Não acredito até agora que ela me chamou de velho! Poxa, sou um homem jovem e bonitão.
— Vai ficar aí parada? Vamos entrar — digo, e ela apenas balança a cabeça em negativa.
— Isso aqui é só uma caixa, nada de ruim vai te acontecer. Você andou de carro, caramba! Isso aqui perto de um carro é nada, então entra, por favor — digo, pegando na mão dela e a puxando para dentro do elevador mas ela empaca na porta.
— Tem certeza de que essa caixa de latão é segura? — ela pergunta observando tudo.
— Mais segura que as carruagens de sardônico — digo.
— Tudo bem — ela diz, e finalmente entra. Aperto o botão para o terraço, onde está o meu helicóptero.
Se ela fez essa birra para não entrar no elevador, imagino no helicóptero. O elevador começa a subir, e ela agarra meu braço, assustada. Está tão pertinho que minha mente masculina e pervertida não deixa de pensar em cenas eróticas que poderiam acontecer num elevador. Ai, meu Deus, o que estou pensando? Sou um miserável!
— Essa coisa demora muito para chegar ao nosso destino? — ela pergunta, agarrando a minha camisa.
— Não, você é só um pouco medrosa — digo, provocando-a.
— Se viesse do meu mundo, provavelmente estaria se borrando nas calças agora — ela responde, me olhando desafiadoramente com seus lindos olhos azuis.
O elevador chega ao último andar. Saímos e subimos a escada até o heliporto, onde meu "bebê" está brilhando, pronto para voar.
— O que é essa coisa? — ela pergunta, com os olhos arregalados e curiosos.
— É um helicóptero, uma aeronave. Aqui temos vários meios de transporte: carros, trens, motocicletas, bicicletas, aviões, navios e helicópteros, que usamos para ir a lugares rapidamente.
— Entendi, e como anda essa coisa?
— Ela voa.
— Voa?
— Sim, como um pássaro — explico, e ela abre a boca surpresa.
— Em sardônica, tem um, cria coisas, faz armamentos e está sempre inventando, embora a maioria das invenções dê errado. Ele sempre dizia que ia fazer um balão gigante que sobrevoaria o céu. Eu ria dele e pensava: só pode estar louco! Mas agora, vendo esse helicóptero…
— Helicóptero — completo.
— Helicóptero. Agora vejo que ele realmente poderia criar um balão gigante.
— Aqui também temos balões gigantes.
— Sério?
— Sim. Se der tempo, amanhã eu te levo para conhecer os balões da Capadócia. Agora é melhor irmos — digo, pegando sua mão e a conduzindo até o helicóptero.
Após acomodá-la e ajudá-la com os equipamentos de segurança, verifico os sistemas e controles, e então ligo o motor principal e o auxiliar. O rotor começa a girar, e o helicóptero começa a decolar. É nesse momento que o pânico da princesa começa.
— Eu quero sair daqui! — ela grita, tentando soltar o cinto de segurança.
— Você vai sair, mas só em Nicósia — digo, me divertindo com a situação.
— Por favor, coloque essa coisa no chão — ela implora, e lágrimas começam a brotar em seus olhos. Dessa vez, sinto um peso na consciência por achar graça no início.
— Pare de gritar e me escute — digo, com firmeza, e ela se silencia. — Fique calma e confie em mim. Aproveite o momento, pode ser uma experiência incrível. Abra os olhos, olhe pela janela e veja a paisagem. Esse é o momento de conhecer a Turquia com uma visão do alto — digo, encorajando-a, e ela abre os olhos, se aproximando lentamente da janela.
Ela observa a paisagem e finalmente parece relaxar. Começo a rir, lembrando de como ela estava em pânico.
— Se borrou toda, princesa — digo, e ela me olha com raiva.
— Não tem graça, seu velho! — ela diz, fazendo meu sorriso desaparecer.
— Sua medrosa, deve estar toda cagada de tanto medo que teve — digo, irritado por ela me chamar de velho.
— Cagada esta a sua mãe! — ela responde.
— Retire o que disse da minha mãe se não quiser que te jogue daqui de cima.
— Vou retirar, não por medo de você, mas porque sua mãe não tem culpa de ter um filho feio, grosso e arrogante como você!
— Eu sou feio?
— Sim, muito feio. Se os homens deste mundo têm o seu padrão de beleza, as mulheres daqui nunca saberão o que é um homem bonito — ela diz, me deixando sem palavras com tal absurdo.
Ela dá um sorriso debochado e se vira para a janela. Para lhe dar um castigo, inclino o helicóptero e ela se assusta.
— O que está acontecendo? — ela pergunta, apavorada.
— Acho que vamos cair! — digo, fingindo preocupação.
— Ai, meu Deus! Eu não quero morrer no meu primeiro dia nesse mundo que parece tão legal — ela diz desesperada.
— Diga a verdade e eu resolvo o problema.
— Dizer o quê? — ela grita.
— Que me acha bonito e charmoso.
— Filho da mãe! Não vou dizer nada — ela responde, e eu inclino o helicóptero um pouco mais.
— Está bem, você é muito bonito e atraente — ela esbraveja. Agora satisfeito, alinho o helicóptero.
— Então, você me acha atraente? — pergunto, provocando.
— Você me obrigou a dizer.
— Eu disse charmoso, e você disse atraente — digo, e ela me lança um olhar mortal e volta a olhar pela janela.
Chegamos a Nicósia. Ela permanece em silêncio enquanto eu ajudo a retirar seu cinto. Tirei o capacete e os óculos de proteção, e por um momento, me distraí observando seus traços delicados.
— E o que foi? — ela pergunta, me tirando do transe.
— Nada.
— Por que estava me encarando daquele jeito? — ela pergunta com rispidez.
— Estava me perguntando se as jovens de Sardônica são todas feias como você — digo, e ela me empurra. Ela se desequilibra, mas eu a seguro pela cintura.
— Cuidado, princesa — digo no ouvido dela.
— Me solte!
A solto e começo a andar, deixando-a para trás. Como pousei pousei bem próximo do hospital, dá para ir a pé. Não sei por que estou agindo assim; nunca tive esse tipo de comportamento. Pareço um adolescente. Paro de caminhar, vou até ela e pego na sua mão.
— Me desculpe pelo que fiz. Podemos começar de novo? — pergunto.
— Está desculpado. Me desculpe também por não ter agido da melhor forma com você, especialmente por ter aceitado sua ajuda e cuidado de mim, mesmo não nos conhecendo — ela diz. Parece sincera.
— Então, prazer. Eu sou Osman, do reino de Istambul, Turquia — digo, apertando sua mão.
— O prazer é meu, Taya, do reino de Sardônica — ela responde, dando um meio sorriso.
— Agora vamos — digo, oferecendo meu braço para ela se apoiar.
E assim, fazemos uma caminhada de cinco minutos até o hospital.
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Atualizado até capítulo 46
Comments
Lia Moura
gente já ri muito com este livro kkkk
2024-12-29
0
Mykaella Santana
Autora seus livros são esplêndidos 👏👏👏👏👏👏
2024-12-08
0
Bernadete Lopes
Gente Osman nem parece o cara fechado, e nem mandou ela passar álcool rsrsrsrs
2024-12-16
4