Um mês depois.
Mirella seguia a mesma rotina todos os dias. Depois do café da manhã, ela ajudava as meninas a fazer os afazeres domésticos, depois elas passavam a tarde toda conversando com as empregadas, melhor dizendo... " As suas amigas".
Mirella saia para trabalhar todos os dias, depois das cinco horas da tarde. Antes dela e Bia sair para trabalhar, Mirella sempre levava Luna para a seu quarto. Dessa maneira, ninguém perceberia que ela não estava em casa.
Otávio era muito discreto, ele passava o dia inteiro dentro do escritório ou na empresa.
Depois daquele dia que Otávio levou Mirella para o quarto, eles nunca mais se encontram. Ela também não queria encontrar com ele, Mirella gostava do seu casamento do jeito que estava. Ela era livre para sair, para fazer o que quisesse, ela não tinha obrigações como esposa.
Tinha uma coisa que deixava Mirella curiosa. No dia que ela chegou na mansão, um dos seguranças disse que Otávio tinha muitos inimigos por causa do seu trabalho, mas ele trabalhava em empresas. Ela queria saber mais sobre Otávio, mas ela achou melhor deixar esse assunto de lado. Uma das regras que estava no contrato, era que ninguém deveria interferir na vida um do outro.
...☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆...
Mirella retornou para casa cansada, o trabalho tava ficando cada vez mais complicado e difícil.
— Luna...— Mirella ascende a luz do quarto.
— Senhorita — Luna estava bocejando.
— Eu só vou tomar um banho e vou dormir com você.
— Tá bom.
Mirella tomou um banho de água quente, vestiu o seu pijama e foi para o quarto.
Luna senta na cama— Srta. Como foi o seu trabalho hoje?
Mirella respira bem fundo.
— Foi muito cansativo... A Viviana não foi trabalhar hoje, então eu tive que trabalhar por duas. As vezes quando a Bia estava livre, ela ia me ajudar, mas sempre chegava clientes atrás dela.
— Você tá gostando de lá?
— Lá não é um lugar ruim. Eu só tenho nojo daqueles homens escrotos, as vezes quando eu estou passando, eles tentando pegar em mim, mas eu não deixo.
— A srta, pretende ficar trabalhando lá por quando tempo?
Mirella olha para Luna.
— Eu não vou sair de lá. Vai fazer um mês que eu estou trabalhando, eu já consegui uma boa quantidade de dinheiro. Daqui uns 5 meses, eu já consigo trazer a minha família para cá. Eu vou conseguir manter eles com o meu trabalho como garçonete.
— A Srta ainda sente muita falta da sua mãe e das suas irmãs, não é mesmo?
— Sim, mas eu sei que a minha tia Emilly está cuidando bem delas. As vezes eu sinto um aperto no coração, mas graças a você, Cecília, Bia, Yasmin, Ayla e Stela, eu não me sinto sozinha.
— Então a srta não vai se sentir sozinha nunca. Agente vai ficar sempre com você— Luna da um abraço em Mirella.
Ela começa a sorrir — Daqui a pouco você tem que levantar para trabalhar, e melhor você voltar a dormir.
Mirella cobriu Luna com o cobertor e deitou na cama.
Luna dormiu rápido, mas Mirella ainda estava acordada. Quando ela começou a pegar no sono, percebeu que a janela do seu quarto estava aberta. Mesmo sonolenta, ela se levantou e foi lá fechar. Quando ela estendeu a sua mão, viu dois homens parados do lado de fora da mansão. Então ela se escondeu, e começou a observar.
Alguns segundos depois, apareceu três seguranças com uma caixa na mão e alguns uniformes da mansão. Ela achou aquilo muito estranho, então ela pegou o seu celular e começou a gravar.
Um dos homens colocou a caixa no porta-malas do carro, e o outro vestiu o uniforme de segurança, depois eles entraram para dentro da mansão.
Mirella deu um um zoom no carro com o seu celular, mas ela não conseguiu pegar nada de interessante.
