O bunker secreto

Laura:

Acordo pela manhã depois de uma noite agradável. A cama é bem grande e macia. A lareira deixou o clima do quarto agradável sem mencionar que os ruídos da lenha queimando me ajudaram a adormecer mais rápido.

Me troco, escovo os dentes e desço para tomar café. Davi havia dormido no sofá, mas não estava nele. Nem na cozinha, nem no banheiro do primeiro andar. Fui até a porta mas estava tranca por dentro com a chave pendurada.

- Ué! Davi evaporou, foi abdusido ou arrebatado. Digo pensando alto.

- Davi?

Sem resposta.

- Davi?

Eu vou até a escada percebo que na parede logo abaixo da escada, tem uma pequena porta aberta.

Me agacho para passar pela porta. Vejo que tem uma escada para descer.

Uma luz amarela fraca iluminava o caminho.

Eu desço e ao final da escada tem uma porta enorme entre aberta. Me dou conta que é um bunker. Um bunker é uma estrutura subterrânea projetada para oferecer proteção contra ataques, explosões ou desastres naturais. É frequentemente utilizado em contextos militares, mas também pode servir como abrigo para civis em situações de emergência.

Eu empurro a porta e entro. Davi dormia na cama que havia ali.

- Daviii!! Eu digo.

- Ooo...oi!! Ele diz acordando assustado.

- Oi Laura!

- O que você faz dormindo aqui? Eu pergunto.

- O sofá é desconfortável e me lembrei que Renato falou sobre esse bunker. E como todo bunker tem cama, vim dormir aqui.

- Ha Ha Ha. Só você mesmo! Eu digo

O bunker é como uma kitnet, um apartamento pequeno de apenas um cômodo. Combinando sala, cozinha, e quarto geralmente com um banheiro integrado.

- Me deixe te mostrar uma coisa. Ele diz e vai até à parede que tem ao fundo. Feita de madeira. Davi aperta um interruptor e uma porta se abre. E revela uma parte secreta com monitores, uma mesa e uma poltrona. Há também uma tela grande que mostrava as várias cameras que tem vigiando toda a área.

- Que loucura é essa?

- Isso aqui é incrível. Esse lugar é mais vigiado que prisão de segurança máxima. É todo tecnológico e moderno. Tem energia solar e um gerador de grande capacidade, fora os suprimentos dentro desses armários, um purificador de água e outro de ar. Tudo independente da casa. Tem comunicação por satélite e rádio. Esse lugar é mesmo perfeito. Ele diz empolgado.

- Minha pergunta é? Por quê tudo isso?

Ele fica calado.

- Vou preparar o nosso café. Eu digo e subo quando eu ia passando por Davi ele segura o meu braço.

- Laura olha quanto ao que aconteceu ontem eu...

Eu me viro e novamente o beijo. Davi segura na minha cintura e me coloca sobre a cama, vindo por cima de mim.

Ele levanta a barra do meu vestido e beija a minha barriga, beija o meu sexo por cima da calcinha.

- Huummm!! Solto um gemido.

Ele está entre as minhas pernas e volta a beijar a minha boca, retira a camisa e continua a beijar. Eu acaricio o seu peito, o seu abdomem definido, deslizo o dedo até o botão da calça. Abro o botão, o ziper, mas ele me impede.

- Não! Isso é uma loucura. Não posso fazer isso! Ele diz, ajeita o meu vestido e se afasta.

Fico perdida sem entender. Pois, ele está muito excitado. Eu posso ver.

Eu me sento, ele leva a mão a cabeça. Pega a camiseta ia vestindo, eu decido insistir.

Me aproximo, levo a mão em seu abdomem, ao sentir meu toque ele fica rígido e arrepiado.

- Lauraaa!! Ele murmura.

Eu fico de frente para ele, acaricio o seu rosto e o beijo. Ele me segura pela nuca e me beija com desejo. Mas logo se afasta novamente.

Eu sei que ele quer, mas algo o impede. Tem algo além do que eu estou vendo e eu vou descobrir o que é.

- Laura tem certeza???

Eu o abraço, colocando os meus braços sobre o seu pescoço e o beijo cheia de desejo.

Ele leva a mão ao meu bumbum, e com um movimento me pega no colo e me encosta na parede.

Uma mão volta a minha nuca, ele me acaricia enquanto as nossas língua se enroscam como se dançassem. Ele beija bem, é intenso, excitante e tem pegada.

Ele me leva até a cama e me coloca com cuidado sobre o colchão. Ele vai tirar a calça e se afasta.

- Desculpe Laura. Você é linda, é muito gostosa. Mas eu não posso. Ele diz e já coloca a camiseta.

Eu me ajeito novamente e decido não insistir.

- Você é casado, não é? Eu pergunto.

Ele me olha, mas não diz nada.

- Davi é só dizer...você é casado? Eu insisto.

- Não! Eu não sou casado. Eu não fico com alguém faz um tempo. E poxa! Você é a irmã do meu chefe. E estamos numa situação de conflito, talvez não estejamos pensando direito. Ele diz.

- A quanto tempo você não fica com alguém?

- Há 5 anos! Ele diz.

- Você está brincando né?

- Não!

- Eu não vou mais insistir. Não vejo as coisas como você vê. Somos adultos, posso ser um pouco mais nova que você. Mas sei o que estou fazendo.

- Respeito a sua vontade.

"Se bem que eu não tenho escolha. Eu penso".

Ele me puxa e me beija. Fico sem entender, mas retribuo o seu beijo.

- Vamos devagar. Quando estivermos longe de todo esse estresse. A gente vê o que acontece. Pode ser? Ele pergunta.

- Ok.

Vou tomar um banho, depois eu volto. Eu subo novamente até a suite e depois retorno. Davi estava concentrado olhando uma espécie de fichário grosso.

Eu o abraço por trás e digo em seu ouvido.

- O que é isso?

Ele passa o braço para trás, me puxa para a frente e me beija.

- É todo o projeto da casa e do bunker. Dá uma olhada. Eu vou tomar um banho rápido e já volto.

Pouco depois ele retorna secando o cabelo.

- Esse projeto é muito louco e muito bem planejado. Você viu, é impossível cortar a energia ou impedir a circulação de ar do bunker. O ar é renovado por essas tubulações e também é a prova de inundação ou de qualquer tipo de obstrução. Ele pode ser bloqueado internamente em caso de contaminação do ar na área externa. Nunca vi nada do tipo. Eu digo e ele sorri.

- Nem eu! Só nos resta saber porque o Renato construiu algo assim!

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