de quem se trata e não faz questão
de levantar a cabeça.
- Cansada ou decepcionada?
“É da sua conta?”
Silêncio.
- Vamos, quero apenas conversar.
Lentamente ela levanta a cabeça e lhe diz:
- Não quero conversar, só quero tomar meu drink em paz. Se puder
mudar de cadeira, agradeço.
- Não seja mal agradecida princesa, até paguei um drink para você.
O bartender traz o drink e ela olha com desprezo.
- Não, obrigada.
- O que? Você acha que tem algo aí? Não fui eu quem preparou.
- Cara, na boa. Você me enche o saco todas as vezes que venho aqui.
Pare de me importunar ou lhe denuncio.
Dito isso, ela se levanta, paga sua bebida e vai embora.
O homem que aparenta ter quarenta e cinco anos, a acompanha com o
olhar de cima a baixo, imaginando todo tipo de coisas obscenas que
poderia fazer com essa loira mal educada. Daria uma bela lição. Com
esse pensamento, ele sorri e toma o último gole de sua bebida.
Ao chegar em casa, Izabel cumprimenta seus pais e vai para o seu
quarto, toma seu banho relaxante e logo após, revê as atividades do dia para preparar
as do dia seguinte. Ao abrir sua bolsa viu uma carta em cor rosa que
nunca tinha visto antes, ao pegar a carta há a descrição: Izabel.
Ela fica confusa e ao abrir, vê uma belíssima caligrafia, onde está
escrito: ansiosa para o nosso encontro?
Quem poderia tê-la colocado ali? Ninguém teve acesso, nem mesmo o
asqueroso do bar. A bolsa estava do lado oposto.
Ficou pensando em quem poderia lhe fazer algo assim, quem era esta
pessoa e porque uma carta quando se pode falar pessoalmente?
Deixando isso de lado, guardou novamente na bolsa e pegou os materiais para a revisão.
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Atualizado até capítulo 27
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