O tempo foi passando... até que os homens saíram de dentro da casa. Um deles estava com uma maleta preta e alguns papéis, eles colocaram dentro do carro e foram embora.
Mirella achou aquilo muito esquisito, mas ela não deu muita importância para isso, ela deitou na cama para ver se conseguia dormir. Depois de muito tempo, ela pegou no sono.
Ao amanhecer, o dia parecia estar lindo, Mirella acordou com o som dos pássaros. Ela se levantou, escovou os seus dentes, lavou o seu rosto, depois foi admirar a paisagem da janela.
Ela acabou lembrando do que aconteceu na noite passada, mas ela achou melhor esquecer, pois não aconteceu nada, ela estava apenas pensando demais.
— Bom dia, Srta. Mirella— Ayla entra no quarto trazendo o café da manhã.
— Bom dia, Ayla.
— A Luna me pediu para trazer o seu café da manhã, ela me disse que você chegou muito tarde ontem.
— O cheiro está maravilhoso — Mirella se sentou na mesa e começou a comer — Ayla, senta comigo.
— Sim, senhorita. — Ayla se sentou para tomar café.
Mirella pegou um pouco se suco para ela beber, quando ela levou o copo na boca, escutou um bate enorme na porta do quarto.
Dois seguranças entraram dentro do quarto e levaram ayla a força.
— Soltem ela— Gritou Mirella.
Os seguranças não obedeceram as ordens dela.
Mirella se levantou e foi atrás deles, mas foi impedida por um segurança.
— Srta. É melhor você voltar para o quarto.
— Por que vocês entraram no meu quarto daquele jeito e pegaram a Ayla como um animal?— Mirella estava indignada com aquilo.
— Peço perdão, pela nossa falta de educação. Mas o chefe está furioso, eu nunca vi ele daquele jeito. Ele mandou reunir todos os empregados, pois existe um espião da máfia rival entre eles.
Mirella começou a ficar pálida.
—Você disse... Máfia rival?
— Sim!
— O seu chefe é um mafioso? — Mirella tava tremendo.
— Sim. Ele é o chefe de todos os chefes, o Don Otávio Martini.
Mirella cai de joelhos no chão.
— Senhorita! Você está bem?
Mirella começou a ficar tonta, fraca, ela foi perdendo os sentidos.
Quando ela recuperou a consciência, estava com a cabeça no braço do segurança.
— Senhorita...
— O que aconteceu? Cadê a Ayla? — Mirella ainda estava um pouco variada.
— Srta. A sua pressão caiu, mas parece que está tudo bem agora.
— Cadê a Ayla? Me diz aonde ela está...— Mirella se levanta aos poucos.
— Srta. estou seguindo ordens do chefe, não posso desobedecer.
— Eu também sou a sua chefe. Todos aqui tem que me obedecer também.
— Senhorita...
— Vai desobedecer uma ordem minha?
— Não senhora! Eu só peço que você feche os seus olhos.
— Por que?
— Tem um cadáver logo a frente.
Mirella fechou os seus olhos e deixou o segurança a guiar.
— Pode abrir!
— Aonde estamos? — Perguntou Mirela, enquanto descia uma escada.
— É melhor você não saber muito sobre esse lugar, você pode correr perigo.
Mirella começou a ouvir gritos.
— Tem certeza que vai querer continuar?
— Sim!
Mirella estava com o seu coração muito acelerado, ela estava aterrorizada. Morrendo de medo de Otávio, mas ela estava preocupada com as meninas.
— Chegamos.
Mirella se vira pra trás e coloca a sua cabeça na barriga do segurança.
— Por que elas estão tão machucadas?— Mirella começou a chorar silenciosamente.
— Ontem as escrituras de todos os nossos irmãos que estavam presos foram roubadas. Nessa manhã, descobrimos que eles foram todos mortos, o chefe está furioso, ele quer descobrir quem é o traidor. A mansão e fortemente protegida, era impossível uma pessoa de fora consegui entrar— O segurança olha para Mirella — Não se preocupe, o chefe não vai matar ninguém, ele está apenas os torturando.
Mirella secou as suas lágrimas e olhou para frente novamente, ela resolveu se aproximar.
— Vocês não vão falar? — Gritou um homem, que estava com a sua camisa coberta de sangue e com uma arma na mão.
Mirella automaticamente reconheceu aquela voz.
— Aquele é... — Ela mal conseguia falar.
— Aquele é o seu marido, Don Otávio Martini.
Mirella engoliu seco.
— Vocês vão continuar calados?...
Otávio atira na mão de um dos seguranças que estava ajoelhado no chão.
— Eu acho que eu estou pegando leve com vocês— Ele agarra Stela pelo cabelo e abre um canivete que estava em seu bolso.
Mirella sai correndo.
— Senhorita!— O Segurança tentou impedir Mirella de interferir, mas ele não conseguiu.
Ela pegou Stela pelo braço e empurrou Otávio para longe. Todos que estavam ali, apontaram uma arma para a cabeça de Mirella. Ela estava com muito medo, mas ela não ia deixar eles machucarem as meninas.
— Vocês não tem vergonha de machucar pessoas inocentes? — Gritou Mirella— Estão tratando elas pior que animais... na verdade, nem animais são tratados assim — Mirella olha para as meninas e começa a deixar cair algumas lágrimas— Olha para essas meninas, o que elas fizeram de errado para serem torturas desse jeito? Esses homens que estão aqui, eu não vou falar nada, pois eu não sei o que eles fizeram. Mas elas... eu tenho certeza de que são inocentes. Ontem a noite, eu acordei com a janela aberta. Quando eu fui fechar ela, eu percebi uma movimentação estranha. Havia dois homens do lado de fora, eles parecia estar observando. Depois chegou três seguranças, eles traziam uma caixa e o outro alguns uniformes da mansão. Um dos homens que estavam do lado de fora, se disfarçou entre seguranças. Algumas horas depois, eles saíram. Um deles carregava uma maleta grande preta na mão, e o outro estava com alguns documentos. Eles colocaram tudo dentro do carro, e foram embora. No começo... eu achei que eu tava vendo coisa, mas era tudo muito estranho— Mirella pega o seu celular — Eu posso provar o que eu estou dizendo— Mirella entrega o seu celular para Alessandro, que mostrou o vídeo para Otávio.
— Víctor, como você pode me trair?— Otávio segura o braço de Mirella e a afasta pra longe.
— Sr. Eu não sei do que você está falando.
Otávio começa a rir.
— Como eu nunca pensei nisso antes? Você é a única pessoa que tem acesso as câmeras de segurança, e era só você e o Alessandro que sabia onde a lista estava escondida. Como eu pude ser tão burro assim? — Otávio chuta uma cadeira que estava na sua frente e saca uma arma, apontando-a para cabeça de Víctor.
— Gabriel, vê se você consegue encontrar alguma coisa no quarto do Victor — Ordenou Alessandro.
— Pera aí! Você vai vasculhar o quarto dele antes de fazer alguma coisa? Então por que vocês não fizeram o mesmo com elas? Vocês as maltratam sem provas nenhuma, agora só porque vocês são colegas, vocês vão investigar esse cara primeiro?— Gritou Mirella.
— Cala a boca sua vadia! — Victor estava olhando Mirela com sangue nos olhos — Isso tudo é culpa sua! Se você tivesse ficado calada, eles não saberiam de nada— Víctor vai pra cima de Mirella.
Ele fecha a sua mão para dar um soco nela. Mas é impedido por Otávio. Ele entra na frente de Mirella, segura a mão de Víctor e da um soco na cara dele, o fazendo cair no chão.
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Atualizado até capítulo 89
Comments
Leonor Santana
Mafioso burro e arrogante sem pensar que poderia ser traído geandevidiota.
2025-03-12
0
Anonymous
Pois as histórias da máfia são as minhas preferidas
2025-03-05
2
gata
Eu também não gosto de história de máfia tou parando também
2024-11-25
0